TÁ TUDO DOMINADO!
Essa cidade costumava ser Florianópolis, mas agora tá mais pra “Camelópolis” ou “Terra de Ninguém”
Essa cidade costumava ser Florianópolis, mas agora tá mais pra “Camelópolis” ou “Terra de Ninguém”
A dica vale para todo e qualquer muambeiro, contrabandista, camelô de qualquer estado do País ou de outros países: o centro de Florianópolis está completamente abandonado. Aparentemente, não há qualquer fiscalização da prefeitura ou de quem quer que seja. É só colocar a banquinha no meio da rua e pronto.
Todos os dias, de manhã cedo, um caminhão baú estaciona perto da ponte Hercílio Luz e descarrega centenas de vendedores e milhares de quilos de muamba. O pessoal vai calmamente se instalar na Conselheiro Mafra e proximidades. Tranqüilos, como se tivessem alvará, como se pagassem impostos e como se a mercadoria fosse perfeitamente legalizada.
É claro que os comerciantes estabelecidos estão muito chateados com essa falta de respeito.
PREFEITURA OMISSA
Os comerciantes que não fazem parte dessa invasão alienígena e que têm endereço conhecido, pagam muitos impostos e são obrigados a atender um monte de exigências.
No sábado, por exemplo, todos os garçons dos bares do Mercado tinham que usar uma camiseta da campanha “Não dê Esmola”, da primeira-dama e secretária. E nas ruas ao redor do Mercado, o povo nem conseguia caminhar direito porque o enxame de camelôs tomava conta de tudo.
MÁ IMPRESSÃO
Fazia algum tempo que eu não batia ponto no Mercado no sábado e levei um susto grande ao ver como o centro da cidade tinha mudado. Algumas notas, aqui e ali, falavam do abandono da Praça XV, cujos jardins estão sendo transformados em albergue para os sem-teto, que contam com a cumplicidade das lâmpadas queimadas e da falta de manutenção.
E ver as ruas simpáticas do centro antigo atulhadas de cds e dvds piratas, de óculos chineses de quinta categoria e de seus vendedores com sotaques estranhos chateia, dá raiva e tristeza.
O Alvim da Luz, do Bar e Mercearia Spinoza (e) e o Beto Barreiros, do Box 32 (d), dois dos principais comerciantes do Mercado Público de Florianópolis, lamentam o estado de abandono em que o centro da cidade se encontra e a falta de ação do poder público para controlar a invasão de ilegais.
ATÉ TU, ARMAZEM VIEIRA?
Os problemas do centro são tão graves que o fato de terem colocado telhas de lata (zinco?), num imóvel tombado pelo patrimônio histórico (abaixo) parece não ter muita importância. A mudança, que certamente visou melhorar o imóvel e “modernizá-lo”, agride a vista (e o coração) de quem achava que aquele era um dos poucos lugares que preservava a memória da cidade. Faltou bom gosto e sensibilidade arquitetônica.
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