HOJE, EXCEPCIONALMENTE,
EM VEZ DE FICAR “DE OLHO NA CAPITAL”
ESTOU “DE OLHO NA CABEÇUDAS”
EM VEZ DE FICAR “DE OLHO NA CAPITAL”
ESTOU “DE OLHO NA CABEÇUDAS”


Na panorâmica dentro da foto grande, parte da redação do Diarinho participa de mesa redonda (teórica e prática) sobre as tendências do mercado internacional de cervejas.
A foto menor à esquerda é a foto oficial, com todo mundo rindo, que é pra vocês verem que a gente tem bons dentes.
SEMINÁRIO INTERNO VIRA PORRE EXTERNO
No sábado e ontem os jornalistas do Diarinho foram obrigados a passar horas intermináveis confinados em Cabeçudas, mais precisamente no Hotel Marambaia Cabeçudas, para um seminário de treinamento, lavação de roupa suja e conferência de abobrinhas.
Só puderam sair do centro de convenções para ir aos bares à beira-mar, beira-rio ou beira-saco, colocar em prática os assuntos debatidos nas palestras sobre “Mesa de Bar”, “Conversa de Botequim” e “Bêbados chatos: como evitá-los sem tornar-se um deles”.
ESPIÕES SE FERARRAM
A concorrência, que vive levando surra nas bancas, inventou diversas maneiras para tentar saber o que estava sendo discutido no Seminário do Diarinho. Primeiro, tentaram esconder microfones nas luminárias, depois, câmeras nas cortinas e finalmente disfarçaram um espião de garçom.
Mas, como o Diarinho é debochado mas não nasceu ontem, tinha contratado uma varredura anti-espionagem à conceituada empresa de arapongas “CIA do Brasil Ltda.”, que tem sede ali no Caga Pé e eles pegaram todos os artefatos que foram maldosamente plantados. Tá certo que quiseram também apreender as máquinas e gravadores dos participantes do seminário e implicaram com a altura da Carla, mas tudo foi contornado antes do happy-hour.
CLIMA NÃO AJUDOU
A única nota destoante foi o céu excessivamente azul, com uma brisa deliciosa e aquele marzão, o que obrigou o pessoal a ficar mudando de bar até achar um com a cerveja na temperatura certa.
EXCLUSIVO: A PROGRAMAÇÃO SECRETA DO SEMINÁRIO
Agora falando sério: como percebemos o grande interesse que o seminário do Diarinho despertou em duas ou três pessoas e em quatro ou cinco concorrentes, vou romper o pacto de silêncio e revelar, em primeira mão e com exclusividade, a programação secreta do seminário. Sei que assim que o jornal sair serei despedido, mas não tem importância, o leitor precisa ser bem informado.
SÁBADO CEDO – Um jornalista norueguês de nome complicado fez uma longa palestra, mas um defeito no sistema de tradução simultânea impediu que a gente soubesse do que se tratava. Pelo que ele projetou na tela parece que tinha algo a ver com os resultados de uma pesquisa sobre tablóides no interior da Noruega.
SÁBADO NA HORA DA SESTA – O jornalista convidado mexicano recusou-se a descer para fazer sua palestra sobre tablóides no interior do México, porque, segundo ele, ninguém deve trabalhar na hora da sesta. Indignados, fomos todos para o bar mais próximo aguardar a palestra seguinte.
SÁBADO NO FINAL DA TARDE – Foi a hora da palestra mais aguardada do dia, com o renomado e bem afamado professor Luiz Alberto Scotto, do Curso de Jornalismo da UFSC, que discorreu por mais de duas horas sobre os tablóides no interior da Nicarágua na década de 70 e sua influência praticamente nula sobre a reforma do jornal francês Libération em 2005.
SÁBADO À NOITE – Alguns dos patrocinadores do seminário ofereceram uma recepção em black-tie numa simpática danceteria na BR 101 duplicada. As colegas não foram e alguns colegas exageraram.
DOMINGO CEDO – O sistema de tradução simultânea foi finalmente consertado e o jornalista norueguês repetiu sua palestra, sem grande sucesso, porque a metade da sala que estava acordada não conseguia entender o que a tradutora falava. Por economia tinha sido contratada uma tradutora do norueguês para o português de Portugal.
DOMINGO À TARDE – Uma emocionante dinâmica de grupo inovadora, aplicada por falsas monjas convertidas, com técnicas de biodança, tai-chi e funk criou grande ajuntamento no centro de convenções, assim que elas passaram para a fase dois, a do desprendimento dos bens materiais e tiraram a roupa. Durante uma hora e meia fizeram evoluções harmônicas e dissonantes usando, para proteger parcialmente sua nudez, exemplares selecionados do Diarinho.
Ninguém entendeu o que isso tinha a ver com o nosso treinamento, mas o pessoal gostaram. As colegas fizeram um abaixo assinado exigindo que no próximo seminário a dinâmica de grupo fique a cargo dos falsos monjes convertidos que, ao que parece, fizeram grande sucesso no último congresso internacional das Jornalistas Empregadas em Tablóides (JET).
DOMINGO À NOITE – Sinceramente não me lembro do que aconteceu ontem à noite.
PRÓXIMO SEMINÁRIO
Até podemos pensar num outro seminário, para continuar o aperfeiçoamento do Diarinho. Mas dificilmente conseguiremos fazer outro evento tão proveitoso quanto este.
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