Fotos, no sentido horário, a partir do alto à esquerda: A.C. Mafalda/SECOM; Sabryna Santos/GVG; A.C. Mafalda e Ester Barp/SDR22
CASA DE FESTAS
Empresário amigo meu pergunta como é que faz para utilizar a Casa d’Agronômica (a residência oficial do governador) para apresentar algum produto, fazer lançamentos ou alguma festa mais chique?
Ele ficou curioso depois que acompanhou a festança de apresentação dos vinhos e da vinícola dos Freitas (da família do falecido Dilor Freitas, de Criciúma). Acha que assim como os Freitas conseguiram, outros empresários também têm direito.
Acho até que ele deve ser meio ingênuo, porque aparentemente está mesmo interessado em usar aquele belo imóvel e o prestígio de seus ocupantes para promover algum de seus produtos ou quem sabe toda a sua empresa.
Caro amigo: embora a casa seja mantida pelo nosso dinheiro, cabe ao ocupante da hora decidir como a utiliza, dentro da lei. O fato de LHS ser festeiro e gostar de receber e promover seus amigos, não significa que esteja transformando o antigo Palácio Residencial numa espécie de centro de eventos.
Por via das dúvidas dei a ele o telefone do LHS, para que eles se entendam.
BORNHAUSEN x LULA
No discurso em que dissecou os três anos do governo Lula, o presidente do PFL, Senador Jorge Bornhausen, tratou de se reafirmar como opositor-mor.
E produziu frases fortes e sonoras: “Nunca um governo errou tanto, falseou tanto, fracassou tanto, sofismou tanto, corrompeu tanto e gastou tanto em publicidade enganosa”.
Em clima de campanha eleitoral, Bornhausen disse que “está chegando ao fim um tempo de mediocridade e de arrogância”.
Enquanto ouvia fiquei imaginando os petistas, os milhões de militantes petistas que tornaram possível a eleição de Lula, tendo que levar puxões de orelha do Jorge Bornhausen. Acho que nenhum deles, nem nos seus piores pesadelos, tinha sequer imaginado uma cena como essa.
OUT-DOOR DE CABEÇA
Desculpem o trocadilho infame do título desta nota, mas não resisti. Os 398 out-doors que a Senadora Ideli plantou pelo estado inteiro, com a foto dela, ainda estão dando dor de cabeça e pelo jeito continuarão dando.
Era o tipo da coisa que, se ela tivesse um Assessor do Vai-Dar-Merda, não teria feito. Ao ver o desenho do out-door, com a fotona dela e “duplicação da BR 101” ao lado, o assessor certamente diria: “vai dar merda”. E o projeto seria engavetado, poupando incômodos e despesas para a Senadora.
A LUTA CONTINUA
Mas agora é tarde: o procurador Celso Três está pendurado no calcanhar da Senadora e quer porque quer que ela explique o seguinte: os 398 out-doors custaram, segundo ela, R$ 161,7 mil. E a Senadora ganha, por ano R$ 220 mil.
Além desse mistério, o procurador acha que o material viola a Constituição por ser “propaganda pessoal de obra pública”.
Embora o presidente da CPI dos Correios não tenha dado bola para arepresentação que lhe foi enviada sobre isso, a investigação continua, no âmbito do Ministério Público Federal.
O procurador afirma que não age por razões pessoais e enumera várias ações que ele propôs a partir de representações da Senadora Ideli.
Cá entre nós e que não nos ouçam nem o procurador nem a Senadora: vocês também não achavam que ia dar merda?
CIDADE GRANDE
Florianópolis está cada vez mais parecida com a cidade grande que alguns de seus habitantes parece que gostam que ela seja.
O noticiário policial (que é sempre melhor de ler aqui no Diarinho) está ficando muito chique: assalto a hotel de luxo, fregueses de restaurante metidão rendidos no meio do tiroteio, loja-âncora de shopping roubada, uma beleza.
Fora essa coisinhas tipo seqüestro relâmpago e roubo de carro, que toda cidade média tem e que não dão à capital o status que ela começa a ganhar: mais uma daquelas capitais violentas e sem graça, iguais às outras.
ABRE O OLHO
A prisão de uma quadrilha de estelionatários, ontem, que tinha como um de seus principais integrantes um comissário da Polícia Civil, mostra a que ponto as coisas chegaram. Os dados dos cidadãos não estão seguros nem nos arquivos da Polícia. Era de lá que a quadrilha tirava as informações para falsificar carteiras de identidade e abrir contas em bancos.
Já que somos cidade grande nesse sentido, também temos que agir como moradores de cidades grandes. Abrir o olho e ficar espertos. Não dá pra abrir a porta, não dá pra dar informações, não dá pra ser gentil e cordial.
Ontem passou na rua aqui de casa um sujeito, com crachá da Brasil Telecom, querendo ver a conta de telefone, “pra ver se está gastando muito e sugerir como reduzir a conta”. Ora, tá achando que sou tolo? Só pode ser golpe. Mandei andar e registrei queixa. Comigo eles não se criam.
LHS BEM PERTINHO DE VOCÊ
Na segunda feira publiquei uma foto-molegagem em que o governador LHS pedia pra um prefeito chegar um pouco pra lá. Ontem fiquei sabendo que me enganei (ou me enganaram): o cara agarradinho na manga do LHS não era nenhum prefeito. Era o Secretário Regional de Joaçaba, Jorge Dresch (PSDB). Pedindo desculpas aos prefeitos, corrijo o texto (ao lado). E hoje me aparece o LHS agarrado no prefeito Milton Hobus, de Rio do Sul (abaixo), governando bem de pertinho.
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