sábado, 22 de dezembro de 2007

CRISE AÉREA? QUE CRISE?

As histórias que o brasileiro está colecionando mostram um cenário estranho, diante do qual a gente não sabe se ri ou se chora. Às vezes tem que fazer as duas coisas. Às vezes, nem vale a pena gastar lágrima, muito menos um sorriso. Nesta época em que as família tentam se reunir, casos como este que relato a seguir, são comuns.

Transcrevo carta que me enviou o jornalista e também colunista deste jornal (Batendo Forte), meu amigo Mário Medaglia (do, que veio esta semana de Brasília, na companhia do escritor Lourenço Cazarré e esposa.
“Sairíamos de Brasília pela Gol, às 15h30min. Pra começar, atraso de uma hora. Tudo bem porque o vôo de Congonhas para Florianópolis sairia somente às 21h50min. Sairia.

Às 22h50min, já em Congonhas, ficamos sabendo que teríamos que sair de Guarulhos, porque Congonhas fecha a partir das 23h. E lá fomos, Sampa afora, de ônibus. A esta hora até que foi rápido atravessar a cidade: só 30 minutos.

Em Guarulhos, com as malas nas costas, nova fila para fazer check in. Mais espera até sermos embarcados na aeronave. Entramos meia noite e quarenta e cinco. O relógio, se tivesse carrilhão, estaria batendo 1h30min da matina e nada do avião decolar.

Depois de muita insistência dos passageiros junto às comissárias, veio uma explicação: aguardávamos 40 outros passageiros, de uma conexão que “já estava chegando”.

Foi quando, estarrecido, ouvi comentário da chefe com uma das subordinadas, após conversar com o comandante. “O comandante vai informar os pasageiros, mas só depois de ele terminar de comer.”

Bom, ficamos ali sentadinhos, esperando. Depois de todos os 40 da tal conexão estarem embarcados e acomodados, e depois da janta do comandante, a comissária chefe avisou que a decolagem demoraria mais alguns minutos porque ainda faltava chegar o caminhão tanque para abastecer o avião.

E aí viemos nós, para chegar em Floripa por volta de 2h45min da manhã. Para completar, encontramos o aeroporto Hercílio Luz, um dos principais destinos turísticos blábláblá....sem táxi! Isso mesmo, nenhunzinho. E uma pá de gente querendo descansar da maratona aérea.

E, pior, com mais vôos atrasados por chegar como me informou um taxista de um ponto do centro da cidade. Ele descarregara passageiros bem na nossa frente e sem mais delongas, talvez com pena da nossa cara e, para nossa sorte, botou nossas malas no carro. E assim, meu caro, chegamos esfalfados, turistas e moradores, ao nosso destino, com a madrugada andando aí já por volta das 3h30min.”
Por coincidência, o jornalista Ricardo Noblat publicou ontem, no seu blog, a seguinte nota, sobre o mesmo assunto:
“O vôo JJ 3822, da TAM, deveria decolar logo mais às 11h50min do Aeroporto do Galeão, no Rio, com destino a Brasília. Deveria. Está atrasado 30 minutos.
Moleza! Conseguimos esculhambar até o conceito de atraso. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) só considera atrasado o vôo que decole uma hora depois do previsto.

Gustavo, meu filho, está em Amsterdam, onde começou a nevar ontem. Não tem notícias de que esteja havendo atrasos ou cancelamentos de vôo por lá. Aqui basta uma neblina ou o tempo fechado. Ou qualquer outra desculpa.”

Um comentário:

Anônimo disse...

Comentar aeroporto não é falta de matéria ?!
Quem sabe uma matéria nos internacionais ? Não deve haver fila ! Atrasos ? Nem pensar !
Nessa época então...