terça-feira, 12 de junho de 2007

Terça

DIÓGENES REVIVE!
Diógenes teria vivido em Atenas, no século IV a.C. e gostava de colocar o dedo nas feridas do poderosos de seu tempo. Uma de suas esquisitices era andar, dia claro, com uma lanterna acesa, procurando por um homem honesto. Ontem, ao receber a lanterninha com o fogo que acenderia a tocha dos jogos Pan-Americanos, nossos estimados governantes pareciam Diógenes, com lanterna na mão, à procura de uma coisa inexistente. Ou pelo menos desaparecida. Quem sabe em extinção.

E deviam estar conscientes da inutilidade da procura, de tanto que riam.

O PEIXE MORRE...
Pela boca. É o que diz a sabedoria popular. O vereador Juarez Silveira complicou-se, em grande medida, por causa da sua compulsão em conversar ao telefone sobre assuntos cabeludos, a qualquer hora. E agora, o procurador da República Walmor Alves Moreira, do Ministério Público Federal (MPF), tem três dias para explicar ao juiz que não falou demais. E que não teve, com um dos suspeitos da operação moeda verde, o presidente da Santur, Marcílio Ávila, conversas inconvenientes.

Numa safra de operações policiais movidas basicamente por escutas telefônicas, os maiores falastrões são fisgados com maior facilidade. Seja por falar demais, seja por avisar o que não se deve falar.

ESSE ALUIZIO...
Quando informei aqui que o Aluizio Amorim foi um dos debatedores de um programa da MTV sobre ecologia, fiz um resumo de como vejo o blog do Aluizio (oquepensaaluizio.zip.net) e entre outras coisas disse que ele odeia o PT. Ele escreve para dizer que não é bem assim, não odeia o PT e não é ranzinza. Tá certo, Aluízio, o ranzinza sou eu. Taí o esclarecimento e, pra variar, mais um cacete nos ecochatos:
“Fico grato pela citação. Entretanto, desejo esclarecer que não odeio ninguém. Exerço o legítimo direito de criticar com veemência qualquer ato antidemocrático, o que entendo como dever de todo o jornalista. Sem democracia e, por conseguinte, sem a liberdade de imprensa, não existe o jornalismo, mas uma horda de áulicos do poder, arautos de um único pensamento. A festejada “diversidade” tem de ir além do plano cultural para inscrever-se no território da política. É isto que entendo por “democratização da comunicação”.

Quanto aos ecochatos, compõem uma legião de imbecis. Jamais vi essa gente incomodar-se com a ausência total de infra-estrutura de saneamento nas áreas urbanas. A maioria (se não quase todas) das cidades brasileiras não possuem uma rede de esgoto. Aqui na Ilha, justamente o bairro mais satanizado pelos ecochatos – Jurerê Internacional – é o único, me parece – a dispor de esgoto sanitário. Os ecochatos também nunca cogitam qualquer ação contra a invasão dos morros pelos botocudos. Há dezenas de favelas na periferias da cidade e dos morros. Bem, ecochato gosta de miséria, sujeira, dengue e febre amarela. Sim, os mosquitos e as bactérias fazem parte da “mãe natureza”... hehehe... Ora, é claro que eu não desejo destruir a natureza, mas não aceito afirmativas completamente idiotas e repetidas pela mídia como se fossem verdades. Na maioria das vezes não passam de hipóteses que não resistem a uma verificação da prova, como requer a boa ciência.

Finalmente: questionar as coisas, postular pela liberdade, defender a ciência e conseqüentemente a racionalidade é ser ranzinza?”

“VOLTA, BORNHAUSEN!”
No site da internet onde reproduzo esta coluna, os leitores podem escrever comentários. Foi lá que o Aluízio escreveu o texto acima. E foi lá também que outro leitor, o Oto Wigers DalMollin fez esta provocação ao velho jornalista (que não é ranzinza):

(Nota para leitores do blog: a explicação acima foi necessária para situar os leitores do jornal. Aqui no blog, a íntegra desses comentários está ali abaixo, no post da sexta-feira.)
“Meu caro Aluízio, no texto acima você defende veementemente o “ser democrata” (no sentido original do termo). Gostaria de saber o que você pensa da jogada de marketing que o ex-PFL, ex-ARENA, realizou, ao se auto-intitular “democratas”.
E o Aluízio, admirador saudoso do Jorge Bornhausen, não deixou de responder (publico só os trechos principais porque, pra variar, ele fala demais):
“Depois que o ex-Senador Jorge Bornhausen deixou a presidência dos Democratas, o partido ficou menor. Na política, como também em todas as demais atividades humanas, há aqueles que se destacam por razões variadas. Na política catarinense e nacional Bornhausen põe todos no bolso. Quem sabe daqui a 50 anos, ou quiçá, nunca mais, apareça um político com a coerência, a seriedade e a objetividade de Jorge Bornhausen. Se você pegar o noticiário político dos últimos anos verá que Bornhausen nunca disse nenhuma bobagem. (...)

