sexta-feira, 7 de abril de 2006

SEXTA

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Olhem bem para a foto acima e vejam se conseguem entender por quê a menina está pensando na falta que faz alguém que saiba escrever na língua pátria? Quem não conseguir deve procurar urgentemente um cursinho supletivo de português. É o seguinte: na faixa, provavelmente mandada fazer e colocada por algum militante partidário de poucas luzes, está escrito “Obrigado governador pelo insentivo a educação”, onde deveria estar escrito “Obrigado, governador, pelo incentivo à educação”. Percebeu a diferença? Ainda não? Então tá certo quem autorizou pendurar a faixa: “pode deixar com erro mesmo, que é coisa pouca e ninguém vai notar”.
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PALANQUE DA HORA
Está para sair, a qualquer momento, decisão do Juiz Eleitoral da 12ª Zona, sobre aquela história do palanque da PM que foi utilizado num evento da campanha eleitoral do Dário Berger. Não sei se vocês lembram, convidaram o candidato para discursar lá no Estreito, ele foi e depois ficou sabendo que aquele estrado, sobre o qual estivera, pertencia à Polícia Militar.

E alguém, “por coincidência” tinha filmado a entrega, montagem e desmontagem do palanque. Deu um bafafá danado, mas o tempo passou, o prefeito assumiu e só agora parece que vai ter alguma decisão sobre o caso.

SEM ANGU

Justamente por causa dessa e de tantas outras (cerca de 30) ações que o PP (ou advogados ligados ao PP) têm impetrado contra administradores do PSDB e do PMDB é que estou ficando convencido que, de fato, aquela grande panela de angu (PSDB, PFL, PMDB e PP juntos) não vai acontecer.

Até achei, durante um tempo, que seria possível, porque na verdade tem muita gente no PSDB e no PFL que torce e trabalha para isso. Mas na prática o PP cravou muitos espinhos jurídicos na careca do LHS e na cabeleira dos irmãos Berger para que tudo possa ser esquecido de uma hora para outra.

CAMPANHA ANIMADA
Cá entre nós, é bem melhor assim. Não tem coisa mais chata que campanha eleitoral em que todo mundo faz de conta que é amiguinho de todo mundo. Ano eleitoral tem que ter umas brigas boas pra gente assistir.

De um e de outro lado o pessoal tá calçando as chuteiras e preparando os chutes nas canelas do adversário.

STEMMER HOMENAGEADO
O presidente da Associação Catarinense de Imprensa, Moacir Pereira, encabeçou ontem a homenagem (justíssima, diga-se de passagem) ao ex-reitor da UFSC Caspar Erich Stemmer. Caso vocês não saibam foi a coragem de Stemmer que, em 1978, permitiu que fosse criado o Curso de Jornalismo daquela universidade.

Ainda sob governo militar, a criação de um curso como esse era incômodo na certa. Mas Stemmer resolveu bancar o projeto. Chamou o Moacir Pereira e deu a ele a tarefa de dirigir o Grupo de Trabalho encarregado de fazer o projeto do Curso. Os outros membros do grupo eram a professora Autora Goulart, o professor Celestino Sachet e os jornalistas Paulo Brito e Cesar Valente, sim, eu próprio.

A homenagem, simples mas emocionada, deu-se durante almoço do Rotary Clube (Stemmer é um rotariano histórico). Na foto o Moacir entrega a Stemmer uma reprodução, em metal, da primeira página do O Catharinense, primeiro jornal publicado em Santa Catarina.

A FRITURA DO DR. JUCA
Tá muito estranha, pra lá de estranha, a história na Secretaria de Saúde da capital. Depois de aparecer um sujeito dando entrevistas como novo secretário de saúde (“mas sem data para assumir”), o próprio Dr. Juca (PSDB) deu entrevistas no rádio falando dos planos da secretaria, respondendo a perguntas administrativas, como se nada estivesse acontecendo.

E o prefeito, quieto. Deixando a frigideira frigir. A turma do Juca afirma com todas as letras que quem planta notas contra ele é o deputado tucano Jorginho Melo (isso chegou a ser publicado pelo jornal ANCapital dias atrás), pai de um dos secretários do município.

O ex-secretário Marcos Vieira (PSDB), candidato a deputado, coordenador da campanha do Dr. Juca a vereador, diz que o prefeito Dário não lhe disse nada sobre a substituição do secretário. E eles se encontram freqüentemente. Não é tudo muito estranho?

A PONTE A PÉ
O governador LHS vai hoje visitar as obras de recuperação da ponte Hercílio Luz. O projeto, no papel, é ambicioso: trata-se de praticamente construir uma ponte nova, substituindo peça por peça. Ao final das obras, com a ponte novamente segura e se tudo der certo, de pé, será possível reabrir para o tráfego.

Imagino que a reinauguração da ponte esteja sendo planejada como uma espécie de fecho de ouro para o segundo mandato do LHS (falei que é um projeto ambicioso). Mas hoje ainda não dá pra ver muita coisa. A empreiteira ainda está se instalando e começando a trabalhar. Dizem as más línguas que se trata apenas da retomada da manutenção de rotina, que andou parada. E que não passará disso.

2 comentários:

Anônimo disse...

O primeiro passo para para a criação do Curso de Jornalismo na UFSC foi dado em 1974pela Sub-Reitoria de Ensino e Pesquisa e Departamento de Extenção Cultural da Universidade Federal de Santa Catarina.
Numa co-promoçãoda Coordenação de Relações Públicas dp Governo do Estado, Rádio Diário da Manhã,O ESTADO e Jornal de Santa Catarina que promoveram um Curso de Atualização em Jornalismo,dado (não gosto da palavra ministrado como está no certicado) por uma equipe da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo.
Esse primeiro passo para a criação do Curso de Jornalismo foi dado de 21 de outubro a 28 de novembro de 1974.
O certificado de frequência é assinado por Murilo G. Martins da Silva - diretor do Departamento de Extensão Cultural da UFSC. "(nos termos da portaria 305/73 - 12-12-73)".
Fiz esse curso Fábio Geraldo Venhorst.
strixflamea@bol.com.br
Abraço.

Cesar Valente disse...

É Fábio, houve um movimento anterior, que acabou no relatório da comissão chefiada pelo Adolfo Zigelli recomendando a não criação de um curso superior de jornalismo. O reitor da época (Roberto Mündell de Lacerda, se não me engano) acatou a recomendação e o processo morreu ali. A importância do Stemmer está não só em aceitar retomar o assunto, mas depois bancar a decisão de criar o curso.