Nota do redator: por motivo de falta de adsl no hotel onde estava sexta à noite, o blog foi atualizado com grande atraso, só às 16:27 do sábado. Sorry.
Os dois jovens senhores da foto acima são dois fotógrafos cuja fama e respeito profissional já ultrapassaram as fronteiras nacionais há muito tempo. O que está em foco e com o cabelo longo, como uma espécie de tributo a Ray Conniff é o Tarcísio Matos. O que está com a imagem meio tremida é o Eduardo Marques. Os dois mantém a igualmente famosa e lendária Tempo Editorial, agência de fotografia e fotojornalismo que tem um dos maiores e mais completos arquivos fotográficos sobre temas catarinenses.
Na foto (que eu bati com toda a minha precária técnica), eles estão brincando de fazer auto-retrato usando a câmera embutida num telefone. E o que chama a atenção é que quanto mais difundida e acessível a tecnologia (“todo mundo” tem uma câmera fotográfica digital), maior diferença faz quem a opera. Porque, se todo mundo “bate uma foto”, não são todos que conseguem obter fotografias que valha a pena usar em revistas, jornais, livros ou mesmo como obras de arte, na parede.
Pra entender melhor o que acabo de escrever, é só dar uma olhada no banco de imagens da Tempo Editorial, em www.tempoeditorial.com.br.
MONOTONIA
Tá chata, a coisa. Lula tá reeleito mesmo antes de se declarar candidato. A Copa tá no papo antes mesmo do primeiro jogo. LHS tá reeleito qualquer que seja a coligação. Assim não tem graça. Vou reclamar pro bispo.
FAMÍLIA REAL
Apesar desta coluna ser “De Olho na Capital” e pretender ficar no eixo Florianópolis-Brasília (as nossas capitais, certo?) tem leitores da área onde o jornal circula que vivem me mandando sugestões e informações sobre coisas que acontecem por aí.
Alguns dos leitores mais insistentes com esses assuntos são alunos da Univali que não se conformam com a Família Real que dirige o estabelecimento (e cuja recondução tem sido de uma tranqüilidade britânica, sem qualquer contestação pública).
Aí, sempre que o casal real cumpre algum cerimonial, como receber os candidatos Esperidião Amin e Jandir Bellini para almoçar no restaurante chiquérrimo do campus (e ganhar notinhas na mídia univalesca), tem alguém que escreve contando detalhes e chamando a atenção para algum salamaleque ou rapapé.
No caso específico do Dão, alguém lembrou que ele e D. Ângela são tios do casal real (a primeira-dama universitária é sobrinha da ex-primeira-dama estadual e ex-prefeita). E que a sobrinha parece querer seguir os passos da titia: atua com voluntariado, promove shows beneficentes, circula com grande desenvoltura na própria universidade e, dizem as más línguas, no Curso de Administração, onde é professora, “ela pisca e todos tremem”. O que é absolutamente compreensível, em se tratando de regime monárquico.
O PMDB E O FIM DA GREVE
Só ontem fiquei sabendo do que rolou nos bastidores daquela estranha manobra, no final da sessão da Assembléia Legislativa do dia 30: quando a oposição pediu para que os grevistas da educação pudessem usar a palavra, o presidente da Comissão de Educação (PMDB) pediu verificação de quórum, o pedido foi acatado pelo presidente da sessão (PMDB) e a sessão teve que ser encerrada (registrei o fato aqui sob o título “PMDB sem educação”).
A bancada do PMDB, sob a liderança do deputado João Henrique Blasi, achou que valeria a pena o desgaste de encerrar a sessão e não dar palanque aos grevistas, para não correr riscos de colocar mais lenha na fogueira: nas internas, àquela altura, a negociação para o final da greve estava bem adiantada e a proposta que seria apresentada no dia seguinte (e que foi aceita pelos professores) já começava a ser redigida (Blasi saiu da sessão direto para o gabinete do governador, onde a proposta foi finalizada).
Segundo Blasi, “a bancada atuou de forma articulada e preferiu um encaminhamento de bastidores, de entendimento, reabrindo as negociações, o que possibilitou o fim da greve”.
REPOSIÇÃO É PROBLEMA
Tem aluno que trabalha que está perguntando em que horário a professorada vai inventar de repor as aulas perdidas. É bem capaz de colocarem aulas justamente nos horários que os alunos (pelo menos os mais velhos) usam pra ajudar no sustento.
CASCATINHA MILIONÁRIA
Os salários dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) regulam os salários de um monte de outras carreiras. Pois não é que ontem eles se deram-se a si mesmos e em causa própria um aumentinho de 5%? Dos atuais R$ 24.500,00 passaram para R$ 25.725,00.
Conta o jornal O Globo que, se aprovado pelo Congresso, “o reajuste provocará impacto anual de R$ 105,4 milhões nas contas públicas, já que os vencimentos de 5.459 juízes federais estão vinculados aos dos ministros do Supremo”.
Deve ser por isso que o governo Lula quer que a CPMF vire uma contribuição permanente a partir de 2007.
MANEZADA
Ah, hoje tem festerê no largo da Rita Maria em frente ao bar O Manezinho. Por R$ 50,00 o cidadão come tainha, bebe o quanto puder, ouve música, assiste à entrega do troféu Manezinho da Ilha, discute a criação da Associação dos Manezinhos, fala mal de quem não foi e ainda, de quebra, fica olhando pra ver com quem que a mulher do amigo tá se engraçando.
O pretexto pra festa é o Dia do Manezinho da Ilha, instituído por lei municipal. Sucesso aos colegas manezinhos e que a festa seja muito divertida.
3 comentários:
Oi César. Esse negócio de o dr. Geraldo não decolar nas pesquisas e o Lula disparado tá meio chato mesmo. Poucas emoções no Planalto Central. Saudações brasilienses. Patrícia.
Aqueles dois, da foto mais acima, tem certeza de que um deles não é o Zeca Pagodinho? Um abraço.
Ray Conniff e Zeca Pagodinho. Não seria uma bela mistura?
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