
Essa cidade costumava ser Florianópolis, mas agora tá mais pra “Camelópolis” ou “Terra de Ninguém”
A dica vale para todo e qualquer muambeiro, contrabandista, camelô de qualquer estado do País ou de outros países: o centro de Florianópolis está completamente abandonado. Aparentemente, não há qualquer fiscalização da prefeitura ou de quem quer que seja. É só colocar a banquinha no meio da rua e pronto.
Todos os dias, de manhã cedo, um caminhão baú estaciona perto da ponte Hercílio Luz e descarrega centenas de vendedores e milhares de quilos de muamba. O pessoal vai calmamente se instalar na Conselheiro Mafra e proximidades. Tranqüilos, como se tivessem alvará, como se pagassem impostos e como se a mercadoria fosse perfeitamente legalizada.
É claro que os comerciantes estabelecidos estão muito chateados com essa falta de respeito.


PREFEITURA OMISSA
Os comerciantes que não fazem parte dessa invasão alienígena e que têm endereço conhecido, pagam muitos impostos e são obrigados a atender um monte de exigências.
No sábado, por exemplo, todos os garçons dos bares do Mercado tinham que usar uma camiseta da campanha “Não dê Esmola”, da primeira-dama e secretária. E nas ruas ao redor do Mercado, o povo nem conseguia caminhar direito porque o enxame de camelôs tomava conta de tudo.
MÁ IMPRESSÃO

E ver as ruas simpáticas do centro antigo atulhadas de cds e dvds piratas, de óculos chineses de quinta categoria e de seus vendedores com sotaques estranhos chateia, dá raiva e tristeza.

ATÉ TU, ARMAZEM VIEIRA?
Os problemas do centro são tão graves que o fato de terem colocado telhas de lata (zinco?), num imóvel tombado pelo patrimônio histórico (abaixo) parece não ter muita importância. A mudança, que certamente visou melhorar o imóvel e “modernizá-lo”, agride a vista (e o coração) de quem achava que aquele era um dos poucos lugares que preservava a memória da cidade. Faltou bom gosto e sensibilidade arquitetônica.

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