quinta-feira, 5 de janeiro de 2006

QUINTA

Explicação da piada oculta na foto oficial: agora, de 13 a 23 de janeiro, o governador LHS, o vice Moreira e o presidente da Assembléia, deputado Júlio Garcia, vão desaparecer magicamente, para que o Desembargador Mussi, presidente do Tribunal de Justiça e quarto na linha de sucessão, possa assumir o Governo do Estado por uns dias. Ontem ele parecia bem preocupado com o que o espera.

ESTRANGEIROS CONFUNDEM RENAUX COM RENAULT

Li por aí que o motivo para a saída do Armando Hess do Planejamento seria sua ida para “a Renault”. No começo imaginei que a fábrica francesa, que tem uma unidade no Paraná, tivesse requisitado os préstimos do ex-secretário. Mas achei muito esquisito.

Até porque ficaria muito feio um sujeito que esteve à frente do planejamento estadual catarinense ir trabalhar numa empresa sediada no Paraná. Só que, em mais de um lugar, continuava a aparecer: “Hess vai para a Renault”. Os inimigos dele já começavam a fazer piada: “ele vai é vender carros”.

Com pulgas, percevejos e poeira atrás da orelha, liguei para o assessor de imprensa do governo, Zé Gayoso: “como é, que história é essa do Armando ir trabalhar para os paranaenses?”

Acabei levando a maior gozada e no final ri junto: a família Hess, dona da maior camisaria do sul do mundo (Dudalina), comprou, na bacia das almas, a Tecidos Renaux (tradicional empresa catarinense que anda mal das pernas). E o Armando vai administrar essa operação. Sacou? Renaux! Camisas... tecidos... tudo a ver, né?

Nem precisei pedir exame de DNA dos autores da confusão, pra ver que eram estrangeiros, pessoal bem intencionado e até competente, mas que chegou a Santa Catarina há pouco tempo e não consegue ainda distingüir ault (ô) de aux (ô).

ESSE MOSQUITO...
O histórico empresário comunista e agitador cultural Amilton Alexandre distribuiu e-mail descendo o cacete no prefeito Dário Berger. Faz bem para a cidade e para a democracia ouvir as vozes discordantes e manter aceso o debate político e ideológico.

Só que o companheiro Mosquito (como ele é conhecido) comete, a meu ver, um erro importante: desfia adjetivos e expressões de palanque, sem adicionar uma única informação que acrescente, ao mundo das queixas genéricas, argumentos um pouco mais sólidos que nos permitam ampliar a discussão.

Talvez eu esteja ficando velho e portanto ainda mais reacionário, mas cada vez duvido mais da eficácia desse tipo de discurso. Taí um trechinho, pra que vocês possam avaliar o que estou dizendo:

“Dário Berger não tem afinidade com nossa cidade, é um político paraquedista, sem formação cultural. Tudo na sua sua administração gira em torno de obras e empreiteiras. Político com formação ideológica direitista, não consegue após um ano de gestão cumprir as principais promessas de sua campanha eleitoral”.


ESSE ROGÉRIO...

Coincidentemente, também ontem recebi e-mail de outro agitador político, o advogado e ex-vereador Rogério Queiroz: e ele igualmente desce o cacete no que acha que está errado. Mas não fica só no discurso cheio de adjetivos.

O Rogério desta vez está indignado com o perigoso abandono da praça de pedágio da SC-401 e das margens das rodovias estaduais no norte da Ilha, que estão sendo tomadas pelo mato. E conta suas tentativas, infrutíferas, de obter, das autoridades, alguma providência.

OBJETO NÃO IDENTIFICADO
Na foto, o novo secretário do Planejamento, Alfredo Felipe da Luz Sobrinho (ex-Sadia), faz seu discurso de posse. E à direita aparece um objeto muito estranho, misto de vidro e espelho. É o tal de “teleprompter” o aparelho que permite que os locutores de televisão leiam um texto sempre olhando para a câmera. E nesse caso aí, permite que o orador fale sem precisa baixar os olhos para o papel. Aquilo ali é um vidro que reflete a tela de um monitor de computador (colocado no chão), onde está o texto do discurso. Coisa “muderna”, que o LHS também gosta muito de usar. Só que o ideal é que não fique aparecendo assim nas fotos, assustando a gente.

NA ESTRADA COM O TIO CESAR
Chi, hoje me entusiasmei com os assuntos locais e praticamente não sobrou espaço pra continuar a contar minha viagem pelo Mercosul, que está quase acabando mas ainda rende um caldo.

Logo agora, que estou em Buenos Aires, a capital dos argentinos, esses vizinhos de quem todos gostamos tanto... de falar mal.

Mas eles também dão motivo: pois não é que no aeroporto de Ezeiza, o principal da cidade, colocaram várias placas dizendo que aquele é “o melhor aeroporto da América do Sul”? Isso mesmo. Pode? E em cada uma das quatro enormes e lentíssimas filas que é necessário enfrentar para poder sair da Argentina, a gente vê aqueles cartazes e vai ficando, cada vez mais, irritado com tamanha presunção.

Amanhã eu continuo a contar os últimos dias da aventura e falo sobre a maravilha que é poder andar de trem e metrô.

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