sexta-feira, 24 de março de 2006

SEXTA

A FARRA, ESSA PRAGA
Parei de falar na Farra do Boi porque nesta época em que ela ocorre, ninguém parece muito interessado em conversar sobre o assunto. Só tem, de um lado, gente histérica que quer porque quer matar-nos a todos que vivemos em Santa Catarina, sem levar em conta se somos contra ou a favor. E do outro lado, gente histérica e sangüinária que só comprova, com suas maldades, que os farristas são mesmo uns animais.

Os poucos que ainda mantém uma certa lucidez são tão poucos que quase nada podem fazer. A não ser esperar que passe a histeria, para então poder conversar sobre a melhor maneira de fazer a civilização avançar.

PEDIDO DE AJUDA
Mas tive que sair do meu silêncio porque recebi uma convocação pública. A jornalista Cora Rónai, editora do Caderno de Informática e colunista de O Globo, minha amiga e dona de um dos blogs mais visitados e respeitados do País (www.cora.blogspot.com), publicou ontem uma carta da Vice-Presidente Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal, Ana Maria Pinheiro, sobre um boizinho que estaria sendo preparado para a Farra no Santinho (na Ilha de Santa Catarina) e ao final deixou o seguinte recado:
“Cesar Valente, meu querido amigo manezinho, como se pode despertar o governador da sua (dele) letargia?! O que podemos fazer para evitar esta boçalidade medieval, este desvio de caráter, esta patologia inexplicável?!”
OSSO DURO DE ROER
Como diria o açougueiro, vamos por partes. A história de acordar o governador: posso, no máximo (e tenho feito isso de vez em quando), dar umas sacudidas por aqui. Não tenho acesso ao governo e faço questão de manter uma certa distância. Além do que, como nunca conversei com ele sobre este assunto, não sei exatamente o que ele pensa a respeito.

A questão da letargia. Enquanto os defensores dos animais acham que o governo se omite ou está paralisado durante a “estação” de Farras, eu acho que o governo se omite no resto do ano. Não acredito que nenhum problema social possa ter uma solução duradoura a partir do uso da força policial.

Até para que os policiais saibam o que fazer e como fazer quando tiverem que “invadir” uma comunidade, é preciso que durante o ano o assunto seja adequadamente discutido e sejam implementados programas de conscientização sobre a violência.

PATOLOGIA INEXPLICÁVEL
A Cora, que é famosa também por gostar e defender animais, é ainda mais conhecida por ser uma mulher inteligente e de bom senso.

Há de perceber que hábitos e tradições não são modificados a golpes de porrete. Ao contrário, em muitas localidades, onde a Farra estava quase se extinguindo porque a gurizada estava preocupada com outras coisas e os mais velhos não tinham mais ânimo pra brincar, a coisa ressurgiu com redobrada violência, porque passou a ser proibida. E ficam torcendo para que a polícia (e/ou a TV) apareça: a transgressão fica completa.

Os bandidos, os doentes da cabeça (detentores da tal patologia inexplicável), que gostam de maltratar os bois (e os demais animais), deram à Farra a fama e as imagens que tornam sua defesa impossível. Estes talvez até possam ser tratados a cassetete e sob os rigores da lei.

Mas não toda a comunidade litorânea de origem açoriana.

BOÇALIDADE MEDIEVAL
Esse povo, formado na sua maioria por gente hospitaleira, generosa, simples e solidária (sim, solidária) deve ser tratado com o respeito que todos merecemos e queremos para nós mesmos. Afinal, estamos pedindo a um velho pescador, que durante 60 anos ou mais, sempre participou da brincadeira (sim, brincadeira), que deixe de achar que aquilo é normal, bom e divertido. E mais, queremos que ele diga a seus netos que eles não devem brincar.

Convencer esse pessoal que o que eles fizeram a vida toda é considerado uma “boçalidade medieval” é tarefa educativa. Difícil e delicada como foi fazê-los acreditar que o médico talvez resolvesse melhor os problemas de saúde que as benzedeiras.

