quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

O ÚNICO CAMINHO

Ainda não inventaram nada que substitua a boa e velha prática de redução de custos para que qualquer pessoa, entidade, empresa ou Estado mantenha o equilíbrio e consiga executar seus projetos.

É um troço muito simples, embora tenha tanta gente que parece não querer entender: se gastar mais do que arrecada, um dia a casa cai.

O atalho mais comum que prefeitos, governadores, presidentes e ministros encontram é também o mais injusto: aumentar tributos. E mesmo este recurso infame tem lá seus limites: nenhum povo, por mais cordato, pacífico e molenga que seja, agüenta financiar indefinidamente a farra de seus governos.

Por causa disso tudo é que a gente não pode deixar de saudar com natalino otimismo e boa fé cristã, a notícia de que o governo LHS “obteve uma redução de R$ 170,5 milhões nas despesas de custeio, o equivalente a um gasto com a máquina administrativa 34,43% inferior ao verificado durante o exercício de 2006”.

A meta de economizar R$ 200 milhões (proposta pelo próprio LHS) não foi alcançada, mas o resultado obtido, bem próximo, não é pouca coisa. Ainda mais se levarmos em conta que em 2005 a despesa tinha crescido 35% e, em 2006, 17%.

As economias que o secretário da Administração, Antônio Marcos Gavazzoni considera mais relevantes foram a queda de R$ 17,3 milhões (–37,01%) nas contas de telefonia, de R$ 13 milhões (–11,04%) em locação de mão-de-obra e de R$ 1,3 milhão (–40,5%) em serviços gráficos.

Em 2008 Gavazzoni acha que o governo vai conseguir manter mais ou menos o mesmo padrão, reduzindo cerca de R$ 150 milhões no custeio (gastos específicos com manutenção da estrutura do Estado).

O mais curioso é que a maioria dos administradores públicos sempre quer mais dinheiro para investimento, mas resistem o quanto podem às propostas de enxugamento. E, se forem deixados soltos, são capazes de inviabilizar qualquer projeto de governo.

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