segunda-feira, 28 de novembro de 2005

SEGUNDA

HOJE, EXCEPCIONALMENTE,
EM VEZ DE FICAR “DE OLHO NA CAPITAL”
ESTOU “DE OLHO NA CABEÇUDAS”


Na foto maior, a praia de Cabeçudas, em Itajaí, onde passamos o final de semana estudando e trabalhando.
Na panorâmica dentro da foto grande, parte da redação do Diarinho participa de mesa redonda (teórica e prática) sobre as tendências do mercado internacional de cervejas.
A foto menor à esquerda é a foto oficial, com todo mundo rindo, que é pra vocês verem que a gente tem bons dentes.

SEMINÁRIO INTERNO VIRA PORRE EXTERNO
No sábado e ontem os jornalistas do Diarinho foram obrigados a passar horas intermináveis confinados em Cabeçudas, mais precisamente no Hotel Marambaia Cabeçudas, para um seminário de treinamento, lavação de roupa suja e conferência de abobrinhas.

Só puderam sair do centro de convenções para ir aos bares à beira-mar, beira-rio ou beira-saco, colocar em prática os assuntos debatidos nas palestras sobre “Mesa de Bar”, “Conversa de Botequim” e “Bêbados chatos: como evitá-los sem tornar-se um deles”.

ESPIÕES SE FERARRAM
A concorrência, que vive levando surra nas bancas, inventou diversas maneiras para tentar saber o que estava sendo discutido no Seminário do Diarinho. Primeiro, tentaram esconder microfones nas luminárias, depois, câmeras nas cortinas e finalmente disfarçaram um espião de garçom.

Mas, como o Diarinho é debochado mas não nasceu ontem, tinha contratado uma varredura anti-espionagem à conceituada empresa de arapongas “CIA do Brasil Ltda.”, que tem sede ali no Caga Pé e eles pegaram todos os artefatos que foram maldosamente plantados. Tá certo que quiseram também apreender as máquinas e gravadores dos participantes do seminário e implicaram com a altura da Carla, mas tudo foi contornado antes do happy-hour.

CLIMA NÃO AJUDOU
A única nota destoante foi o céu excessivamente azul, com uma brisa deliciosa e aquele marzão, o que obrigou o pessoal a ficar mudando de bar até achar um com a cerveja na temperatura certa.

EXCLUSIVO: A PROGRAMAÇÃO SECRETA DO SEMINÁRIO
Agora falando sério: como percebemos o grande interesse que o seminário do Diarinho despertou em duas ou três pessoas e em quatro ou cinco concorrentes, vou romper o pacto de silêncio e revelar, em primeira mão e com exclusividade, a programação secreta do seminário. Sei que assim que o jornal sair serei despedido, mas não tem importância, o leitor precisa ser bem informado.

SÁBADO CEDO – Um jornalista norueguês de nome complicado fez uma longa palestra, mas um defeito no sistema de tradução simultânea impediu que a gente soubesse do que se tratava. Pelo que ele projetou na tela parece que tinha algo a ver com os resultados de uma pesquisa sobre tablóides no interior da Noruega.

SÁBADO NA HORA DA SESTA – O jornalista convidado mexicano recusou-se a descer para fazer sua palestra sobre tablóides no interior do México, porque, segundo ele, ninguém deve trabalhar na hora da sesta. Indignados, fomos todos para o bar mais próximo aguardar a palestra seguinte.

SÁBADO NO FINAL DA TARDE – Foi a hora da palestra mais aguardada do dia, com o renomado e bem afamado professor Luiz Alberto Scotto, do Curso de Jornalismo da UFSC, que discorreu por mais de duas horas sobre os tablóides no interior da Nicarágua na década de 70 e sua influência praticamente nula sobre a reforma do jornal francês Libération em 2005.

SÁBADO À NOITE – Alguns dos patrocinadores do seminário ofereceram uma recepção em black-tie numa simpática danceteria na BR 101 duplicada. As colegas não foram e alguns colegas exageraram.

DOMINGO CEDO – O sistema de tradução simultânea foi finalmente consertado e o jornalista norueguês repetiu sua palestra, sem grande sucesso, porque a metade da sala que estava acordada não conseguia entender o que a tradutora falava. Por economia tinha sido contratada uma tradutora do norueguês para o português de Portugal.

DOMINGO À TARDE – Uma emocionante dinâmica de grupo inovadora, aplicada por falsas monjas convertidas, com técnicas de biodança, tai-chi e funk criou grande ajuntamento no centro de convenções, assim que elas passaram para a fase dois, a do desprendimento dos bens materiais e tiraram a roupa. Durante uma hora e meia fizeram evoluções harmônicas e dissonantes usando, para proteger parcialmente sua nudez, exemplares selecionados do Diarinho.

Ninguém entendeu o que isso tinha a ver com o nosso treinamento, mas o pessoal gostaram. As colegas fizeram um abaixo assinado exigindo que no próximo seminário a dinâmica de grupo fique a cargo dos falsos monjes convertidos que, ao que parece, fizeram grande sucesso no último congresso internacional das Jornalistas Empregadas em Tablóides (JET).

DOMINGO À NOITE – Sinceramente não me lembro do que aconteceu ontem à noite.

PRÓXIMO SEMINÁRIO
Até podemos pensar num outro seminário, para continuar o aperfeiçoamento do Diarinho. Mas dificilmente conseguiremos fazer outro evento tão proveitoso quanto este.

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