quarta-feira, 8 de novembro de 2006

QUARTA

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COMEÇOU!
Agora ninguém segura. LHS vai poder colocar em prática todas as suas idéias, mesmo as mais estranhas: com 27 deputados (a caminho de 30) num total de 40, dificilmente encontrará obstáculo intransponível.

A primeira delas (das idéias estranhas) já foi anunciada ontem: a Celesc vai controlar o Ciasc (Centro de Informática e Automação do Estado de Santa Catarina) e coordenar, portanto, a implantação do governo eletrônico.

Como assim, a Celesc? Que a Celesc assuma a SC-Gás (outro anúncio de ontem) nem parece tão estranho, afinal, gás é energia. De Centrais Elétricas de Santa Catarina para Central Energética de Santa Catarina não é uma mudança assim tão radical. Mas incluir aí o gerenciamento dos sistemas informatizados do governo, parece um pouco demais.

E a Celesc não é (era? vai mudar?) uma empresa com ações na bolsa? não tem um objetivo, um propósito, uma razão de ser? Pode, assim, sem mais nem menos, assumir uma outra empresa de finalidade diversa?

RITMO ACELERADO
Eu achava, e falei isto aqui na coluna, que o LHS fosse caminhar um pouco mais lentamente com os anúncios do secretariado. Mas parece que meus informantes me enganaram e eu acabei enganando vocês.

Ontem LHS fez vários anúncios:

1. O Mauro Mariani vai pra secretaria da Infra-estrutura;

2. O ex-embaixador Márcio Dias cuidará da Secretaria das Relações Exteriores (aquela, das viagens ao redor do mundo, que voltará turbinada no segundo mandato );

3. O deputado João Henrique Blasi será o líder do governo na nova legislatura que inicia em fevereiro;

4. Eduardo Moreira será o presidente da Celesc (e, por extensão, da SC-Gás e do Ciasc, que serão incorporados à companhia de eletricidade, conforme comentei na nota acima).

Desse jeito, antes que o mês termine LHS já terá anunciado todos os secretários. Os maldosos dirão que ele tem que correr mesmo, porque são muitas as secretarias. Mas vamos ver como serão os próximos dias.

LEMBRETE IMPORTANTE
Às vezes começo a falar aqui sobre jornalismo, jornalistas e coisas parecidas e me esqueço de fazer uma ressalva: quando se fala de reportagens, jornalismo e matérias de jornal, não estamos falando de coisas como esta coluna. Isto aqui é uma coluna de opinião, que embora faça parte do jornal, não é a mesma coisa que uma reportagem (ou o noticiário).

As reportagens devem ser equilibradas, conter os vários ângulos da informação, relatar o ocorrido da forma mais fidedigna possível e atender a todos aqueles princípios do bom jornalismo. Aqui e em praticamente todas as colunas assinadas da maioria dos jornais do mundo, o leitor encontrará palpites, opiniões, comentários e análises feitos a partir de um ponto de vista específico.

Portanto, é importante saber que uma coisa é a coluna de opinião e outra a reportagem. Uma é, por essência, opinativa, subjetiva, a outra tenta ser informativa, desapaixonada e, de certa forma, impessoal, sem opinião.

AINDA O APAGÃO AÉREO
Agora descobriram que o governo Lula determinou, no orçamento de 2007, um corte de 8% na verba do programa de Proteção ao Vôo e Segurança do Tráfego Aéreo. Mas é 8% em relação aos valores previstos para este ano. Na verdade o que o governo colocou no orçamento é 22,6% menos do que a Aeronáutica considera “o mínimo aceitável” para o Programa.

E tem outra coisa: quando a gente viaja de avião, paga, embutido no preço da passagem, uma taxa especial, para um “Fundo Aeronáutico”, de onde deveria sair a verba para o tal programa. Mas o governo reteve essa grana (o fundo tinha um saldo de cerca de R$ 1,9 bilhão no final de outubro) para garantir superávit nas contas públicas.

Ou seja: cobram da gente uma taxa além e acima dos impostos, para proteção ao vôo e segurança do tráfego aéreo, mas esse dinheiro não é utilizado para isso. Não é utilizado. Ponto.
E já que estamos falando no Lula: num dos noticiários da Rede Record notei que eles não dizem mais que Berzoíni era coordenador da campanha do Lula . Dizem apenas que ele era “coordenador de campanha”. Como se isso fosse uma profissão, uma ocupação isolada. Sem qualquer relação com o candidato. Pode?

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