quinta-feira, 13 de julho de 2006

QUINTA

JOGO DO “RESPONDA RÁPIDO!”
Olhe atentamente para as duas fotos abaixo e depois responda rápido à questão que eu levanto logo ali, no pé das fotos. Ânimo, coragem, ninguém ganha coisa nenhuma se acertar, mas pelo menos a gente se diverte.

Se um governador está na Alemanha e outro em Brasília, quem ficou cuidando do lojinha?
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O CALO DE CADA UM
Existem alguns assuntos que sempre que a imprensa menciona parece que pisa no calo de alguém. São histórias cabeludas ou nem tanto, que estão começando a ficar cercadas de lendas, de mistérios e até de superstições. E tem jornalista que tem até medo de tocar nesses assuntos, de tanto que já se incomodou. A lista é extensa e cresce de tempos em tempos. Estes são alguns temas cabeludos, que metem medo, dentre os que me lembro:
CASO NORTON – Agora no dia 15 de julho, sábado, o assassinato do colunista social Norton Batista da Silva completa 17 anos sem uma solução. Norton foi “morto com seis tiros exatamente no momento em que Maguila nocauteava Evander Hollyfield”, como relatam, aqui e ali, os jornais. O Ministério Público denunciou seis homens como envolvidos no crime. Mas foram absolvidos por falta de provas.

JOGO DO BICHO – Quando as eleições se aproximam, as ligações de políticos com o jogo do bicho começam a circular com mais intensidade, mas em voz baixa. Um prefeito da grande Florianópolis é citado em todas as conversas, pelo entusiasmo com que atua e defende a “categoria”, vereadores e parentes de vereadores também têm padrinhos ou envolvimento direto. Praticamente todas as lotéricas da Caixa têm, numa portinha anexa, uma banca do bicho. Há quem diga que obedecem orientação de funcionários da Caixa e que se trata de uma “venda casada”. A Associação dos Banqueiros do Bicho da Grande Florianópolis realiza assembléias e publica folhetos com as resoluções. Trata-se de uma contravenção cujo dinheiro circula com desenvoltura em outras áreas igualmente à margem da lei, mas ninguém mexe com isso.

PROPAGANDA/GOVERNO – O esquema de financiamento ilegal de campanhas da base do governo federal passava, comprovaram as CPIs, por agências de publicidade e propaganda. Esse relacionamento promíscuo não é novo e não é exclusivo do governo federal. Nos estados ocorre coisa semelhante: as agências de propaganda têm participação central nos esquemas de distribuição e administração de verbas paralelas. Mas não interessa aos veículos investigar, as provas são difíceis de obter e mesmo os políticos da oposição não metem a mão no vespeiro porque já foram governo e esperam voltar a ser. E sem essa válvula de escape fica difícil administrar dentro dos rigores da Lei de Responsabilidade Fiscal.

TERCEIRIZADAS – a contratação, pelo governo, de empresas terceirizadas para segurança, limpeza e outras funções transformou-se numa complexa rede de favores. A empresa que ganha a licitação para trabalhar em determinado órgão emprega quem a autoridade daquele órgão recomendar. Com isso, o secretário ou diretor pode contratar seus cabos eleitorais, amigos, parentes, ampliando sua força política para as eleições seguintes. E as empresas, com esses contratos, crescem estratosfericamente e, em cada estado, uma empresa ou um pequeno grupo de aliadas domina o “mercado”. Todas sempre estreitamente ligadas a políticos e ao financiamento eleitoral.

CALAMIDADE
O governo federal reconheceu oficialmente o estado de emergência em 194 municípios catarinenses (66% do estado) por causa da seca. Das 30 Secretarias do Desenvolvimento Regional 20 estão em situação de emergência. Em alguns municípios já falta água para consumo humano e a agricultura e a pecuária acumulam prejuízos.

Com esse reconhecimento pode ser que comece a pingar algum dinheirinho pra ajudar a aliviar a crise. Só que a população tem que ficar de olho: é bem nessas situações de emergência que os mais espertos acham sempre um jeito de embolsar algum.

EFICIÊNCIA
Na entrevista coletiva da terça-feira, onde o PP anunciou que entrou com representação contra o contrato suspeito entre o governo e a produtora DPM a melhor, mais sofisticada e provavelmente mais cara câmera de TV que registrava o evento era da... DPM.

Não é o máximo? A produtora mandou um cinegrafista e três advogados à coletiva que, teoricamente, deveria ser só para a imprensa, só pra saber o que o PP iria dizer deles em primeira mão.

Mas eles são mesmo muito eficientes. Não tem um lugar onde o governador LHS esteve, no país ou no exterior, onde não tivesse um cinegrafista da DPM. Devem ter alguns milhares de horas de gravação do LHS.

UMA DENTRO
Pra que ninguém diga que eu tenho implicância com o alcaide sorridente, o figurinha difícil Dário Berger, deixa eu elogiar um negócio que a prefeitura está fazendo e que é da maior importância: eles vão começar a atuar no controle das ocupações irregulares.

E, o que é fundamental: antes que elas se consolidem. As prefeituras são, em geral, muito relaxadas quanto a isso. A gente vê um barraco surgir, dali a semanas outro e em poucos meses tem uma favelinha, sem que ninguém tivesse ido lá dizer pro pessoal que não podiam se instalar ali. Depois de ter moradores tudo fica mais complicado.

Se eles cumprirem o que estão anunciando, terá equipes que assim que o sujeito colocar a primeira parede chegarão junto pra impedir que a “obra” continue. Tomara que funcione, porque a Ilha é frágil e merece mesmo toda a atenção da Prefeitura.

SENADOR SEM VOTO
O site Congresso em Foco fez as contas: 11 dos atuais 81 senadores eram suplentes. E suplente de senador, vocês sabem, não tem votos (só o titular concorre nas eleições), mas se assumir ganha todos os direitos e benefícios dos titulares, até o final do mandato. Os substitutos dos deputados são definidos pela ordem de votação, mas no senado não tem estresse, o suplente vem a reboque. É o melhor emprego do mundo.

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