Nas últimas eleições foi o único político que teve a coragem de denunciar o petralhismo e a ação deletéria de seus sequazes. Quanto à mudança de nome de PFL para Democratas, sinceramente não gostei muito. Preferia que o Partido mantivesse na sua sigla a palavra liberal. Primeiro, porque postulo o liberalismo e, segundo, porque até hoje no Brasil confunde-se o liberalismo com a direita, com a ditadura. Ora, esquecem que o liberalismo surgiu em decorrência das revoluções burguesas que destronaram as monarquias absolutistas. Tem um viés libertário e democrático e, principalmente, respeita a individualidade. Nós liberais não queremos saber de nada que possa tolher a liberdade do indivíduo. O coletivo é coisa de petralha assembleísta e manipulador de “plenárias”(...).”
CONEXÃO BINGUEIRA
Tem gente bem informada dizendo que a “ação pró-bingo”, no Brasil, está toda entrelaçada. Os fios das meadas que estão sendo puxados no Mato Grosso do Sul, no Rio e em São Paulo passam, com certeza, por outros estados. E Santa Catarina, naturalmente, não ficará de fora. Afinal, o estado se destacou pela defesa da jogatina.

8 comentários:

Anônimo disse...

Diógenes, o grego aquele, além de tudo, dormia numa barrica. Parece que ele acabou encontrando um homem. Abração.

Aderbal Machado disse...

Aluízio, pelo menos, faz a gente lê-lo. O homem, em qualquer instância ou circunstância, deve ser questionador, ter postura. As razões vêm ao natural, com o debate. Estar errado ou certo é detalhe que surge com a depuração das idéias. Não concordo com tudo o que Aluízio e outros dizem; concordo com o ato de dizer, contudo.

Anônimo disse...

Esse Aluizio Amorim, na sua ardorosa defesa pelo seu ídolo Bornauhsen(cada qual tem o ídolo que merece),já,de cara,disse uma bobagem(entre tantas), que o velho cacique aposentado nunca disse uma bobagem.Ora,seu Aluizio,será que não se lembra quando ele era Ministro do Collor e disse que "o povo vai para as ruas apoiar o Collor",naquela famosa frase do "ditador" :para o povo ir de verde-amarelo e o povo foi de preto.....E dái apareçeram os caras-pintadas....

Anônimo disse...

Pô, pedir a volta do Bornauhesen é o mesmo que pedir a volta do Collor,Hitler, e tantos outros que a gente não gosta de lembrar...Pára com isso,Aluizio e vá pra casa colocar um pijama e cuidar dos netinhos(como o Bornauhesen).....Brincadeira tem hora.

Anônimo disse...

três lembranças:
1 - Não foi Bornhausen quem deixou a política. Foi a falta de votos do povo catarinense. Ele só se elegeu duas vezes graças aos votos do Amin.
2 - Relembrem a CPI do Collor. Bornanhen, que foi contratado como articulador político profissional dos colloridos: "não vai dar em nada.."
3 - A última dele, sobre o PT. " Vamos nos ver livre dessa raça por 30 anos..." Está aí o Lula de novo, pela força do povo...

Anônimo disse...

Pessoas como este Aluizio Amorim são dignas de pena. Jornalista que deve estar com uma boa aposentadoria, criticando o governo Lula,que apesar de ter alianças com esta bandidagem do PMDB/PTB, das quais eu discordo, ainda foi o melhor governo dos últimos 40 anos no Brasil. Não é à toa que foi reeleito pela maioria dos brasileiros. Mas,tem gente que tem saudades da ditadura,como esse Aluizio ao querer a volta do Bornauhesen para a política.....

Anônimo disse...

Vou fazer o comentario em cima destes petistas que covardemente nao assinam.

Bom eh o Lorenzetti (churrasqueiro do Lula). Otimo é o Zé Dirceu que acertado com o arauto da probidade Bob Jefferson e Carecao Valerio criaram a maior rede de corrupcao da historia desse Brasil varonil.

Nao vou falar do .... deixa pra la.

Jorge Bornhausen junto com Nereu Ramos são as maiores expressoes politicas da historia de Santa Catarina.

Pedro de Souza.

Anônimo disse...

Aluízio rendeu...