(este texto já foi publicado ontem aqui no blog, mas aparece de novo, porque hoje está também no DIARINHO)
“Fui informada por uma colega professora que me passou o recorte da notícia [da ação civil pública do Ministério Público do Trabalho, contra as mudançar irregulares de posto e salário, no serviço público estadual].
Há dois anos venho brigando com o Sinte por ter deixado passar batido tamanha pouca vergonha.Com que então um grupinho, e conheço alguns: duas ex-diretoras que deixaram seus ‘amados alunos’ [uma da minha escola], uma secretária de escola desalojada porque entrou uma concursada e mais um ex-professor/diretor de escola agregado na Gerei de São José, todos eles só assinaram um papel ‘desistindo do Magistério’ e passando assim a funcionário público, sem concurso nem nada, ganhando o tal prêmio de produtividade de 100% e os outros ficaram pastando? por que não foi aberto pra quem quisesse? porque seria uma debandada geral, mesmo sem os 100%? por que o Sinte não fez greve por causa disso, pra tornar público? Até eles acham que é legal! Que quem reclama está contras os ‘próprios colegas’!!! é mole? Por que não fizeram uma lista e não publicaram?
A ex-secretária que já havia trabalhado na minha escola, me explicou que fizeram isso pra ajeitar os casos de gente fora de sala que teriam de voltar por conta dos concursados que seriam empossados.Perguntei qual o critério e ela disse que chamaram os mais antigos.
Antigos em quê?Na função política [diretoras e secretárias são/eram cargos de indicação], e os mais antigos em sala de aula? continuam pastando além dos 29 anos de serviço, sem direito à aposentadoria porque não têm a idade mínima? E os que sofreram readaptação por doença funcional grave, que depois voltaram a lecionar e agora não podem contar tempo de readaptado (mas trabalhando e produzindo) como tempo de professor? ficaram assim: se aposentam como func. público, mais tempo, mais idade, MAS CONTINUAM EM SALA DE AULA como professor! como é que pode isso? Licença de saúde longa, de meses e meses,até dois e três anos, picadinha ou não, conta tempo (que fica em casa, sem produzir) o readaptado que não quis licença pra não ficar em casa se coçando, preferiu função compatível por um tempo, não pode contar o tempo por quê? Se só vale tempo de efetivo trabalho em sala de aula então não pode contar licença-prêmio, gestação, cursos, nada disso é feito em sala, é?
Adorei ver a notícia, mas conhecendo a Justiça que temos, não vai dar em nada.
A ex-diretora da minha escola pulou de R$ 1.500 para 5 mil, pra ficar no Ipesc, só meio período, brincando no computador. Não faço questão que voltem ao lugar de origem, que fiquem onde estão, mas já vale o aperreio de perderem o dindim que tanto farejam. Seria justiça divina. Não vai acontecer. Já ganharam uma vez. O TJSC bateu o martelo como constitucional, não vão mudar o que já fizeram, pois eles também gostam de $$$$ e ar-condicionado, longe de trombadinhas.
Desejo toda sorte do mundo ao Procurador Marcelo, mas ele vai perder o bonde que o trem foi do tipo trem-bala.
Ademais, já vi o mesmo filme com outro governador que também fez um trem assim: gente que estava a um mês da aposentadoria no Magistério, mas trabalhava na UCRE, desistiu, ganhou uma indenização fabulosa, comprou até sítio em Santo Amaro, reingressou, levou o tempo trabalhado de antes, já que não era aposentado, averbou e depois se aposentou como func. público. Foi no governo logo depois do Pedro Ivo...
É um vergonhaaaa. A revolta é grande nas escolas. Dá vontade de fazer como Nero; por ora me sinto só Herodes quando entro numa sala de aula com gente que deveria estar na Febem.”
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Há 12 horas
Um comentário:
A acção do Dr. Marcelo vai ter o mesmo destino de tantas outras ações: a gaveta.
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