Aquela novela das transposições, transferências, remoções ou que nome tenham as movimentações de servidores, que mudaram de galho em busca de ninhos melhor remunerados, está longe de acabar. Diria mesmo que está ainda por iniciar a sua fase mais explosiva. Mesmo sem explosões, será uma fase, em todo caso, supreendente e potencialmente incendiária.
O Ministério Público do Trabalho, que está mexendo nesse vespeiro, já pediu a colaboração do Ministério Público Estadual, porque o monturo é grande e toda ajuda será necessária.
E anteontem chegou, ao MPT, o relatório da Auditoria Geral da Secretaria da Fazenda, que confirma as irregularidades e diz que “várias das transposições teriam sido feitas com o fim de proporcionar a estes servidores, aposentadorias maiores”. Uau!
Embora só tenha chegado ao MPT no dia 26 de fevereiro de 2008, o documento é de 21 de dezembro de 2006! Bom, melhor chegar com atraso, do que não chegar nunca.
No item 3.2 do documento, referente à recomendação de providências, o subitem 3.2.6 recomenda “a anulação das aposentadorias que foram fruto das transposições”. Viram? Não falei que a coisa ia esquentar?
O relatório foi encaminhado ao Ministério Público do Trabalho da 12ª Região, “diante das competências definidas pela Lei Complementar Federal nº 75, de 20/05/93 [...] no que tange aos fatos acerca dos empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) [...]”.
Há 12 horas
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8 comentários:
Uma professora foi pra Fazenda e se aposentou 6 meses depois. Com mais 3 mil no contracheque. Gente, isso que é descentralização.
César, olha só como esse caso das transposições tem absurdos, na secretaria da fazenda uma mulher vinda da prefeitura de Palhoça não chegou a trabalhar nem um mês e se aposentou ganhando mais de 4.000 reais. Assim até eu ganhava as eleições, né?
Atenção senhores passageiros do trem-bala. Apertem os cintos porque vamos ter alguma turbulência. Mas fiquem tranquilos, o piloto assegura que esse processo também "vai se arrastar feito um moribundo". Quem viver verá.
César, dizem que o "patrocinador" dessas transposições, e um dos seus maiores beneficiados em colheita de votos, foi o Marcos Vieira (hoje deputado). O Renato Hinig também ajudou muito a essa turma. Na Secretaria da Fazenda um grande aliado seu nessa malandragem foi o Nazareno Jutel, que era e é o Gerente de Recursos Humanos daquela pasta. Se existisse oposição forte na Assembléia, esta seria uma grande CPI. Mas, do jeito que a coisa está, parece que vai ficar tudo na mesma ...
Caro César e demais leitores, eu sou ignorante na questão jurídica, mas essa transposição não seria caso de "impedimento" do governador?
Joanildo
Repito: Tá tudo dominado!
Esse caso escandalisou todos os funcionários efetivos, na época, e nada foi feito. O rombo nos cofres públicos já se concretizou. Diante dos últimos acontecimentos envolvendo uma das cortes superiores do País, perguntem-me se eu acho que isso vai dar em alguma coisa...
A investigação deveria ser ampliada, deveria entrar na investigação a Assembléia Legislativa do Estado de Santa Catarina, Tribunal de Justiça de Santa Catarina e o Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina, órgãos com várias transposições irregulares e de cargos estranhos a seu Plano de Cargos, como professores, investigadores de polícia entre outros. Por que ninguém coloca a mão nesta "cambuca", seria um elo de ligação muito forte? Seria uma troca de favor (cuida do teu, eu cuido do meu)? Onde vamos parar?
Parabéns ao Blog, interessante seria a imprensa acompanhar tudo de perto, não só este começo, mas o todo (meio e fim), pois vai começar o corroi-corroi!
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