Em todo o mundo há práticas atrasadas ou tradicionais que precisam ser modificadas para que a civilização avance. Não digo que se deva manter essas práticas simplesmente porque são tradicionais. Só digo que, porque são tradicionais, é mais difícil fazer com que sejam modificadas.

Essa tarefa exige mais inteligência, mais esforço, mais amor e mais dedicação do que para modificar outras práticas. E só cassetete, spray de pimenta ou alguns meses ou anos numa cadeia superlotada não são as ferramentas apropriadas para fazer a civilização avançar.

SEM BRINCADEIRA
Como tudo, em todas as áreas (basta ver o futebol e o que ocorre entre as torcidas), a Farra não pode mais ser chamada de brincadeira.

Por causa da repressão, não se consegue mais aqueles animais fortes, vistosos e valentes que pudessem dar um corridão na manezada. Acabam sobrando uns boizinhos franzinos, que cabem numa kombi (o cara do caminhão de gado cobra muito caro por causa do risco). E assim a coisa vai sendo cada vez mais deturpada e fica cada vez mais repulsiva.

Quem lê esta coluna com alguma freqüência deve lembrar que, há pouco tempo, fui vítima da corrente do ódio, aquela enxurrada de e-mails peçonhentos onde não faltou sequer ameaça de morte e anúncio da ação de “terroristas ecológicos”.

Essa gente, a meu ver, é tão nociva e perigosa quanto os idiotas que maltratam os animais. O ódio os nivela e iguala. Não tem como amar um animal e odiar todos os seres humanos. Por mais que existam seres humanos desprezíveis.

Portanto, cara Cora, para quem não faz parte da corrente do ódio e está sinceramente preocupado com a correção desse desvio, o jeito é arregaçar as mangas e trabalhar sério. Como tanta gente já vem fazendo. Na porrada não iremos a lugar nenhum.

Depois da Cidasc, Fapesc, Besc e Codesc, chegou a Lavasc. Antes que o PT fique todo animado (“viu, o LHS também tem esquema pra lavar dinheiro!”) é bom esclarecer que, por enquanto, é só um local para lavar os carros dos empregados do Ciasc.

FESTA NO PETÊ
A patética dancinha da deputada Ângela Guadagmin (PT-SP), comemorando a absolvição de mais um “mensalista” é um símbolo acabado da situação a que chegamos: os espertalhões dançam e sapateiam sobre o túmulo da decência e da ética.

Alguns otimistas acham que em outubro a deputada “dança”. Eu, cada vez mais desiludido, acho que não. É capaz de fazer ainda mais votos só por ter sido tão “leal” a seus companheiros apanhados com a mão na “massa”.

AUTOMÓVEL DE CADA DIA

O leitor Rafael Azize, de Florianópolis, está indignado com os projetos da Prefeitura que privilegiam o automóvel (como os elevados meia boca que começam a ser construídos) e com a inexistência de alternativas.

Contra a opção exclusiva pelo asfalto e pelo automóvel particular, ele grita:
“queremos trens, ferry-boats, bondes modernos, ônibus, ciclovias, calçadas!”
TADINHA DA VERA
Contei aqui que o governador LHS e o prefeito de São José convidaram a Vera Fischer para a inauguração do Centro Multiuso da cidade, dentro do qual tem um teatro que, segundo eles, vai ser chamar “Vera Fischer”.

Fiquei tão contente pela Vera, a quem admiro desde pequenininho, que nem lembrei que existe uma lei que impede que o nome de pessoas vivas seja dado a obras públicas.

Mas bem que os governos municipal e estadual poderiam ter evitado o vexame e poupado nossa musa: afinal, eles tinham obrigação de saber disso. E mais, parece que o projeto nem passou, como deveria, pela Câmara de Vereadores. Que raça!

COR SIM, COR NÃO
Alguém pode me explicar que moda é essa que o prefeito Dário tá querendo lançar? Agora deu pra usar, quase todo dia, umas camisas com listras horizontais. Tem várias, parecidas, mas com cores diferentes. Dá impressão que tá sempre com a mesma camisa.

