quarta-feira, 30 de novembro de 2005

QUARTA

PRINCESA MAXIMA DEIXA
A HOMARADA DE BOCA ABERTA

O governador de plantão, Pinho Moreira (e), recebe a princesa no Palácio da Agronômica. À direita, o presidente do Tribunal de Justiça e outras autoridades.

Acostumada à vida dura de estar sempre sob os holofotes, a Princesa Maxima, da Holanda, passou ontem por Florianópolis e pela Casa d’Agronômica, como emissária da Unesco para a área de microcrédito. E deixou todo mundo (estamos em um estado e em um país muito machista, vocês sabem) de boca aberta: loira, bonita, simpática, inteligente, economista, filha de ex-ministro, é casada com o herdeiro do trono da Holanda e faz juz ao nome.
A história dela tem um pouco de conto de fadas.Maxima Zorreguieta nasceu na Argentina, formou-se em economia e trabalhava em Nova Iorque, no Deutsche Bank, quando, ao passar férias na Espanha, em 1999, conheceu o príncipe Willem-Alexander.

Em 2001, quando anunciaram que pensavam em se casar (e pra isso precisavam de autorização do parlamento holandês), veio à tona o fato de que o pai dela foi ministro da Agricultura, na Argentina, justamente no pior período da ditadura militar. Foi um longo debate, muitas investigações, muita fofoca, até que ficou esclarecido que o pai dela nada teve a ver com os milhares de mortos e torturados do regime militar. Ela adquiriu a cidadania holandesa e eles casaram em 2002, mas o pai não teve permissão para assistir às bodas. E em 2003 tiveram uma filhinha, com um nome enorme: Catharina-Amalia Beatrix Carmen Victoria.

Maxima usa sua experiência profissional em grandes bancos, para atuar como membro do Grupo de Consultores das Nações Unidas para o Ano Internacional do Microcrédito, que é 2005. Por causa dessa atividade, tem viajado pelo mundo todo e é por isso que esteve em Florianópolis. Levada pelo governo, foi ao Ribeirão da Ilha, conversar com maricultores que têm utilizado microcrédito e também falou com autoridades do governo e do Badesc sobre o mesmo assunto. Dizem que ela gostou do que viu por aqui.

JOÃO COLOCA O “DA BEGA” NO NOME
Um dos vereadores mais populares de Florianópolis, João Itamar da Silveira, tinha um problema: todo mundo o conhecia como “João da Bega”. Porque é filho da Dona Bega. Pois ontem, contente e faceiro, o João teve audiência com o juiz que concordou com a alteração no nome de batismo. A partir de agora, oficialmente, o vereador se chama João da Bega Itamar da Silveira.

HISTÓRIA CABELUDA
O Secretário Cesar Cim parece que anda meio perdido nos assuntos da sua pasta. Quando o Ministro do Trabalho disse que Santa Catarina deixaria de receber uns R$ 5,4 milhões de reais de programas federais por causa de falta de prestação de contas do Sine (Sistema de Emprego), ele foi pro jornal dizer que não era bem isso, mas o pior é que era mesmo.

Pois bem, agora aparecem umas “denúncias” ainda mais estranhas, divulgadas pela senadora e por um deputado do PT antes de chegarem às mãos do secretário Cim. De novo ele está boiando.

Em todo caso, o que parece ser verdade, é que Santa Catarina não fez direito seu dever de casa e tem que devolver grana pro governo federal. E enquanto não acerta as pontas, não ganha novas verbas.

O resto da fofoca (falsificação de documentos, herança do Amin e outros babados) ainda está sendo investigado. E em briga de cachorro grande é bom a gente não se meter.

“JUIZO NORMAL”
O deputado Joares Ponticelli (PP) desceu o cacete, ontem, na Assembléia Legislativa, no “governador candidato viajante”. Isso nem é mais notícia, porque ele faz isso quase todo dia.

O problema é que ontem, ao falar sobre a participação do governador em uma entrevista, na TV Barriga Verde na semana passada, Ponticelli afirmou que iria “investigar onde o governador esteve antes da entrevista, quais foram os eventos, qual foi sua agenda”, porque, na TV, o LHS, segundo o opositor, “não parecia no seu juízo normal”.

Isso que pouco antes ele destacou o fato de que, nas últimas viagens e nesta agora, tem sempre visita a alguma vinícola, decerto querendo que a gente embarcasse em alguma insinuação maldosa.

A esta altura, mudei de canal. Com o debate político nesse nível, é melhor a gente assistir ao Ratinho ou ao João Kleber.

COMBATE À AIDS
Para marcar o Dia Internacional de Prevenção e Combate à AIDS, o sindicato da construção civil da Grande Florianópolis vai fazer uma maratona de palestras e outras atividades para atingir quase dois mil operários, de 20 empresas, em dois dias, hoje e amanhã.

Segundo a secretaria municipal da saúde (cujo secretário, Dr. Juca, continua na fritura), foram registrados, de 1986 a 2005, em Florianópolis, 2,7 mil casos da doença, entre adultos e crianças.

A verdade é que depois do impacto inicial e com o aparecimento de medicamentos que prolongam a vida dos infectados, parece que o povo perdeu o medo da AIDS e tem se descuidado demais.

Nenhum comentário: