Vejam só, na tabela acima, o que previa o Ibope na véspera das eleições e como ficou o resultado oficial. Esses aí são só três dos casos mais graves, em que houve praticamente uma inversão de posições
(naturalmente, a margem de erro foi ultrapassada).
(naturalmente, a margem de erro foi ultrapassada).
CAPITAL SAQUEADA
Justamente numa eleição em que tantas regiões fizeram campanhas para que os candidatos locais fossem votados, Florianópolis virou terra de ninguém (e de todos).
Clubes de serviço e associações comerciais e industriais de várias cidades catarinenses incentivaram os eleitores a concentrar seus votos em candidatos comprometidos com aquela região. Uma forma de antecipar na prática alguma espécie de voto distrital e evitar que forasteiros viessem coletar votos e depois nunca mais estivessem disponíveis para atender reivindicações regionais.
Um leitor chamou a atenção para o que aconteceu em Florianópolis, que perdeu ou não elegeu deputados estaduais identificados com a cidade, como Afrânio Boppré (P-Sol), Vieirão (PP), Édison Andrino (PMDB), Sérgio Grando (PPS) e Duduco (PDT). Os votos da capital foram pulverizados e, a rigor, 301 candidatos tiveram algum voto aqui (mais ou menos uma centena destes teve de um voto a poucas dezenas, mas qualquer voto é voto).
Para não dizer que ficamos sem representante, foi reeleito o bravo João Henrique Blasi. E é preciso esperar um pouco para saber como os novos eleitos que são de Florianópolis (acho que tem um ou dois) atuarão em relação aos interesses da capital.
TRAPALHÕES LOCAIS
Com a retomada da campanha política e ainda admirados com o efeito das trapalhadas dos petistas do dossiêgate, já tem gente tentando encontrar casos parecidos por aqui.
Esperidião já começou a falar na dinheirama do Aldinho (Aldo Hey Neto), ex-funcionário da secretaria da Fazenda: “precisamos saber para que seria usado aquele dinheiro todo”.
Mas alguns candidatos da coligação Todos por Toda Santa Catarina que nadaram em dinheiro e resolveram ganhar a eleição a qualquer custo, também podem se transformar nos trapalhões da hora. Pelo menos dois deles estão envolvidos no rolo de distribuição de gasolina que acabou fazendo com que a justiça eleitoral fechasse o Posto Galo, em Florianópolis, no domingo.
Foram eleitos, terão imunidade parlamentar, mas dependendo das investigações e do que for descoberto, poderão incomodar, e muito, a campanha de LHS. Fornecendo munição para o adversário, tal e qual os trapalhões do PT.
Por falar nisso, tem razão o presidente do TSE quando diz que, como cidadão ficou decepcionado: aqueles candidatos que deram demonstrações explícitas de riqueza, que gastaram dinheiro a rodo, como se fosse água, foram praticamente todos eleitos.
CONSULTOR DISPONÍVEL
O catarinense Jorge Lorenzetti (foto ao lado), carinhosamente chamado por Lula de “aloprado”, deu novos rumos para a eleição presidencial. Quem sabe ele não teria alguma idéia para sugerir ao LHS, ou ao Amin?
LULA LÁ E LHS CÁ
O presidente do PFL, Jorge Bornhausen, deu uma entrevista ao blog do jornalista Ricardo Noblat comentando o resultado da corrida presidencial e disse uma frase que, se a gente pegar e aplicar aqui no estado, pode armar uma grande confusão. Olha só o que o senador Bornhausen disse:
“Candidato à reeleição que não ganha no primeiro turno, emborca no segundo”.Ele se referia, naturalmente, ao Lula, mas aqui também há um candidato à reeleição que não ganhou no primeiro turno. E que, por acaso, é seu aliado. Já pensou se o Esperidião inventar de usar essa frase na campanha?
Claro que Jorge Bornhausen dirá que aqui é diferente, que a frase está fora de contexto, etc. Mas parece claro que, na pressa de dar um cascudo federal no Lula, o senador esqueceu-se da situação estadual.
ESSE PMDB...
O presidente do PMDB de Criciúma, Rui De Luca resolveu aquecer a disputa eleitoral atacando outro peemedebista. E no melhor estilo “torcida organizada”, Rui foi pra cima do ex-secretário de governo do município, Eraldo Peruch, em pleno dia de eleições, na frente de uma seção eleitoral. Depois da pancadaria, o presidente do partido resolveu usar um argumento mais cortante, tipo canivete, e produziu alguns cortes no correligionário, mandando-o para o hospital.
Os cortes não foram profundos e depois de receber alguns pontos, a vítima foi liberada. O valentão, é claro, está escondido em algum lugar incerto e não sabido pra fugir do flagrante. A turma do deixa-disso diz que o episódio foi só a continuação de uma briga que começou na semana anterior, quando Eraldo deu um soco no Rui.
Pelo jeito o pessoal do PMDB não briga só com pefelistas e tucanos.
FIGURAÇÃO
A RBS já aparece no expediente da versão impressa de A Notícia (a on line continua desatualizada). O nome de Moacir Thomazi continua como presidente, ao lado de novos diretores e abaixo de toda a estrutura do grupo.
3 comentários:
Florianópolis ficou meio capenga em sua representação na Câmara Federal? E os gaúchos que serão governados por uma paulista e paulistana? Ao que consta, embora Yeda Crusius tenha construído toda sua carreira no RS, onde reside deste a década de 70, ela nasceu em São Paulo. Se fosse aí, como o ilhéu é muito criativo, daria margem a muitas piadas. Um abraço.
Ô Ilton, ainda está em tempo de ressuscitar el bigodón, o Olívio, que durante algum tempo, num passado não muito distante, era a cara do PT.
;-)
Cesar,
Sera que o Senador JKB nao esta sinaliazando que boa parte do PFL podera debandar pra lado do Esperidiao. Nao sei... meio sintomarico essa declaracao. Ele pode confiar no LHS mas nao confia no PMDB e nem no PSDB. Pavan, Marcos Vieira e Jorginho Mello, nao sao confiaveis na opiniao do PFL.
Sintomatico... nao achas Cesar?
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