Como florianopolitano e "tripeiro" (morador do Estreito) que enfrentou muita fila da ponte (durante o asfaltamento, décadas atrás), estou torcendo que a restauração seja pra valer e que ao final tenhamos uma ponte em boas condições pra ser usada como... ponte.
Mas quando a gente, que é gato escaldado com tanta promessa não cumprida, começa a olhar o tamanho da encrenca, com tanta ferrugem, tanta coisa a mudar, fica com medo que tudo não passe de espuma de véspera de eleição.
Ontem o governador LHS foi visitar a ponte. O prefeito Dário e o novo secretário do desenvolvimento regional estavam lá não só para aparecer na foto (como acima), mas porque o governador aproveitou a oportunidade para assinar um convênio com a prefeitura para construção de mais algum mega-super-hiper multi-alguma coisa.
PELAS BEIRADINHAS
Não sei se vocês estão por dentro do que realmente está sendo feito na ponte. Agora estão sendo mexidos só os viadutos (aqueles trechos que unem as cabeceiras às torres). A justificativa, que até faz certo sentido, é que se os viadutos não estiverem em perfeitas condições não tem como transportar, sobre eles, as máquinas e materiais necessários para recuperar as torres e o vão central.
Para recuperar essa parte mais importante, toda a estrutura pênsil e inclusive fazer o reforço das fundações, será feita outra licitação.
VAMOS POR PARTES
Novamente, o governo justifica a divisão da obra em duas licitações: para essa primeira parte, da reforma das beiradinhas, existe tecnologia nacional. Tanto é que, na concorrência internacional, ganhou uma empresa local. Mas para a complicadíssima recuperação do vão central, só trazendo gente de fora, porque tem pouca gente no mundoque entende do riscado e tem os equipamentos necessários para tocar o bonde.
Esse desmembramento de licitações e a programação da obra fez a oposição começar a dizer que o governo fazia uma "manutenção de fachada" e que evitava enfrentar o problema principal.
HISTÓRIA ANTIGA
O deputado João Henrique Blasi (PMDB, líder do governo), em fevereiro, atiçou os brios do PP ao lembrar que em 11 de maio de 2001 o governo Amin anunciava que finalmente iria iniciar a recuperação da ponte. "De 2001 até agora o ex-governador Esperidião Amin, que governou Santa Catarina em dois mandatos e foi prefeito em um mandato, nada fez para viabilizar a recuperação da ponte Hercílio Luz ", disse Blasi na tribuna.
Claro que o deputado Vieirão (PP) que foi secretário da Fazenda no governo Amin, subiu nas tamancas e saiu em defesa do careca sem bigode (careca com bigode é o LHS) e o tempo fechou na Assembléia (no bom sentido do debate político).
Portanto, temos razão, os manés, pra ficar com os quatro pés atrás. E, por incrível que pareça, torcendo pra que dê certo e ao mesmo tempo e na mesma intensidade, achando que vão nos engambelar de novo.
“DESCENTRALIZAÇÃO”
Tá vendo aquela placa que aparece na foto acima, atrás do prefeito Dário e do governador LHS? Aquela onde está escrito “esta é mais uma obra da descentralização”? Pois então.
Até onde eu sabia, era proibido, às prefeituras e governos, colocarem seus slogans de campanha em out-doors. As placas das obras deveriam ser informativas e não ficar só promovendo o governo que as realiza.
Com essas placas, que não dizem nada sobre a obra e só repetem, em letras garrafais, o slogan que vem desde a campanha, o governo LHS estaria, se ainda estivessem em vigor as leis que eu achava que conhecia, se arriscando a arranjar mais incômodo.
Mas hoje tá tudo mudado, mais flexível, e pode ser que nem tenha mais essa proibição a que me referi.
PRA QUE FACILITAR?
Um amigo engenheiro, com experiência em pavimentação, comentava ontem que esse serviço que vai interromper a via expressa por dois dias para recapear 500m poderia ser feito em um só dia. "Bastava terem especificado, no edital, que deveria ser usada uma fresadeira", disse ele. Como hoje é sábado nem vou entrar em detalhes. Mesmo porque parece que a cultura local continua sendo aquela do "se dá pra complicar..."
VARIG, VARIG, VARIG!
A empresa aérea que já foi orgulho nacional, estrela brasileira no céu azul, agoniza. Um câncer de R$ 7 bilhões corrói suas entranhas. E o governo federal, acertadamente, resiste a usar nosso dinheiro para socorrê-la. Tomara que consiga manter-se assim.
A BARRIGA DO DIARINHO
Todo mundo erra. Todos os jornais erram. O que diferencia um bom jornal de um jornal medíocre não é o fato de errar ou não, mas a forma como enfrenta o erro. Só grandes jornais e grandes homens e mulheres conseguem olhar nos olhos dos seus próprios erros, identificar as causas, corrigi-las e, humildemente, pedir desculpas, reparar o que for possível e seguir adiante.
Mesmo não estando no dia-a-dia da redação do DIARINHO (escrevo de Florianópolis), acompanhei a forma como o jornal enfrentou o pesadelo que foi a informação errada que publicou ontem, sobre o processo envolvendo o Pavan. Uma "barriga", como se diz no jargão jornalístico.
O jornal, com a coragem que lhe é característica, assume na capa seu erro. É, sem dúvida, um grande jornal.
O 25 tipo de Novembro: redação do ensino bué básico.
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A setôra explicou que o PS já não é tecnicamente fascista e está bué à toa
de ter sido. O PS, que agora é “cool” e mano dos democratas do PCP e do BE,
pe...
Há 6 horas
5 comentários:
Ve se cumpre porque nao consegui o exemplar do final de semana.
Nao va dizer que acertou outra vez na loteria e que foi para a Europa :)
Não Cris. Infelizmente ainda não.
Ô César, mas logo hoje que falei para meus 13 milhões leitores virem aqui?
Hahaha, isso não se faz!
Muitos beijos pra ti e para a Lúcia, enfim para todos.
A cris que escreveu aí em cima é a minha queridíssima Cris Carriconde?
A minha Condessa?
Ufff! que saudade dela.
Beijocas
M.
Pronto, Meg. Às cinco en punto de la tarde (4 minutos antes, como convém) coloquei a coluna do final de semana. Obrigado pela recomendação e pela leitura.
Ah, sim, a Cris, que desconfio esteja se escondendo na Carvoeira, é a própria Condessa.
cá estou.
Saudaçoes, Meguita.
Logo volto para o Rio.
Cesar também nao acredito na obra da ponte.
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