quarta-feira, 28 de novembro de 2007

TARDE COM CHAVEZ

A tribuna da Assembléia Legislativa de Santa Catarina foi usada, ontem, para vários pronunciamentos a respeito da Venezuela e do seu presidente Chavez. O exame da entrada do país no Mercosul foi a razão do assunto ter sido levantado.

Os deputados expuseram suas posições, a favor da revolução bolivarianista ou contra. O deputado sargento Soares (PDT) repetiu a defesa, que sempre tem feito, do companheiro Chavez. Ajudado, entre outros, pelo petista Pedro Uczai.

No cerne dos discursos, a situação desigual que os países latino-americanos vivem no plano internacional e as iniciativas da nova leva de dirigentes, para resolver os problemas centenários que assolam essas nações.

Os defensores de Chavez e Evo demonizam a “mídia internacional”, os Estados Unidos e a direita golpista brasileira. Os opositores desse novo socialismo, demonizam Chavez, Evo, algumas de suas medidas mais polêmicas, e a esquerda golpista brasileira.

Não é um debate que se possa dizer que terminará em breve. É daquelas coisas que ainda dará muito pano pra manga. Mesmo depois da decisão de entrada ou não da Venezuela no Mercosul, a discussão continuará acesa, como tem estado há tantas décadas.

O deputado sargento Soares cometeu, em seu discurso, um pequeno deslize, que acho que ele próprio notará, ao ver a reapresentação da sessão na TVAL: disse que os jornais são concessões públicas. Não são.

Ele se referia ao jornal Notícias do Dia e afirmou que “meio de comunicação é concessão pública”. Alguns veículos, como rádio e TV, que usam o espectro eletromagnético (que é um bem público), são. Outros, como jornais e revistas, não.

E o deputado Uczai, que fez um claro e suscinto histórico da situação geopolítica da América Latina, levantou uma questão interessante: como é que o Brasil, com todos os seus problemas de saúde e educação, ousa criticar a Venezuela? É interessante porque o Brasil está, há alguns anos, sendo governado pelo partido do deputado. E, ele faz uma crítica à situação brasileira que caberia melhor em boca de deputado de oposição.

Mas estas coisinhas não são relevantes, diante das questões principais envolvidas na discussão: como resolver os graves problemas latino-americanos sem criar outros ou sem ameaçar as frágeis democracias da região?

2 comentários:

Filipi disse...

Não entendo como eles podem defender um cara que vive "malhando" o congresso e por conseqüência os legisladores brasileiros.

Esse Hugo é um irresponsável maluco.

Anônimo disse...

NÃO ENTENDO COMO ALGUEM POSSA DEFENDER O CHAVES, MAS, COMO ESTAMOS NUMA DEMOCRACIA, RESPEITO.
AGORA DIZER QUE NA VENESUELA DE HOJE, EXISTE DEMOCRACIA , É UM POUCO DEMAIS, NÉ NÃO???
A. CARLOS