sábado, 19 de novembro de 2005

SÁBADO E DOMINGO

O QUE É ISSO?! VIROU CHAPA BRANCA? TÁ LOUCO?

Montei essa ilustração aí, com três dos quatro símbolos oficiais de Santa Catarina (o quarto é o hino) de propósito, pra comentar um pouco essa história de símbolos e pra encerrar a semana da proclamação da República.

A flor-símbolo é a laelia purpurata, magnificamente fotografada, na Festa das Flores, que está acontecendo em Joinville, pelo Rubens... Flores (ele aproveitou a ida a Joinville pra visitar a família).

Assim como o brasão e a bandeira, identificam este nosso pequeno, porém valoroso, estado. Esses símbolos são de uso público, popular, não pertencem nem devem pertencer a ninguém em especial. São nossos.

O problema é que às vezes são apropriados por candidatos, partidos, campanhas e a gente fica sem jeito de usá-los para o que eles servem: dizer de onde a gente é, identificar-nos. Na ditadura, usar verde e amarelo era um problema. E agora, com a nossa bandeira, está ocorrendo coisa semelhante.

O governo utiliza, para identificar-se, o brasão e a bandeira. Aí o LHS chegou e, para ser diferente, fez a bandeira tremular, como que dizendo que a bandeira sem onda é do Amin, a de ondinha é dele. O pessoal deve ter olhado pra essa aí da foto e pensado “hum, o cara é do PP”. E não é nada disso: a bandeira é nossa. E seria muito bom que tratassem de arranjar outra coisa para identificar o governo. Deixem a bandeira para o estado, para nós. Senão, a cada mudança de governo, a gente fica de novo sem poder usar a bandeira.

AS PERNAS DO DANIEL
Não estava entendendo por que as meninas da Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado da Cultura, Turismo e Esporte estavam tão animadas com a partida beneficente que o time amador do cantor sertanejo Daniel realiza domingo em Florianópolis.

Durante a semana enviaram dezenas de e-mails insistindo que a imprensa toda fosse lá, que se credenciasse para entrevistar o cantor, fizeram grande carnaval.

Fui perguntar para a correspondente do Diarinho na capital, a sempre atenta Carla Cavalheiro, qual seria a razão de tanto empenho e ela só respondeu depois de longo e profundo suspiro: “eu também vou”, disse, misteriosa.

O jogo será no Orlando Scarpelli às três da tarde e, ao que parece, lotado de fãs do cantor, loucas para vê-lo de calção, correndo pra lá e pra cá. Ô raça!

SOL? QUE SOL?

Já que estamos falando na Secretaria do Knaesel, deixa eu fazer uma pergunta: por que o material de divulgação da Secretaria continua usando a sigla SOL?

Quando era Secretaria de Organização do Lazer, a sigla era essa. Mas desde janeiro, quando mudou para Secretaria de Cultura, Turismo e Esporte, não tem mais sentido chamá-la de SOL.

Ô Knaesel, põe os criativos para arranjar uma nova sigla: Secute, SCTE, CulTurEsp, Secutures. Ou a simpática sigla-apelo: SCUTE!

PUNHOS DE RENDA
O prestigioso blog do Ricardo Noblat (www.noblat.com.br) usou, para identificar as notas sobre a convenção nacional do PSDB, ontem, essa identificação aí: “Punhos de Renda”. Bem apropriado para o partido de FHC e Serra, que não é exatamente um partido popular.

COLIGADÍSSIMOS
Estavam na convenção do PSDB e ocuparam lugar de honra os senadores Jorge Bornhausen (SC), José Agripino (RN) e o trio elétrico baiano: Antônio Carlos Magalhães, César Borges e Rodolpho Tourinho. Sim, todos do PFL. E eles não estavam lá só pra rir das piadas sem graça do Tom Cavalcante (que passou um tempão imitando o presidente Lula).

MÃOZINHA
Nessa discussão se o Pavan foi eleito com ou sem a ajuda do PMDB o pessoal parece que se esquece do Paulinho Bornhausen. Lembram dele? Pois eu conheço montões de gentes que votaram na Ideli ou no Pavan só porque não queriam de jeito e maneira que o doutor Jorge tivesse dois senadores na família. Não sei o quanto ajudou, mas que ajudou, ajudou.

GREVE FURADA
Ontem foi a vez dos servidores da UFSC fazerem assembléia. Tomaram decisões importantíssimas para a solução da crise:

1. Entregar uma carta ao LHS para que “se manifeste a respeito da greve” (por que ele?!).

2. Fizeram a lista de quem vai daqui para acampar na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, de 22 a 24 da semana que vem.

3. Doaram R$ 1 mil para os estudantes que também forem a Brasília protestar.

A entrega da carta foi, digamos, simbólica: chegaram no Palácio da Agronômica mais ou menos na hora em que LHS estava indo para uma coletiva na sede da Associação Catarinense de Imprensa. Como ele não estava, deixaram com o Major Atair, da Casa Militar.

OUTRO BOLO
O presidente da Câmara, Marcílio Ávila já está se acostumando a ir a Brasília e não ser recebido pelos Ministros. Pela segunda vez teve que conversar com o secretário geral. Desta vez quem não estava era o Ministro do Turismo. Quando estava substituindo Dário na Prefeitura, Marcílio participou da comitiva que não foi recebida pelo Ministro da Justiça.

Se na visita anterior eles não conseguiram tirar o Beiramar da Beira-Mar, agora eles não conseguiram grana pra reforma do Mercado Público da capital.

MÁGICA ESTATÍSTICA
A estatística é uma maravilha. Vejam, por exemplo o PIB per capita, que foi anunciado ontem. É obtido dividindo toda a riqueza produzida (o Produto Interno Bruto) pela população. Em Florianópolis dá R$ 9.912 por pessoa. Claro que tem muita gente que não tem isso, porque algumas outras pessoas ficaram com quase tudo.

Assim, como poucos têm muito, sobra muito pouco para a maioria. A concentração de renda é uma questão matemática perversa que demonstra, também, o nível de atraso de uma sociedade.

“CIDADE INVADIDA”
Uso o mesmo título que o colunista Gonzalo Pereira usou (em www.gonzalo.com.br), porque vou usar algumas das informações que ele publicou ontem: a normalmente pacata feirinha da Beira-Mar Norte, no domingo passado, foi invadida por um bando de pivetes que “assumiram” a guarda dos carros, cobravam pelo estacionamento e ainda faziam arruaça.

Seria engraçado, se não fosse trágico, constatar que todo mundo sabe onde estão os problemas de segurança, onde agem os arruaceiros (o próprio Gonzalo lembra do Largo da Alfândega), só não vê quem tem poder para exercer o policiamento ostensivo e inibir a ação dessas gangues.

Não vale, nos casos citados, a desculpa que “não podemos estar em todos os lugares”. Estamos falando de locais de grande concentração de público e grande visibilidade. Seria fácil (ou recomendável), incluí-los nas rondas habituais (se é que ainda são feitas). Antes que o problema piore.

2 comentários:

Anônimo disse...

Cidade invadida
Não só na feirinha e não só nos finais de semana. O pessoal que caminha na Beira Mar, da manhão ao final de tarde, vem convivendo com esse problema.
De uns meses (poucos) para cá, todos os bolsões onde há lugar para estacionar estão tomados de "guardadores" que "fazem expediente" mais ou menos até às 20h30min ou 21 horas. Só quem chega à orla depois deste horário é que fica livre deles. Mas aí já é tarde e os problemas são outros (furtos, roubos, violência etc.)

Anônimo disse...

Obrigado pela menção, caro Valente.

Abs,
Gonzalo Pereira