quarta-feira, 18 de janeiro de 2006

QUARTA

Acima, a delegação catarinense que está no Japão, com o Governador 2, enfrenta breves dificuldades com o idioma (mas os intérpretes logo acudiram e resolveram o impasse).

Ao lado, é o Shzydkoy, diretor da agência cultural russa, que sofre um pouco para entender o sotaque carregado do Governador 1, que, como vocês sabem, fala russo fluentemente mas nem sempre é bem compreendido. Aí também os intérpretes colocaram tudo em samovares limpos. (Fotos via satélite da SECOM)

TEMA DE LARA
O Governador 1 (o LHS, é claro) está na Rússia convidando o povo para a festa dos seis anos da filial do balé Bolshoi em Joinville.

Nas horas vagas, tenta convencer o pessoal que Santa Catarina não tem nada a ver com a esculhambação brasileira, que a nossa carne não se mistura e que nosso porco é pobre mas é limpinho. Tá indo bem: já conseguiu a adesão do embaixador brasileiro na Rússia. Agora só falta convencer os russos.

ARIGATÔ

No outro extremo da Ásia, o Governador 2 (o vice-Moreira) tem reuniões de manhã, de tarde e de noite para convencer os japoneses que Santa Catarina precisa de dinheiro para saneamento, controle de poluição, recuperação ambiental, fruticultura, treinamento de pessoal, suinocultura, aqüicultura, pesca, agricultura familiar, casa, comida e roupa lavada.

Parece que já estão se acostumando com o fato de que os japoneses balançam a cabeça e sorriem amistosos mesmo quando estão dizendo não.

DOMINÓ E SINUCA
E o Governador 3, que ontem passou algumas horas em Itajaí (tem reportagem completa em outra página deste mesmo jornal, mostrando que ele é bom no dominó), não consegue se livrar de sua toga. O prefeito Morastoni aproveitou pra pedir uma mãozinha pra desenrolar o terreno da Sul Atlântico, onde pretende instalar uma “arena multiuso”.

Acho que o prefeito Imagina que mesmo que o Mussi não tenha muito tempo como governador, ainda poderá fazer alguma coisa quando voltar ao Tribunal de Justiça.

FEIJOADA
Ontem me contaram como sendo coisa certa e definida que a Feijoada do Cacau, mega-evento do sábado de Carnaval na Ilha de Santa Catarina, será realizada este ano naquele terreno ao lado do Jurerê Beach Village. É o mesmo local onde a festa aconteceu há uns dois anos.

O Cacau Menezes, por falar nisso, tem sofrido ameaças de vários tipos, de um bando que não sabe conviver com humanos e só porque não gosta dele, do jeito dele ou do que ele fala, parte para a agressão.

Isso é inaceitável e a gente tem que mostrar a esses trogloditas que quem age assim não é uma pessoa corajosa ou de opiniões fortes: é apenas alguém que ainda está na idade da pedra lascada e não tem lugar numa sociedade civilizada.

FINALMENTE, CHICO DE ASSIS NA PREFEITURA
O coitado do Chiquinho de Assis, candidato da Dona Ângela Amin (PP), não conseguiu se eleger. Os Berger levaram a prefeitura de Florianópolis.

Talvez nem seja o melhor consolo, mas ontem tomou posse como Secretário Extraordinário do município um Francisco de Assis. Normalmente ele é mais conhecido pelo sobrenome (Kuster), mas para fazer média com a oposição, bem que poderia a partir de agora ser chamado apenas de Chico de Assis.

O Kuster, isto é, o Chiquinho, recebeu tantas tarefas políticas e administrativas que até dá a impressão que os Berger o estão vendo como uma espécie de salvação da lavoura.

“DEMAGOGO É V. EXCIA.”

A sessão inaugural da Convocação Extraordinária da Assembléia Legislativa foi bem divertida. Primeiro, a deputada Ana Paula Lima (PT) foi para a tribuna dizer que estava devolvendo, pelo quarto ano, o cheque (de R$ 11,8 mil) com que tinha sido paga pra trabalhar nas férias. A certa altura do discurso, ela resolveu dar uma cutucada nos colegas que doam o salário em vez de devolver. “O pagamento é imoral, bem como a demagogia daqueles que falam que vão doar o salário”, disse ela.

Pra quê! O deputado Duduco subiu nas tamancas e na tribuna. E de lá tratou de descer o cacete na deputada, naquele jeito típico do Duduco. Dá impressão que está elogiando, mas está mesmo é dizendo poucas e boas.

“SOU PURO E SINCERO”
“Não sou demagogo, sou puro e sincero”, disse o deputado, que doou o dinheiro recebido pelo “trabalho extraordinário” para o Lar Recanto do Carinho, que abriga crianças aidéticas. E reclamou de ter sido chamado de demagogo. Disse respeitar a deputada, embora também dissesse que essa forma de falar, ofendendo os colegas “já é comum” nela.

Depois desse aquecimento, parece que a partir de amanhã o trabalho na Assembléia vai começar pra valer.

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