quarta-feira, 23 de novembro de 2005

QUARTA

Na foto, os dois primeiros, à esquerda e à direita, são da diretoria da ACI. Os demais são da Secretaria de Segurança. Moacir é o jovem de terno claro, com os cabelos precocemente embranquecidos e Benedet os tem em menor quantidade.

HELP! AJUDEM O BENEDET!
E por falar em (in)segurança: pois não é que o Secretário da Segurança, deputado Benedet, foi ontem à Associação Catarinense de Imprensa pedir ajuda aos jornalistas pra combater a violência?

Agiu muito bem o nosso presidente Moacir Pereira, ao recomendar a criação de um fórum composto pelos demais setores da sociedade para discutir a violência. Os jornalistas não podem cair na conversa de que promovem a “espetacularização da violência”.

Espetáculo é deixar acontecer sete fugas num ano pelo mesmo buraco. Show é achar que a gente tem que resolver problemas que aqueles que são pagos pra isso (em todos os setores do governo, não só na polícia, que às vezes leva a culpa injustamente), não conseguem.

NOTÍCIAS DA GREVE
É bom explicar logo que vou falar só da greve da UFSC. Das outras que ainda estão se arrastando por aí não tenho notícias a dar.

Pois o pessoal anda com a criatividade em baixa. Depois de horas de dicussão os servidores da UFSC resolveram colocar o mico nas mãos de quem, a rigor, nada tem a ver com o peixe.

Vão pedir “ajuda” a ex-reitores que hoje estão em outras funções: Diomário de Queiroz é Secretário de Estado da Educação e Rodolfo Pinto da Luz é Secretário de Educação de Florianópolis. E também vão voltar ao governador, pra saber se ele já tem alguma resposta pra carta que deixaram na portaria na sexta-feira.

O mais engraçado é que eles não vão só conversar: vão fazer “atos” em frente às secretarias e ao palácio do governo. Certamente vão “cobrar” o posicionamento a favor da greve.

Em 14 universidades os servidores já voltaram ao trabalho. Só faltam 26. Que provavelmente vão deixar passar as festas e o ano novo antes de pensar nisso.

HAJA PROPAGANDA
O Vieirão (PP), deputado estadual que volta e meia pega no pé do governo, fez as contas das despesas daquele Festival Cultural do Mercosul, de setembro.

Lembram? Aquele que teve a abertura no Costão do Santinho, não foi ninguém e ainda expôs o governador ao ridículo?

Pois bem. Pra fazer o festival todo, gastaram R$ 682 mil. E só pra fazer a propaganda do festival, gastaram R$ 380 mil. Uau!

Se vocês puxarem pela memória aposto que nem vão lembrar das propagandas, que de tão caras deveriam ser, no mínimo, inesquecíveis. Eram horrorosas. E ficaram ainda piores agora, que a gente ficou sabendo quanto custaram.

O PREÇO DA SAÚDE
Os servidores públicos estaduais nunca tiveram um plano de saúde de bom nível. Dizem os mais antigos que no tempo do montepio ou no começo do Ipesc, a coisa era melhor. Mas os problemas com a administração do plano foram fazendo com que ele tivesse prejuízos crescentes, depois teve que ser terceirizado e acabou ficando como café mal requentado: fraco, frio e amargo.

Em janeiro começa o novo Plano de Saúde, planejado para se equiparar aos demais planos do mercado. Claro que tem um problema básico: vai custar mais caro. Hoje o servidor paga, pelo plano ruim, um valor quase simbólico. O povo da Secretaria da Administração, que é a responsável pelo plano, acha que o servidor vai topar pagar mais para ter uma cobertura melhor. Claro, desde que funcione e seja, de fato, melhor.

COMEÇA O INQUÉRITO
A Polícia Federal começa nos próximos dias a tomar depoimentos sobre o seqüestro dos membros do Conselho Universitário e do Reitor da UFSC, que ficaram, em 18 de outubro, várias horas presos por terroristas que exigiam aumento no valor das bolsas.

