terça-feira, 11 de julho de 2006

TERÇA

Até quando é feia, Florianópolis é bonita. Taí a Beira-Mar Norte, uma avenida que engoliu a praia, margeada por um horrendo paredão de prédios, que bloqueia a paisagem e a aragem das ruas próximas. Mas, numa tarde ensolarada e enevoada de inverno até que fica bem charmosa.

TRABALHADORES
Deputados e senadores têm sessão conjunta hoje ao meio dia. Não é que de repente deu uma vontade danada no pessoal de trabalhar e votar de uma vez o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2007?

Claro que o fato dos parlamentares só poderem entrar de férias dia 17 se a LDO tiver sido aprovada não tem nada a ver com o esforço sobre-humano que estão fazendo.

LIMBO ETERNO
Ontem conversei com o deputado federal Édison Andrino (PMDB) que está na tal lista de Veja. Claro que ele está chateado e preocupado, porque esse processo a que a revista se refere inferniza a vida dele há 18 anos.

“Está há 18 anos sem uma solução, sem julgamento” e aí, a cada eleição, os adversários tratam de ressuscitar o processo, pra tentar azedar a vida do Andrino, que sempre teve boas votações, apesar disso.

Quando era prefeito, Andrino precisou contratar com uma certa urgência 43 merendeiras e auxiliares de enfermagem, para escolas e postos de saúde. Havia uma dúvida se podia ou não, por causa da época eleitoral, mas como ele achou que era necessário, fez as contratações. E isso gerou o processo.

A coisa já estava quase terminando, com pareceres pelo arquivamento, quando ele foi eleito deputado federal. Aí o processo parou e foi transferido para o Supremo Tribunal Federal, onde começou tudo de novo.

Como não teve julgamento, os adversários não podem dizer que ele é culpado, mas em campanha política isso não faz muita diferença: basta dizer que fulano tem um processo nas costas. E como não teve julgamento, o próprio Andrino não tem como provar sua inocência e sair desse purgatório.

TRABALHO ESCRAVO
No blog do jornalista Ronaldo Brasiliense está a informação que entidades historicamente aliadas a Lula, como a Comissão Pastoral da Terra e a Cáritas, ligadas à Igreja Católica, divulgaram carta aberta reclamando providências contra o trabalho escravo.

Durante o atual governo, mais de 600 proprietários rurais foram flagrados com escravos, mas nenhum está na cadeia, nenhum teve a propriedade confiscada e muitos reincidiram.

De janeiro de 2003 a junho de 2006 foram libertadas 14.566 pessoas que essa gente tratava como animais e explorava da maneira mais vil e atrasada. E ninguém foi punido.

As entidades estimam que no total os trabalhadores escravizados chegem a 40 mil no País.

ALLES BLAU
Tá rolando em Berlim, na Alemanha, um encontro empresarial bilateral e o governo catarinense, com o Dr. Moreira à frente, foi lá pra tentar ajudar os empresários a fechar alguns negócios que tragam investimentos europeus para o estado. Ou pelo menos que representem um aumento no comércio entre os dois países.

O outro motivo da comitiva oficial catarinense estar lá, gastando nossas diárias e nossas passagens, é que no ano que vem querem fazer uma reunião semelhante em Blumenau.
Pelas fotos (acima) parece que alguns ainda não conseguiram se habituar ao fuso horário e continuam tendo sono nas horas erradas.

PAVAN SE LAMENTA
Dentro da estratégia de ocupar a tribuna do Senado pra amplificar as vozes da campanha, o senador Pavan foi ontem pro plenário. Só que parece ter planejado mal o discurso. Primeiro reclamou que o Mercadante (PT) não cumpriu a palavra de ajudar a liberar recursos de emendas parlamentares: “o Mercadante me enganou!” disse ele.

E depois afirmou que estava decepcionado com o ministro do Turismo, que também não cumpriu uma promessa de liberação de recursos.

Eu tinha o Pavan como um cara mais esperto, desses que não confia em qualquer um e, principalmente, que não cai na conversa eleitoral dos petistas. Mas parece que me enganei.

É impressionante o volume que esse desgraçado consegue com essa caixinha de som, anunciando produtos de limpeza genéricos. E fica parado na frente das casas, azucrinando a vida de quem quer trabalhar. Ou só dormir.

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