quinta-feira, 23 de novembro de 2006

QUINTA

TÁ TUDO COMBINADO
Pra mostrar que o PMDB está unido, o Temer levou o Orestes Quércia para conversar com o Lula. Quércia, Jader Barbalho, os Sarney e tantos outros estão contentíssimos com o andar da carruagem. O PMDB participará do governo e disputará inúmeros cargos, mas, para todos os efeitos, fará negociações sobre projetos.

Não poderá ser chamado de fisiologista, mas, na prática, conseguirá ocupar espaços preciosos. Quem sabe, até, o lugar do PT no coração do Lula. E poderemos saber disso brevemente, quando D. Marisa for novamente à praia: se não tiver mais a estrela vermelha no maiô, é porque o casal já virou peemedebista de carteirinha.

ANDAR DE BAIXO
O pessoal está acompanhando com atenção a movimentação para a formação do colegiado do novo governo estadual. Fulano foi convidado, beltrano não aceitou, Ceron é o secretário da Agricultura, a Associação Comercial e Industrial de Joinville será o Secretário da Fazenda (representada pelo seu presidente) e assim por diante.

Mas a história tem demonstrado que mais vale prestar atenção na composição dos andares inferiores. É de lá que têm saído os protagonistas de tantos rolos e escândalos. E é lá que mora o perigo: como estão menos visíveis, com iluminação mais fraca, podem ter a impressão que ninguém está vendo ou que ninguém saberá do que acontece.

CATARINENSES DE FORA
O site Congresso em Foco instituiu um Prêmio para “reconhecer o trabalho dos deputados federais e senadores que se destacam no cumprimento de suas obrigações”. Jornalistas que cobrem o parlamento fizeram uma pré-seleção de 25 deputados e 15 semadores, que agora serão votados pelos leitores do site e os mais votados receberão troféus numa solenidade no dia 19 de dezembro.
Li e reli a lista dos escolhidos para disputar o voto dos leitores e não encontrei nenhum catarinense, nem unzinho só. Achei uma injustiça, pelo menos, com o Coruja e também, por que não, com a Ideli.

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CONSULTÓRIO DO TIO CESAR
“JAMAIS VOU ENTENDER AS MULHERES”

As mulheres funcionam todas mais ou menos da mesma forma. Todos os homens (ou pelo menos a maioria) provavelmente tiveram a amarga experiência de ver surgir, à sua frente, uma mulher acabada de arrumar perguntando “que tal?”

Muitos casamentos, namoros e casos terminaram exatamente neste momento. Porque a gente acha, à primeira vista, que é uma pergunta simples, que pede uma resposta simples. Alguns até dizem com sinceridade o que acharam. São as famosas últimas palavras.

Uns pobres coitados olham cuidadosamente e examinam todos os detalhes antes de responder. Jamais conseguirão recuperar-se.

Outros, mais experientes, respondem de bate-pronto: “tá ótima, linda!” Dependendo do tempo que levaram para isso, do tipo de olhar que lançaram, essa pode ser a resposta certa. Mas nem sempre.

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As mulheres, nós sabemos, são seres complexos, com uma forma de entender o mundo e os homens extremamente misteriosa. Nós, os homens, elas sabem, somos seres singelos, com uma forma de entender o mundo e as mulheres muito previsível. Por isso elas estão sempre em vantagem.

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Ou vocês vão dizer que nunca deram uma resposta errada (que era, antes da reação dela, a coisa mais certa a dizer ou fazer)? Nunca tiveram que ouvir palavras ásperas sem saber o que teria causado tal coisa?

No começo eu até falava em voz alta “o que foi que eu fiz?” mas, com o tempo, embora continue tendo exatamente esta mesma atitude diante das coisas incompreesíveis que ouço e recebo sobre a cabeça, apenas penso: “o que foi que eu fiz desta vez?”

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Desistir de tentar entender é a melhor coisa a fazer. Tenho um amigo que fez tanta força para entender as mulheres que acabou se transformando numa delas. Hoje eu não o entendo. Muito menos como é que ele faz para se equilibrar naqueles saltos altos, com duas bolsas de silicone de 2 litros cada implantadas no peito.

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Não entender como as mulheres chegam àquelas conclusões e não se preocupar com isso não é coisa que atrapalhe o relacionamento. Ao contrário, ajuda, porque permite que a gente se concentre nas coisas realmente importantes. Porque quando a mulher quer ter uma conversa séria sobre o que lhe vai n’alma, procura uma amiga. Conosco a história é outra. As conversas, mesmo sérias, são de outro tipo. Do tipo onde, na dúvida, a melhor resposta sempre é “sim, querida”.

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De qualquer forma, por mais que elas achem que a gente é apenas um primata com quem é necessário conviver para a procriação e para ter quem troque as lâmpadas e mude o sofá de lugar, não podemos reduzir nossa auto-estima nem entrar nesse jogo. É necessário usar toda a inteligência e todo o prozac disponíveis para manter o equilíbrio nessa dificílima situação: elas passam dez anos nos amestrando em todos os aspectos da vida a dois. Da tampa da privada à temperatura dos pés na cama. Quando fazemos exatamente como elas nos ensinaram, nos descartam porque deixamos de ser interessantes. Ficamos chatos e piegas.

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Jamais vou entender as mulheres. Mas não consigo entender os homens que não vêem a graça desse jogo. Ou que desistiram de esperar ansiosos que a briga, o amuo ou o fricote termine, para que o primata ressurja em seu esplendor e restabeleça a ordem no muquifo, entregando a ela o controle remoto da TV, oferecendo chocolate e fazendo-lhe uma massagem relaxante nos ombros e na nuca. “Tá melhor assim, querida?”

2 comentários:

Upiara B. disse...

Cesar...

Sou repórter de política no jornal A Notícia e acompanho sempre o seu blog (ou leio a coluna no Diarinho). Estou começando um blog também, se você quiser dar uma olhada o endereço é www.upiara.blogspot.com

Ah... não lembro se cheguei a fazer alguma matéria com o Pedro na UFSC ou se só interagi com ele em churrascos, mas ele deve lembrar de mim

Abraços

Anônimo disse...

Mulheres... melhor não tê-las...
Mas se não tê-las...
como comê-las???