O pessoal que naquele dia usou da violência, agora reclama que “um ato político está sendo transformado em crime”. Não sou advogado, mas parece que um crime cometido por motivação política não deixa de ser crime.

PENEIRA
O presídio de Florianópolis poderia ser transformado em casa de férias, pousada ou SPA. A facilidade com que se sai dali é tão grande que não fica bem chamar aquilo de presídio.

Das oito fugas dos últimos meses, sete foram feitas da mesma maneira. Deve ter até plaquinha iluminada escrito “saída”, com flechinhas indicativas. E taxi esperando do lado de fora, pra aproveitar o movimento. Sempre pode dar umas corridas pros municípios vizinhos.

Claro que os carcereiros já estão falados na praça. Dizem que levam um por fora pra olhar pro outro lado, pra colocar o som da novela bem alto, pra não passar por perto da “rota de fuga”.

O pessoal que está tentando tirar o Beiramar da Beira-Mar vai usar isso aí como argumento: “as constantes fugas no presídio vizinho à carceragem da Polícia Federal colocam em risco a integridade do Fernandinho, por isso é preciso tirar ele logo dali”.

REPÚBLICA VERBAL
Quando a gente fala, vai jogando ao vento as palavras, que podem ser mal compreendidas, podem nem ser ouvidas direito. Por isso, quando a gente quer dizer alguma coisa com exatidão, a gente escreve. Os contratos, as leis, as sentenças, são escritas. Não são verbais. Até no jogo do bicho, vale o que está escrito.

Mas o nosso querido presidente Lula quer reverter isso. Ele só fala, de preferência, de improviso. Com todos os problemas que isso representa para a República, que precisa saber com exatidão o que seu presidente quer dizer.

O SORRISO DO AMIN
O deputado Afrânio Boppré (Psol) foi ontem à tribuna pra tirar um sarro do LHS no tal almoço de desagravo ao Jorge Bornhausen.

Afrânio interpretou o sorriso com que o Esperidião aparece, nas fotos feitas pelo fotógrafo do governo do estado e publicadas pelos jornais, como “sorriso de prazer” por ver LHS de saia justa.

“Amin estava com uma cara de satisfação”, insistiu Afrânio, ao lembrar que na campanha ao governo, LHS bateu bastante nos Bornhausen, pai e filho.

Claro, também sobrou para o senador Bornhausen, que era governador do estado quando aconteceu a “Novembrada”, que está para aniversariar.

Já eu só achei esquisito que o fotógrafo da Secom (um fotógrafo experiente), tenha distribuído fotos onde seu patrão, LHS, aparece em desvantagem, ainda se levantando, de costas, enquanto Esperidião, de frente para a câmera, sorrindo, está com toda a vantagem. O pessoal do PP deve ter adorado a mãozinha.

SÃO SÓ 16 MESMO
O Tribunal de Justiça, em decisão unânime, acabou com as esperanças dos suplentes de vereador na capital: são mesmo 16 as cadeiras disponíveis na Câmara municipal. Esta é a composição atual, que não vai mudar.

A 2ª Câmara de Direito Público definiu que municípios com população entre 360 mil e 380 mil habitantes devem ter 16 vereadores.

Havia uma polêmica sobre o número das cadeiras em Florianópolis. Uns entendiam que deviam ser 21, outros que eram só 13 e um jultamento em primeira instância tinha fixado em 14.

A tal da “Sol” fez em Chapecó, durante os Jogos Abertos, uma “maratona de cinema”, onde foram apresentados filmes feitos em Santa Catarina. Até aí tudo bem.

Mas adivinha qual foi o artista principal da maratona de cinema, segundo o material distribuído pela “Sol”? Isso, ele mesmo, o fotogênico secretário Knaesel. Pode?

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