18 comentários:

Anônimo disse...

Mais uma vez, a "farra" da farra. Ao menos a Cora não nos mandou "se fudê", como uma tal Madame Lêê!

Primeiro: a farra do boi deixou de ser uma questão dos catarinenses quando os ministros do STF meteram suas togas no meio, muito embora o tribunal local estivesse analisando a questão através de um processo próprio e, convenhamos, muito mais propício a um resultado apaziguador. Considerando a instância da decisão, o problema seria agora da Polícia Federal ... o que jogaria o abacaxi para o Lula!

Segundo: toda essa exposição trouxe à farra pessoas que só querem aparecer no jornal ... porque fazer farra na beira da BR 101, convenhamos, não parece coisa de manezinho ... tenho comigo que se algum jornalista fosse entrevistar um daqueles trouxas, correria o risco de ouvir dele um "tchê" ao final da frase.

Terceiro: a farra não acaba porque ninguém oferece nada em troca à manezada ... e, convenhamos, não parece nada simpático condenar a "nossa" farra enquanto outras "farras" são toleradas país afora. Certo que os manezinhos abdicariam dessa bobagem por qualquer coisa que lhes fizesse as honras da alegria ... nem que fosse um show do Roberto Leal no final da páscoa!

PS.: Sabes bem que não adianta cutucar o LHS .. ano de eleição não é a melhor época para pedir prá candidato comprar briga com eleitor. :)

Anônimo disse...

Quem escreveu o último comentário fui eu .. mas o Blogger parece estar de mal humor e só aceita mensagens anônimas.

Um fraternal abraço,
Pedro Lemos

Anônimo disse...

Acabei de visitar o blog da Cora. Uma senhora deu uma idéia que pode resolver o problema da farra do boi: boicotar Florianópolis! Diz ela que "deixar de visitar as belas praias catarinenses" forçaria o governo local a atuar ...

Que "insight" maravilhoso! Vamos promover essa iniciativa, Cesar! Recomendar aos turistas que fujam daqui!

Imagine a cena! Praias vazias, cadeiras sobrando nos restaurantes e ostras em promoção durante todo o verão ... Coisa horrorooooooosa!

Taí a solução .. senão para os bois .. pelo menos para nós! Vamos divulgar as praias paradisíacas do Rio Grande do Sul ... vamos mostrar como lá os bois são tratados com respeito e humanidade ... que gaúcho que é gaúcho limpa o cu do rebanho com lenço umedecido!

Somos selvagens, covardes, desumanos ... torturamos animais, comemos criancinhas e empalamos os padres no final da quaresma! Somos manezinhos ... tchê!

HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAH
HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAH
HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAH

Um fraternal abraço
Pedro Lemos

Anônimo disse...

Praias sem turistas seria o paraíso realmente! Imagine Floripa sem congestionamento durante a temporada. Fabuloso! Turistas, sumam daqui!

Floripa, coitadinha, é explorada pelos empresários que sugam as belezas da ilha pra encher o cu de dinheiro.

Anônimo disse...

adoro a tua lucidez

Anônimo disse...

Engraçado; não lembro da senhora Ronai se ter inflamado para protestar quando o professor Nilson Lage e o fotógrafo Cláudio Silva foram arbitrariamente presos e espancados pela polícia covarde dos senhores Benedet e LHS. A senhora Ronai deve fazer parte da Peta, aquele grupelho estúpido de senhoras que vivem a protestar contra supostos maus tratos a animais. O bicho homem não importa. A senhora Ronai, no entanto, protestou contra a transferência de uma capivara (isso mesmo, uma capivara) que vivia solta em uma região do Rio, nitidamente fora de seu habitat. Capivaras são, para informar à senhora Ronai, uma verdadeira praga. Tal e qual os politicamente corretos e sua mais recente variação, os ecologicamente corretos. Mas não posso deixar de concordar com a brilhante proposta de boicotar Florianópolis. Não sei nem como os floriapolitanos conseguirão dormir daqui pra frente com tamanha ameaça sobre suas cabeças. Se precisarem de um relações públicas para esta campanha em São Paulo, contem comigo.

