segunda-feira, 21 de novembro de 2005

SEGUNDA

“OU ENTÃO FELICIDADE
É BRINQUEDO QUE NÃO TEM...”

Já que a capital inaugura hoje seu “Natal das Luzes”, esta coluna também entra no clima, mostra a casa do Papai Noel (agora entendi por que os vereadores foram despejados) e traz a letra de uma música de natal brasileira. Uma das poucas. Que, não por acaso, é do genial Assis Valente. Chama-se “Boas Festas”.
Boas Festas, então.

Anoiteceu, o sino gemeu,
A gente ficou feliz a rezar.
Papai Noel, vê se você tem,
A felicidade pra você me dar.

Eu pensei que todo mundo
Fosse filho de Papai Noel,
Bem assim felicidade,
Eu pensei que fosse uma brincadeira de papel.

Já faz tempo que eu pedi
Mas o meu Papai Noel não vem,
Com certeza já morreu,
Ou então felicidade é brinquedo que não tem.


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[nunca é demais lembrar que neste blog, para ver as fotos no seu tamanho real, basta clicar sobre elas que se abre uma nova janela, com a ampliação]
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PROFISSIONALISMO 9 X 0 AMADORISMO
Se tem uma coisa que não dá pra criticar no governo LHS é o profissionalismo com que o José Augusto Gayoso conduz o relacionamento com a imprensa. Sério, cuidadoso, sempre disponível, sabe como fazer bem o seu serviço.

Infelizmente, os secretários do mesmo governo nem sempre escolhem com cuidado suas assessorias de imprensa. O que se viu ontem no campo do Figueirense, num jogo-brincadeira beneficente, que deveria ser uma festa, beira o ridículo. E o Gayoso vai subir nas tamancas, quando souber.

A assessoria da “Sol” (que é como o pessoal do Knaesl gosta de chamar a Secretaria) credenciou como “imprensa”, com direito a acesso ao campo, todos os seus amigos e convidados. E queria impedir jornalistas de verdade de trabalhar. Quase histéricas, as meninas da “Sol”, com suas sainhas bem curtas, andavam pra lá e pra cá criando confusão. Barraram o Diarinho, encheram o saco do fotógrafo da Folha de São Paulo, não queriam que o fotógrafo do Figueirense (o dono da casa!) ficasse lá e quase conseguiram impedir que a rádio Gazeta, única emissora AM que se dispôs a transmitir o, vá lá, jogo, entrasse em campo.

O pessoal mostrou que entende tudo de desorganização do lazer. No joguinho que aparentemente foi montado só para que o Knaesel aparecesse na foto, quiseram impedir a entrada justamente dos fotógrafos. Já o Daniel, que é um profissional, cumpriu bem seu papel. Com gentileza e humildade enfiou 9 no time do Knaesel.


EM DEFESA DAS VIAGENS DE LHS
Toda vez que viaja ao exterior, o governador LHS vai à casa do Jornalista, sede da Associação Catarinense de Imprensa, dar uma entrevista e fazer um relato da viagem. Prestar contas é um hábito saudável, faz bem a todos.

Mas parece que as críticas às viagens estão sendo muito freqüentes ou muito fortes, porque ontem o presidente da Associação Catarinense de Imprensa, jornalista Moacir Pereira, cuja coluna é reproduzida por uma dezena ou mais de jornais catarinenses, resolveu sair em defesa das viagens do governador.

Entusiasmado, depois de expor sua argumentação, o companheiro Moacir afirmou que “na globalização crescente, quem se isolar, perde o trem da história. E quem condenar, está agindo de má-fé, por inveja, burrice ou cegueira”.

A CRÍTICA É SAUDÁVEL

Levei um susto, porque me pareceu um pouco forte demais. Claro, sempre existem aqueles que condenam e criticam por má-fé, inveja, burrice ou cegueira. Mas não se pode aceitar a presunção que toda e qualquer crítica seja movida apenas por esses quatro motivos.

Acredito que seja possível criticar um governante – qualquer que seja – ou opor-se a quaisquer ações de uma autoridade pública, sem necessariamente agir “de má-fé, por inveja, burrice ou cegueira”.

Faz bem para a democracia que ninguém se julgue acima de qualquer suspeita. É bom para o sistema que tudo seja passível de crítica, debate, avaliação e exame. Não fosse assim, não teriam razão de ser os Tribunais de Contas, o Ministério Público, a própria imprensa. E, porque o conheço, tenho certeza que o Moacir Pereira também acredita nisso.

Por isso fiquei espantado com o fecho exageradamente forte da nota, que parece desqualificar, no atacado e previamente, toda e qualquer crítica aos movimentos que o governador LHS tem feito em direção ao exterior. Assim como as ações do governo não devem ser condenadas em bloco e a priori, a aprovação também não deve se dar dessa forma.

SEMANA ANIMADA
A semana que começa promete grandes emoções para quem ainda tem saco de acompanhar a novela da corrupção federal.

Na terça a CPI dos Bingos vota a convocação do ministro Palocci. Como ele mesmo disse que topa, provavelmente será aprovada. E ouve Paulo Okamoto, o contador do Lula, o amigão que pagou com seu próprio dinheiro uma dívida de R$ 29 mil do presidente.

Na quarta, se não ocorrer novo adiamento, o plenário da Câmara vota a cassação do Zé Dirceu.

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