sábado, 23 de junho de 2007

Sábado, domingo e segunda

AVISO AOS VIAJANTES, digo LEITORES: O CONTROLE DE VÔO DESTA COLUNA RESOLVEU FAZER UMA GREVE, digo “OPERAÇÃO PADRÃO” EM PROTESTO, EM SOLIDARIEDADE E PORQUE É DIVERTIDO. POR ISSO HOJE AS COISAS ESTÃO UM POUCO BAGUNÇADAS E ATRASADAS. MAS NÃO ESQUENTEM, É O PREÇO QUE SE PAGA PELO SUCESSO. O NEGÓCIO É GOZAR E RELAXAR.


(Cá entre nós: na verdade, a bagunça gráfica é mais visível no jornal. Aqui, como eu não sou programador e meu filho programador não quer saber de trabalhar de graça para o velho pai, não estará tão desorganizado como os aeroportos. Mas a culpa, certamente, é dos controladores em greve. Como muitos já sabem, para ver melhor qualquer foto, é só clicar sobre ela que se abre uma ampliação)


ESSES SENADORES...
No O Globo Online estava escrito que “O Ibama em Mato Grosso multou ontem o senador Jaime Campos (DEM/MT) por crime ambiental. A multa chega a R$ 3 milhões”.

Na revista Época deste final de semana está dito que o senador Joaquim Roriz (ex-governador do DF) será investigado porque teria participado de uma estranha repartição de dinheiro (coisa pouca, uns R$ 2 milhões) no escritório do presidente da Gol, em Brasília.

O presidente do Senado, que continua presidindo como se não estivesse sob suspeita, engatou uma marcha lenta. A estratégia, segundo avaliam os colunistas que acompanham o caso de perto, é atrasar o que puder. Com isso, as notícias vão rareando, a pressão diminui e a pizza poderá ser servida sem constrangimentos.

Lugarzinho bem animado, esse nosso Senado da República, né? Tem sempre alguém tendo que explicar alguma coisa. Sorte que a senadora Ideli está lá, atenta, enérgica e disposta, para colocar as coisas nos seus devidos lugares. E dar bons conselhos aos amigos em dificuldades.




Senhoras e senhores leitores, a nota que deveria começar aqui, no alto desta coluna, terá um atraso de aproximadamente duas horas. Por motivo de segurança, já que houve um problema de comunicação no msn, uma pane no word e um desligamento do mp3, as notas estão saindo com espaço de sete minutos entre uma e outra. E, na frente desta nota tem uma fila de 25 notas esperando o momento da publicação. O jornal pede desculpas pelos problemas involuntários e aconselha a todos que escolham um cantinho escuro e macio para poder seguir o conselho da ministra do Turismo. Obrigado.





CAOS AÉREO
O jornalista Ricardo Noblat, que tem um dos blogs de política mais lidos do país, resumiu bem a questão. Acho que algum leitor deve ter comentado que ele, nos últimos dias, tinha se ocupado principalmente das agruras de Renan e aí ele publicou esta nota, sob o título “Tenho dito”.
“Dizer o quê sobre o caos nos aeroportos?

Que o governo havia sido avisado sobre a iminência dele desde o início de 2003 e que nada fez?

Que pouco ou nada fez desde que ele se instalou há quase um ano?

Que primeiro desautorizou a hierarquia militar mandando o ministro da Defesa negociar diretamente com os controladores, depois tentou restabelecer a hierarquia tirando o ministro de cena, para mais adiante por meio do ministro do Planejamento se render diante dos controladores e, mais tarde, dar o dito pelo não dito e devolver o problema aos militares?

Bem, é isso aí. Tenho dito.”


CAOS AÉREO 2
O comandante da Aeronáutica fez ontem um discurso duro, que bem poderia ter sido feito no primeiro amotinamento dos sargentos/controladores. Não tanto pelo conteúdo punitivo, mas principalmente pela parte que começa a esboçar algum tipo de encaminhamento para uma solução.

Todos sabem (ou deveriam saber) que o problema do controle aéreo não tem soluções de curto prazo. Para formar um (bom) controlador leva de três a quatro anos. Portanto, mesmo se tudo der certo daqui pra frente e se o governo fizer direitinho seu dever de casa, em 2010 o caos aéreo ainda será tema da campanha eleitoral.



OUTRA DO TCE
Agora o Tribunal de Contas mandou o Ipesc anular um contrato feito com a Fepese (a fundação do centro sócio-econômico da UFSC) sem licitação. A turma ia ganhar um percentual da graninha que conseguisse levantar das dívidas do Regime Geral da Previdência. Assim não dá, desse jeito, com a lei ambiental de um lado, o TCE de outro e a PF e o MP na pirotecnia, o estado não vai conseguir avançar em direção ao seu futuro radiante e próspero. Para que o Ipesc não se sentisse muito só, o TCE lembrou que a prefeitura de Joinville já cometeu deslize semelhante e também teve que anular a contratação.


PISARAM NA BOLA?
Alguma coisa errada ou estranha aconteceu no episódio da demissão dos temporários da Saúde para contratação dos efetivos, concursados. O que deveria ser uma transição tranqüila, um passo a ser comemorado (não é isso que todos pedem, em todas as áreas, todos os anos?), virou uma história mal contada de leitos fechados pela direção do hospital, reabertos pela secretaria e demissões longe da data de contratação.

Ninguém gosta de perder uma boquinha. Seria de se esperar que os servidores temporários (que já se achavam permanentes) esperneassem. Portanto, manda qualquer manual básico de recursos humanos, que alguém cuide dessa possibilidade. Os hospitais não estão com excesso de gente (gente que trabalha e não faz corpo-mole, digo) e portanto, a troca de pessoal deveria ser igualmente administrada com cuidado. Qualquer um que sai faz falta.

Só que às vezes tem-se a impressão que tem gente, em vários setores e níveis da administração pública estadual que, das duas, uma: ou não entende do riscado, tá ali só ocupando vaga, ou quer mesmo que a coisa “exploda”.
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Ontem foram presas 24 pessoas, no oeste, acusadas de sonegação fiscal. Entre os envolvidos, fiscais da Cidasc, que punham em risco o esforço para mostrar que SC cuida adequadamente das suas fronteiras. A coisa tá mesmo muito feia.

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