sexta-feira, 6 de janeiro de 2006

SEXTA

A FALTA QUE O ALDÍRIO FAZ
O jornalista Aldírio Simões teria feito ontem 64 anos. Morreu de amor, em 22 de janeiro de 2004 e desde então os florianopolitanos têm se sentido um pouco órfãos. Ele dava aos “nativos” uma face pública, em seus programas de TV e em sua coluna de jornal. Com o troféu Manezinho da Ilha, que ele criou junto com outros manezinhos, conseguiu melhorar a auto-estima de uma grande parcela da população que, com o crescimento da cidade e a chegada de forasteiros, estava se sentindo por baixo, menosprezada e sem espaço.

Francisco Amante, escritor, doutor em manezices, autor de livros que reúnem informações sobre todos os que ganharam o troféu, diz que “o Aldírio faz muita falta, não temos mais, na imprensa, quem nos defenda”. O aniversário do Aldírio foi marcado ontem por um culto ecumênico e um show especial no vão do Mercado Público.

Na foto acima, Aldírio comanda o programa especial de entrega dos troféus Manezinho da Ilha de 2003, que foi o último realizado com a presença dele.

TEM QUE BENZER
Já está mais do que na hora do LHS (ou algum dos outros três governadores que se alternam no poder em Santa Catarina) mandar benzer a Secretaria de Segurança. Lá até festinha de final de ano dá rolo e rende matéria de jornal.

A impressão que a gente tem é que anos e anos de maus costumes e de impunidade criaram uma série de normas informais onde o público e o privado se confundem e contravenções, crimes e pequenos equívocos acabam sendo cometidos como se fossem procedimentos “normais”.

Pode ser que, depois de tanto escândalo, alguma coisa mude. Não tudo, porque afinal a tal “máquina” é poderosa. Mas pelo menos que fique menos freqüente.

PRESSÃO POLÍTICA
Tão falando que a Record despediu o Bóris Casoy porque teria sido pressionada pelo governo, que é um grande anunciante (o Banco do Brasil patrocinou o jornal do Bóris por bastante tempo).

Acho difícil, prefiro acreditar na outra explicação: neste ano eleitoral, os bispos da Universal querem ter maior controle sobre seu principal noticiário. O jornal do Bóris era uma unidade à parte, sem qualquer ingerência da emissora.

Lembrem-se que a igreja Universal e seu partido, o PRB, têm um grande projeto político.

ESPECIAL – NA ESTRADA COM O TIO CESAR

Lembram que eu contei que em Montevideo peguei um ônibus e dei uma volta pra conhecer a cidade pagando pouco? Pois em Buenos Aires, que é uma grande metrópole, com todos os problemas de segurança que as cidades grande têm, não dá pra pegar ônibus pra qualquer lugar, sem conhecer e sem saber onde vai parar. Dá pra usar o metrô, que é rápido e barato. Só que anda debaixo da terra e a gente não vê a paisagem.

Achei mais fácil pegar um trem. Bem no centro, numa distância que dá pra ir a pé de qualquer um dos milhares de hotéis onde a maioria da brasileirada fica, tem a estação Retiro. Ali, por um real e pouco, dá pra comprar passagem ida e volta, por exemplo, na linha que vai até a estação Mitre. É um belo passeio, de uns 20 minutos, que dá pra ver algumas áreas fora do centrão turístico (e poluído) da cidade.

E, dali da estação Mitre é só atravessar a rua para chegar ao Tren de La Costa (esse da foto acima). Pagando um pouco mais (uns R$ 14,00 por pessoa, ida e volta), dá pra passear nesse trem, que serve mesmo só pra... passear. Com a mesma passagem dá pra descer numa estação, dar uma volta, comer alguma coisa, ir ao cinema, depois pegar o trem de novo, ir mais adiante e finalmente retornar. Esse trajeto é essencialmente turístico e termina num grande parque de diversões à beira rio.

Ah, atendendo a pedidos, coloco aqui abaixo uma foto, cedida por um amigo meu, que mostra uma das quatro filas do aeroporto de Buenos Aires e um dos cartazes onde eles dizem que são os melhores. A tradução desse aí, em inglês, é “Agora você está na sala de pré-embarque do melhor aeroporto da América do Sul”. Nesta sala tem a fila para passar na imigração, que é a última antes do embarque. É difícil e cansativo sair desse aeroporto marromeno.

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