sexta-feira, 16 de dezembro de 2005

SEXTA

O governo inaugurou a decoração natalina no Centro Administrativo.
E eu fiz alguns retoques na placa.

QUEM TEM MEDO DO DR. JUCA?
O médico Walter da Luz (também conhecido como Juca) foi o vereador mais votado da capital (PSDB). E o prefeito Dário o colocou na Secretaria de Saúde. Pois de um tempo pra cá não passa um dia sem que saia, nos jornais, aqui e ali, alguma nota dizendo que o Dr. Juca vai ser substituído, que não está agradando, essas coisas.
Ontem ouvi dele uma explicação para tanta fritura e pressão: “os incomodados têm medo dos meus 7 mil votos, acham que poderei ser uma ameaça aos planos futuros de quem pretende concorrer a deputado ou prefeito e querem me prejudicar”.

Do prefeito Dário, Walter diz que não ouviu nenhuma informação sobre eventual modificação na Secretaria. “Fui eleito vereador e não pretendo me apegar ao cargo, que pertence ao prefeito. Assim que ele disser qualquer coisa eu saio imediatamente”, afirma.

Na foto abaixo, o Dr. Juca desata a fita na inauguração do posto de saúde da Coloninha, ao lado do prefeito. Pena que este jornal não seja a cores, senão vocês veriam que a fita é amarela e azul, as cores do PSDB (no blog, é claro, dá pra ver esse detalhe).

A GREVE SEM FIM
Hoje cedo (9h) os professores da UFSC realizam asssembléia para dizer se aceitam ou não a proposta do comando nacional, de voltar ao trabalho segunda, dia 19.

Como sempre, entre mortos e feridos, os estudantes só perdem, porque não terão acesso aos eventuais ganhos salariais e terão que enfrentar mestres apressados, loucos para terminar logo o semestre.

PARENTES DO VIEIRÃO
O deputado Antonio Carlos Vieira (Vieirão, PP) fez na tribuna da Assembléia uma eloqüente defesa do direito dos deputados de terem seus parentes contratados para funções de confiança no Executivo e no Judiciário. Diz ele que se não encontrar colocação para seus filhos na área pública, que é onde ele transita, vai encontrar onde? Claro, com a ressalva de que são parentes que trabalham e com a devida competência.

A argumentação pelo jeito agradou à maioria dos deputados, que derrubou o projeto que limitava a contratação de parentes dos deputados estaduais por autoridades do Executivo e do Judiciário.

[nunca é demais lembrar aos míopes que basta clicar sobre qualquer foto do blogue para que se abra uma ampliação, onde dá pra ver melhor os detalhes das molecagens]

LHS QUER COLOCAR TODO MUNDO NO SACO GRANDE
O deputado Afrânio Boppré (PSOL) está pedindo explicações oficiais do governo sobre a mudança da Secretaria do Knaesel para o segundo andar de um shopping de decoração na SC-401. O que provavelmente será respondido ao deputado é que a secretaria não cabe mais nas salas do Ceisa Center que atualmente ocupa e precisa, de qualquer jeito, se mudar. Já que vai mudar, atendeu pedido do governador LHS e encontrou um lugar perto do Centro Administrativo (do outro lado da rodovia). Claro, o contrato foi feito com dispensa de licitação (há várias alíquotas e itens da lei das licitações que permitem tal coisa e cabe ao Boppré e sua turma verificar se tá tudo certinho).

CRIATIVIDADE NULA
Há peças publicitárias que podem perfeitamente ocupar as paredes de museus, porque a criatividade, o gênio humano e a arte de vender alcançam padrões superiores que merecem ser expostos e reverenciados ao longo dos anos. O Brasil é pródigo em bons exemplos de publicidade feita com esmero e cuidado.

O palavrão no out-door, xingando 2005, é claro, padece de falta de criatividade. É apenas uma grosseria. Não que não existam grosserias artísticas ou criativas. Mas essa, do out-door, não é.

Depois, quando foi chamada a retirar a grosseria das ruas, a agência, num outro acesso de criatividade nula, escreveu “censurado”. O que não é original nem parece uma forma muito eficaz de capitalizar a polêmica sobre a péssima (além de grosseira) peça anterior.

Gritar palavrões na rua, há algumas décadas, talvez mais de meio século, podia ser uma atitude de vanguarda. Hoje, só demonstra falta de talento.

PAPAI GODINHO

O deputado Godinho é sem dúvida um sujeito engraçado: fala mal da descentralização e do secretário regional da sua base eleitoral, mas faz questão de adular o governador, de quem se diz seguidor incondicional.

E agora ele vai levar Papai Noel de helicóptero para entregar presentes para crianças pobres de 19 cidades da serra. Não explica quem está pagando a brincadeira (a hora de aluguel ou de vôo de helicóptero é bem cara) e não tem o menor pudor de anunciar aos quatro ventos essa ação claramente eleitoreira.

E já é o quinto ano que isso é feito, sempre com farta distribuição de “cestinhas de Natal com balas, pirulitos, pipoca, salgadinho e pequenos brinquedos”, como ele mesmo explica. E ainda reclama que o secretário regional “faz política”.

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