Anônimo disse...

Sobre a farra: as comunidades urbanizaram-se, hj o boi na rua representa mais perigo devido aos carros, à fuga do mesmo para dentro das casas. A tentativa de "fechar" a farra em "mangueirões" , ainda no governo Pedro Ivo Campos, não foi bem aceita pelos nativos. Se a farra fosse uma festa "fechada" em uma área delimitada, com a polícia impedindo as atrocidades, não haveria mal nenhum "intizicar" com o boi. Infelizmente nem sempre é possível readaptar uma tradição, corre-se o risco de extermina-la, o que acontece agora com toda a mídia negativa que temos. Do outro lado da história temos a hipocrisia de matarmos tantos bovinos, suínos e aves para nossa alimentação e de uma hora para outra ficarmos com pena de um deles. No nosso futebol também morre torcedor, nem por isso falam em banir o futebol do estado. Tudo é muito irracional. Ainda somos muito influenciados pelos grandes "centros". E viva os rodeios americanizados...Chega de dois pesos e duas medidas, parabéns pelas suas palavras, Valente.

Cesar Valente disse...

Ô ph, até entendo tua ira, mas acho que fostes injusto na forma como incluístes a Cora na história do Lage e do Sarará e nas demais referências. Misturas, tal e qual os (as?) radicais que te irritam, alhos com bugalhos. Menas, ph.

Anônimo disse...

Que tal eleger alguém que fale o mesmo dialeto da manezada para dialogar conosco? Porque, ô Cesar, ouvir o Prates, com o seu idioleto pampeano, dizer que a farra "fere os sentimentos dos bois" irrita mais que vaneirão em festa do divino.

Como se o rebanho do RS fosse tratado à base de massagem shiatsu ... "Vem cá tchê: deixa eu fazer um cafuné neste cupim".

:)

Um abraço
Pedro Lemos

Anônimo disse...

PH, Pedro e anônimos diversos: não sou da Peta, sequer sou vegetariana, embora lute para que os animais tenham vidas e mortes mais dignas. Acho que uma coisa é matar um boi para comer, outra, totalmente diferente, é torturá-lo por diversão. Sou contra tourados, corridas, circos com animais e toda a gama de crueldades contra animais praticadas por humanos que apenas querem "se divertir". Adoro Santa Catarina e não pretendo deixar de vir aqui, antes pelo contrário; mas sou totalmente contra preservar "tradições" só porque são centenárias. A escravidão era uma tradição milenar. A Inquisição foi uma tradição muito bem sucedida implantada pela Igreja durante um bom tempo (hmmmm... alguém aí falou em impalar os padres no fim da quaresma? Hmmmm...)

PH, não falei sobre o Nilson Lage e o Claudio Silva por motivos óbvios: TODOS os jornais e blogs falaram. Além disso, foi um caso pontual, ao passo que a farra é recorrente.

Adotei a causa animal como batalha prioritária porque os jornais simplesmente não abrem espaço para o que acontece com os bichos. No mais, capivara pode ser praga aqui, no Rio era uma alegria, e um animal perfeitamente aculturado ao seu habitat, tanto que da última vez que foi vista caminhava ao lado dos caminhões, na Avenida Brasil, obviamente tentando voltar para a Lagoa onde passou toda a sua vidinha.

Abraços a todos.

Anônimo disse...

Ô Cesar ... dá próxima vez leve a Cora para conhecer o Curiódromo ... daí teremos mais uma campanha na net: "Libertem os curiós dos manezinhos malvadões".

:)

Curioso foi a moça do manifesto questionar o fato dos bois serem pequenos "ao ponto de caberem numa Kombi". Como se a manezada tivesse dinheiro para comprar um touro parrudo pr'essas coisas ...

Olha que esse manifesto oculta uma lógica tão humanista quanto a da farra: se houvesse a chance do boi matar um ou dois farristas, aí a coisa seria "menos ruim" ... :)

"Sou Mané mas não sou bocó"!

