Já falei coisa parecida bem no comecinho da campanha eleitoral, mas é bom reforçar, antes que alguém entenda mal. Esta coluna (e, naturalmente, eu próprio) não é “a favor” nem deste, nem daquele. Não está em campanha. Mas é inevitável que, ao fazer alguma crítica, brincadeira ou piada, acabe produzindo notas e ilustrações que agradem a uns e desagradem a outros.
Tem material desta coluna sendo reproduzido, aqui e ali (o que não tem problema nenhum, desde que a fonte seja citada, e tem sido) por partidários de um ou de outro candidato. Isso não significa que eu me identifique particularmente com um ou com outro. Significa apenas que, sempre que tiver chance, farei brincadeira, piada e crítica a quem eu achar que devo.
A liberdade é a característica principal da experiência que tem sido feita aqui, sob o patrocínio corajoso e generoso do jornal que hospeda a coluna. Embora alguém possa achar que eu seja “pró-este” ou “contra aquele”, baseado no fato de que tenho dado mais espaço ou criticado mais um que outro, por favor tenham claro o seguinte:
1. “Jornalismo é oposição, o resto é armazém de secos & molhados” (Millôr Fernandes).
2. Numa campanha política é sempre mais divertido “bater” em quem está à frente nas pesquisas. Mas, sempre que tiver oportunidade, também me ocupo dos outros.
3. Por incrível que pareça, vejo virtudes tanto no LHS quanto no Esperidião. E, da mesma forma, vejo defeitos em ambos.
4. Seja quem for o eleito, terá em mim um crítico que não vai perdoar, como não tenho perdoado, nenhuma bola fora. Hay gobierno? soy contra. Sempre que eu vir a bunda de alguém (do governo ou da oposição) de fora, leva ferro. No bom sentido.
Sei que tem gente, em vários partidos, que me odeia, me ignora ou só me detesta e isso não tem a menor importância. Tal como Lula, só me interesso pelo que o povo (o leitor) pensa.
Praqueles políticos que gostam de catalogar jornalistas (“este é nosso, aquele é do contra, o outro tá na folha de pagamento do fulano”), gostaria de dizer que “minha visão é dinâmica”: eu sou a mosca que posou na sua sopa. Ou seja, prefiro ser esta metamorfose ambulante.
PRA FRENTE E PRA TRÁS
O controle do tempo parece ser a grande questão política do momento. Um candidato insiste na redundância do “voltar pra trás”, como se alguém pudesse voltar pra frente. O outro veio agora com “voltar para o futuro”.
No caso estadual, nenhum dos dois é exatamente uma novidade, um candidato da renovação. Mas nenhum dos dois quer ser o candidato da “velha política”, porque ambos são aqueles que irão levar o estado pra frente. “Santa Catarina não pode parar” é o slogan reciclado, meio gasto (lembram do “São Paulo não pode parar”?) mas que joga com a idéia que o passado recente foi bom e tem que continuar. O outro tenta mostrar que a coisa tá parada. O negócio é voltar para o futuro, que é uma forma igualmente reciclada (lembram dos filmes do Spielberg, “De volta para o futuro”?) de dizer como era bom o meu passado. Só o eleitor saberá como resolver isso, a tempo.
SEM NOVIDADES
Fiquei de plantão, assistindo aos horários políticos obrigatórios (que não são gratuitos), mas não vi nada de novo. Lula e LHS fizeram um programa no começo da tarde e outro à noite. Alckmin e Amin repetiram.
O de Lula à uma hora estava bem fraquinho, dava impressão que ele estava na defensiva o tempo todo. Fez uma edição do debate para mostrar que ele deu um banho, mas não funcionou. O da noite estava melhor.
Amin e LHS repetiram a fórmula do primeiro turno. A novidade é ver o que Amin fará com mais tempo de programa. E se isso vai ajudar ou atrapalhar.
No programa do LHS, apareceu o prefeito Dário Berger dando uma força, pra ver se eles conseguem virar os votos da capital, que foram mais pro Amin. E naquele capítulo em que tentam convencer a gente que se o LHS não for eleito as obras param, mostraram a operação tapete preto e o viaduto do Itacorubi. E só aí é que eu notei que o formato das colunas do viaduto lembram um sujeito com as mãos levantadas (foto acima). Como se tivesse sendo assaltado. Algum gaiato colocou uma saliência como se fosse uma cabeça (imagino que não tenha nenhuma função estrutural, só decorativa), fazendo com que ficasse com ares humanos. Aí, foi só desenhar olhos e boca e pronto.
2 comentários:
Sobre o seu comentário "Esclarecimento Necessário" gostaria de dizer que AMEI O QUE VC DISSE. Curto e grosso! Maravilha !! Ganhou mais umafã!!(Se vc fosse bonito arriscava até de eu me apaixonar por vc...he he he)
Dos quatro mencionados em "Chega de Votar em gente feia", o melhorzinho no quesito beleza é o Alckmin, mas põe tudo a perder com aquele "penteado" rídiculo. Se os homens soubessem o quanto nós, mulheres, preferimos a calvície à tentativa de colar aqueles cinco fios (pro lado oposto ainda por cima!)os homens jamais fariam isso!! Aliás, pra que, né? Não tem homem mais charmoso que o Sean Connery, por exemplo. Se liguem, rapazes...
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