segunda-feira, 20 de março de 2006

SEGUNDA


BAIXARIA OFICIAL
O que fizeram com o pobre do caseiro é uma boa amostra de um tipo de prática política que não consegue mais distingüir o legal do ilegal e o mocinho do bandido. Tudo se mistura numa geléia geral que tem aparência, consistência e cheiro de merda.

Abrir o sigilo bancário dos figurões investigados, por maiores que sejam as suspeitas, é operação difícil, quase impossível. Eles são protegidos, afinal, pela Lei. Não podem ter suas vidas privadas expostas à execração pública.

Mas o coitado do rapaz que nem estava sendo acusado de nada (e só disse ter visto o Palóffi na casa de amigos), teve sua vida privada revirada do avesso, viu seus dramas pessoais expostos na imprensa.

Só porque chegou perto dessa gentinha (não, não estou chamando todos os petista de gentinha, só aqueles que roubam, matam e deixam roubar e matar) que perdeu completamente a noção do Direito. E agora só quer saber de manter-se no poder e salvar os pescoços não importa a que preço.

Fico imaginando o nível da baixaria que vai rolar quando a eleição estiver mais próxima, se por acaso algum candidato ameaçar a reeleição de Lula. Vai ser uma briga de foice no escuro, sem ganhadores e sem mérito.

O ESCÂNDALO DA SEMANA

O comportamento do ministro presidente do Superior Tribunal de Justiça, Edson Vidigal (na foto abaixo) em relação às prévias do PMDB se destaca, entre os vários escândalos a que temos direito todas as semanas, como o mais escandaloso. Utilizo as palavras do jornalista Ricardo Noblat (publicadas no blog www.noblat.com.br) para fazer um resumo da história:
“Vidigal foi assessor de imprensa de José Sarney quando esse era governador do Maranhão no final dos anos 60. Deve a Sarney a indicação para ministro.

Na última quinta-feira, concedeu liminar ao PMDB de Sarney e de Lula contra a realização, hoje (domingo), das prévias que escolheriam o candidato do partido a presidente da República. Serviu a Sarney e a Lula, que não queriam as prévias porque querem o PMDB aliado do PT nas próximas eleições. Mas o escândalo não reside nisso.

Na sexta-feira, Vidigal voou para Imperatriz, no Maranhão, e ali se lançou candidato ao governo do Estado em entrevista à TV Difusora. Até escalou sua vice – uma deputada do PT.

Ao saber que sua liminar havia sido revogada por outra, voltou às pressas para Brasília. Ontem (sábado), deixou o dia passar. E somente à noite restabeleceu sua liminar e proibiu as prévias.

A direção do PMDB ficou sem tempo de tentar obter uma nova liminar para garantir as prévias.

Vidigal conversou com Lula para entrar no PT. Deve entrar no PSB para com o apoio do governador José Reinaldo, desafeto da família Sarney, disputar a sucessão dele.

Como pode julgar com isenção política quem alimenta sonhos políticos de curto prazo e que dependem do apoio ou da boa vontade do presidente da República?
Como o chefe do segundo mais importante tribunal do país pode se sentir à vontade para influir no destino do partido que no futuro imediato deverá ser adversário de sua candidatura?”

ERREI SIM...
Lamento desapontar aqueles que me consideravam infalível: na coluna do final de semana errei, me enganei e pisei na bola.

Disse lá que “terça feira (21) é aniversário de Florianópolis”. Pode?
Até o prefeito, que mora há pouco tempo na cidade, já sabe que o feriado pelos 280 anos da cidade é dia 23, quinta-feira. Não sei de onde tirei aquela data.

Deve ser vontade de antecipar o feriado. Perdão, leitores.

FESTERÊ
Já que estamos falando nisso: além dos shows de música popular que acontecem na terça, quarta e quinta, tem também um concerto musical, no feriado, no teatro Álvaro de Carvalho. A Polyphonia Khoros (que, como o nome sugere, é um coral) vai apresentar um repertório variado, que inclui músicas clássicas, folclóricas e populares. Os ingressos podem ser retirados na Fundação Franklin Cascaes (no antigo Forte Santa Bárbara, rua Antônio Luz).

PREFEITO RACISTA
O Tribunal Regional Federal da 4ª Região confirmou na semana passada a condenação do prefeito de Chapecó, João Rodrigues, por racismo.

Num programa de TV que ele apresentava em 1999, o destemido prefeito desceu o cacete nos índios, falando mal deles, chamando-os de preguiçosos e “incitando a prática de abuso de autoridade” contra “a indaiada”.

Claro, ele estava defendedo seus amigos fazendeiros num conflito de terras e saiu a desancar os nossos antepassados, como se eles não fossem gente e não merecessem ser tratados com respeito, como qualquer um de nós.

Mas a pena é leve, nem vai preso.

A FOTO DO DIA
Na entrega do troféu aniversário de Florianópolis, ontem, o secretário Gean Loureiro, torcedor do vitorioso Figueirense, aproveita para tirar um sarro do prefeito Dário, que além de avaiano estava com uma estranha camisa tricolor.

3 comentários:

Anônimo disse...

Miguel Livramento ficou P da vida com o Dário que ontem, para fazer um agrado, disse que no continente era Figueirense e na Ilha era Avaí. “Ô Dário, sangrei contigo. Quem é Avaí é Avaí aqui, na China e onde o diabo perdeu as botas”, disse o Miguel no seu programa na Rádio Bandeirantes.

Anônimo disse...

sobre o festerê,uma obs: Polyphonia khoros não é uma orquestra e sim um renomado coral.

Cesar Valente disse...

Já falei, a coisa anda feia por aqui. Tem erro todo dia. Deve ser o tal alemão, como é mesmo o nome dele? Aquele que faz a gente ficar esquecido... Alzeme, Alzunt, Alziquizira?

Pronto, já corrigi. Obrigado e desculpem.