Um fraternal abraço
Pedro Lemos

Anônimo disse...

Caro César Valente
Acho que disse tudo e muito bem dito. Tocou em todos os aspectos envolvidos com maxima sensatez, parabens. O equilibrio é fundamental para a civilização avançar de forma positiva...
Vim 'via' Cora Ronái que frequento e gosto muito
Marian

Anônimo disse...

Cora, você, como muitos brasileiros, adora Florianópolis. E saiba que será sempre bem-recebida por esta horda de trogloditas que são os manezinhos. Eles são incorrigivelmente hospitaleiros. É uma tradição, saca? Dessas que a gente gosta de preservar. Sou catarinense, mas não sou manezinho. Sou lá do sul, quase no Rio Grande, tchê! E fui vítima da hospitalidade mané por sete ótimos anos. Tive, inclusive, aulas com o Valente César. Não gosto de discursos prontos, seja em defesa do que for. Prefiro a iconoclastia. Então, se me deparo alguém defendendo os animais ou o MST, tendo logo a defender o extermínio das capivaras (que são uma praga em qualquer lugar) e o neoludismo dos MST da vida. Agora, até laboratório de pesquisa eles invadem. Querem é nos levar de volta a Idade Média, quando, aliás a inquisição não era uma tradição, não, mas uma violência perpetrada pela cúpula da igreja. Quando tiver um tempinho, entre um discurso e outro, dê um lida sobre o assunto. Verá que havia homens na igreja que se ocupavam de guardar os ensinamentos da Antiguidade, principalmente de Aristóteles. Devemos a eles e aos árabes a conservação de textos importantes da filosofia grega. Dizer que também em Floripa apenas uma pequeníssima parte das pessoas participa das farras-do-boi é algo tão óbvio que me faz parecer um idiota (mais do que já sou) em ter que falar isso explicitamente. Mas reafirmo meu incondicional apoio à campanha "Não visite Florianópolis, aquela terra de bárbaros".

Anônimo disse...

César, é que não tenho tua inteligência e sutileza ao escrever. Cora é sua amiga e não podias ir além do que foste no texto em que respondeste às observações dela. Mas sinto muito se você deixou passar batido o "esquecimento" dela em relação aos casos do Nilson e do Sarará. Pra mim, é um exemplo perfeito de como pensam os que se dedicam à causa dos animais: gente não conta muito. Os alhos e os bugalhos estão todos nos devidos lugares. É que não preciso ficar fazendo média com ninguém, não, ao contrário de uns e outros.

Cesar Valente disse...

Ô ph, antes que me esqueça, não enche o saco.

Anônimo disse...

Sobre a farra do boi, há dois acórdãos do TJSC: o primeiro é de 1991; o segundo, de 2002.

Vale a pena ler.

Um fraternal abraço,
Pedro Lemos

Anônimo disse...

Pois, não, professor.
Não estás fazendo jus à hospitalidade dos manés. Não sabia que este era um blog para fazer média com os amigos. Como o blog é seu e não sou bem-vindo, então inté.

Cesar Valente disse...

Desta vez os "defensores dos animais" não me incluíram na corrente do ódio e não encheram minha caixa postal com mensagens idiotas, mas apareceu o ph pra azedar o meu dia. Saco!

Pra encerrar, ph: em qualquer lugar do mundo, quando alguém chega inticando com o dono da casa e com amigos do dono da casa, será sempre recebido, no mínimo, com frieza. Mas é direito do dono da casa, pelo menos, resmungar, servir café frio e colocar a vassoura de ponta cabeça atrás da porta.

E quando o sujeito insiste na história de "fazer média", tentando lançar uma nódoa genérica de comprometimento e venalidade sobre minhas opiniões e posições, fica claro que o objetivo não é trocar uma idéia, fazer algumas provocações ou corrigir algum engano.

E aí, caro ph, não tem como conversar: ou entro no jogo e devolvo a ofensa, lançando algum aleivo equivalente -- coisa que não farei -- ou mostro a porta da rua, coisa que, ao que parece, já entendestes.

Inté.