ÓI ELA AÍ!
De tempos em tempos preciso parar um pouco de ficar prestando atenção nos políticos e em suas campanhas. Faço um recreio, um intervalo, nem que seja de poucas horas, e começo a observar outras coisas que estão ao redor, como esta pitangueira em flor e o exército de abelhas que tomou conta dela. Na foto de ontem não dava pra ver direito a abelha (no jornal, que é preto e branco), o que achei uma injustiça, porque elas, além de trabalhadeiras e inteligentes, são bem bonitas, com seu uniforme listrado e asas transparentes. Na foto de hoje acho que dá pra ver melhor, mas ainda não está cem por cento. Quem sabe amanhã...
De tempos em tempos preciso parar um pouco de ficar prestando atenção nos políticos e em suas campanhas. Faço um recreio, um intervalo, nem que seja de poucas horas, e começo a observar outras coisas que estão ao redor, como esta pitangueira em flor e o exército de abelhas que tomou conta dela. Na foto de ontem não dava pra ver direito a abelha (no jornal, que é preto e branco), o que achei uma injustiça, porque elas, além de trabalhadeiras e inteligentes, são bem bonitas, com seu uniforme listrado e asas transparentes. Na foto de hoje acho que dá pra ver melhor, mas ainda não está cem por cento. Quem sabe amanhã...
O PAÍS DAS DESIGUALDADES VAI ÀS URNAS
Estão concorrendo às eleições de outubro 424 candidatos a governador e senador, que declararam possuir patrimônios que somam R$ 1,3 bilhão. Só que 66,4% desse valor pertencem a apenas 3 candidatos.
Os três mais riquinhos são Ronaldo Cezar Coelho (candidato a senador no Rio pelo PSDB) com R$ 492,6 milhões; João Lyra (candidato a governador de Alagoas pelo PTB) com R$ 235,6 milhões; e Orestes Quércia (candidato a governador em SP pelo PMDB) com R$ 111,5 milhões.
A região Sudeste tem 44% dos eleitores e 21% do total de candidatos ao governo e ao senado. E esses candidatos têm 56% do total dos bens declarados no país todo: mais de R$ 708 milhões. Isso dá cerca de R$ 8,1 milhões por candidato.
E a região Sul se destaca pela pobreza (declarada) de seus candidatos. Com 15% do eleitorado nacional e 13% do total de candidatos, soma apenas 3% do patrimônio. A média de bens por candidato é de R$ 647,5 mil. Isso que o Sontag, candidato do PSB ao governo de SC, puxa a média pra cima, com seu patrimônio de R$ 11,4 milhões (31% do total dos bens dos candidatos da região).
Entre os partidos, o PTB é o campeão. Seus candidatos têm, na média, R$ 61,6 milhões cada um. A turma do PSDB tem uma média de R$19,5 milhões por candidato. O mais pobrezinho de todos é o PCO (Partido da Causa Operária), cujos candidatos têm, em média, R$ 8,3 mil de patrimônio pessoal.
Tirei esse levantamento do site Congresso em Foco, onde vocês poderão ler todo o detalhamento das contas, candidato por candidato, partido por partido e estado por estado (www.congressoemfoco.com.br).
E eles advertem que as informações prestadas pelos candidatos às vezes apresentam falhas e omissões:
“Há anormalidades gritantes, como as verificadas nas declarações de bens dos senadores José Maranhão (PMDB-PB) e Roseana Sarney (PFL-MA), ambos candidatos ao governo. O primeiro atribuiu valor zero a cabeças de gado estimadas em R$ 14 milhões. A segunda não indicou o valor de 14 dos 15 bens que declarou”.O PARAÍSO DOS BANCOS
O Banco Itaú teve um lucro líquido de R$ 2,9 bilhões no primeiro semestre de 2006. Um aumento de 19,5% em relação ao mesmo período do ano passado. É um recorde. Segundo a consultoria Economática, “nunca um banco de capital aberto lucrou tanto no Brasil em um primeiro semestre”.
O Bradesco e o Unibanco, que também não ficam muito atrás, ainda não divulgaram seus balanços, mas a expectativa no mercado é de novos recordes. Entre uma comemoração e outra os banqueiros devem rir às bandeiras despregadas do tempo em que achavam que, com o Lula, a moleza que tiveram no governo FHC iria acabar. Quá-quá-quá.
LIMPANDO A CASA
Os partidos que têm deputados e senadores envolvidos com a máfia dos sanguessugas estão aos poucos tomando atitudes para se preservar. Alguns já estão com os processos de expulsão adiantados, outros vão com calma, mas estão todos se coçando. Sinal que percebem, no ânimo do eleitor, a disposição de fazer um julgamento político nas urnas. Os que forem expulsos dos partidos perderão o bonde e não terão como manter as candidaturas à reeleição.
MAIS UM PENDURICALHO?
Faço minhas as palavras da Vanderléa: “senhor Juiz, pare agora!”
Esse tal de “auxílio moradia” que todos os desembargadores e juízes acabam de receber pela primeira vez nos seus contracheques não soa bem. Trata-se de uma “verba indenizatória” (uns R$ 2 mil mensais) que o Juiz ganha só pelo fato de morar onde mora.
Os deputados, que exercem seus mandatos geralmente fora de sua cidade de origem, também ganham uma coisa parecida. Mas o Juiz não fica se mudando a cada quatro anos. Como eles têm a garantia de inamovibilidade (ninguém pode tirar eles de onde estão), pode ser até que morem a vida inteira na mesma cidade.
Por isso, soa como apenas mais um daqueles penduricalhos que se coloca no contracheque para melhorar um pouco a remuneração dos servidores, ao qual se dá um nome qualquer. E não fica bem para um Juiz depender desses expedientes. A menos que o “auxílio” tenha alguma justificativa razoável da qual o distraído aqui não tenha ainda tomado conhecimento.
ACI COMEMORA
Ontem a Associação Catarinense de Imprensa conseguiu reunir, no Castelmar, jornalistas, empresários da comunicação, autoridades dos vários Poderes, incluindo os maçons, num almoço eclético que fazia parte das comemorações do aniversário de Jerônimo Coelho, fundador da imprensa e da maçonaria catarinenses. E à noite, como ato final da programação que durou vários dias, foi entregue, na Câmara de Vereadores da Capital, o Prêmio Dakir Polidoro de Imprensa.
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