MOSQUITO NA VARA

O irrequieto Amilton Alexandre está sendo processado criminalmente pelo Promotor da Defesa do Consumidor, Fábio José Trajano. E segunda-feira, dia 11, às 16h, o Mosquito vai comparecer, como réu, diante do Juiz da Vara Especial Criminal, no segundo andar do Fórum da Capital.

Qual o crime do Mosquito? Ao reclamar da situação do transporte coletivo em Florianópolis e criticar o aumento da tarifa, numa carta, ele teria insinuado que o Ministério Público estaria conivente com esse aumento.

Botar a boca no trombone e defender verbalmente ou por escrito suas opiniões, está cada vez mais difícil. No caso do Mosquito, o tiro veio de onde menos se esperava. As empresas ficaram quietas, a prefeitura nem bufou, os sindicatos não se manifestaram. Só o Ministério Público, que nem era o foco principal das críticas (pelo menos nos documentos a que tive acesso), resolveu tomar satisfações.

Não sei não, mas acho que os discursos do Mosquito não são o maior problema da procuradoria da defesa do consumidor. Nem seus discursos inflamados ameaçam o consumidor tanto quanto a desordem reinante no transporte público da capital. Bom, mas isso se resolverá no campo de luta escolhido pelo Dr. Trajano.

Só que, em se tratando de transporte coletivo, um outro fato, bem mais grave, chama a atenção de todos: a depredação de ônibus da Emflotur, algumas semanas depois da empresa colocar-se contra a determinação do aumento da tarifa. Na época, a empresa foi ameaçada publicamente, por uma autoridade municipal, de ter sua concessão cassada, porque teria contrariado um acerto feito entre a prefeitura e as demais empresas. Será que foi apenas uma infeliz coincidência?