terça-feira, 20 de junho de 2006

TERÇA

NADA COMO UM CHEQUE...
Ainda não inventaram nada mais eficiente pra fazer prefeito rir. Não tem piada, anedota, cosquinha ou resultado de jogo de futebol que supere a alegria de ver um chequinho chegar.

Sabendo disso, o governador 2, o Dr. Moreira, faz questão de ir levar pessoalmente, em mãos, os chequinhos da parte que cabe às prefeituras na Cide (Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico), para pavimentar ruas e estradas. Quem recebeu menos, na rodada de municípios do sul, ganhou uns R$ 240 mil, mas vários cheques foram de R$ 500 mil.

Com isso, de chequinho em chequinho o Dr. Moreira vai se qualificando para as próximas eleições: no mínimo se elege Papai Noel fácil-fácil.

CIDASC SE ENROLA TODA
Ontem dei um toque rápido na confusão que a Cidasc arrumou, ao alterar o resultado de um concurso que já havia sido publicado.

Pois bem, ontem o Ministério Público de Santa Catarina explicou que o erro da Cidasc foi considerar, como primeiro critério para desempate, a nota na prova de Conhecimentos Específicos. Segundo recomendou a Promotora de Justiça Sônia Maria Demeda Groisman Piardi, o primeiro critério deveria ser a idade, que é o que determina o Estatuto do Idoso.

A Cidasc, ao receber a recomendação da promotora, simplesmente publicou novo resultado, alterando o anterior, ignorando as regras do edital que orientou o concurso. Talvez fosse mais prudente ter anulado o concurso, se o edital continha alguma ilegalidade. Alterar o resultado depois do concurso concluído é um casuismo suspeitíssimo.

PARQUES PERIGOSOS
Um assalto a mão armada num dos parques municipais de Florianópolis colocou a nu o bate-cabeça que ocorre na Prefeitura.

O secretário municipal de Segurança Pública, delegado da Polícia Federal, que o prefeitoDário trouxe com banda de música e tudo, se enrolou na explicação. Chegou a falar que a prefeitura “cogita a possibilidade de criar um setor de trate especificamente das questões de segurança cívica e patrimonial”. E a Guarda Municipal, que anda pra lá de ociosa e até se fala em sua extinção, seria o quê?

No final, tirando a prefeitura da reta, o delegado Ildo disse que o “o caso do parque é um caso de segurança pública”. Para bom entendedor isto significa que os incomodados devem se queixar ao estado (polícias civil, militar e secretaria de segurança).

A prefeitura também anunciou, com banda de música, que os parques municipais tinham guias e vigias treinados. É claro que no dia do assalto não se achou um único dos tais vigias. O delegado/secretário levantou a possibilidade de ter acontecido algum imprevisto que tenha afastado os vigias.

Por via das dúvidas, o melhor é evitar os parques municipais ou exigir escolta armada pra passear por lá.

DIARINHO TEM PODER
O pessoal do PMDB está rifando o Dado Cherem (que o Pavan queria que fosse vice do LHS) por causa de coisas que ele disse no entrevistão do DIARINHO. E o Diário Catarinense, morto de medo de alimentar a concorrência, se refere à gente como “um jornal de Itajaí”, ao falar do fato que está movimentando a cena política.

A JOGADA DO JORGINHO
O deputado Jorginho Mello é um político experiente e sagaz. Dia desses levou o prefeito de Florianópolis, Dário Berger, o irmão Djalma Berger e vários secretários da capital, para visitar o oeste. E lá apresentou Dário como candidato “natural” do PSDB ao governo do estado em 2010.

É natural que Jorginho seja grato ao Dário: afinal, ele empregou o filho dele como secretário da Administação da capital. E o Jorginho é candidato à reeleição, em dobradinha com o Djalma Berger.

O que a tucanada tá achando esquisito é que, quando faz o mesmo trajeto ao lado do senador Leonel Pavan, ele faz questão de dizer que irá apoiá-lo ao governo em 2010. “Não dá pra servir a dois senhores”, reclama um observador dessa jogada.

Dirão vocês que 2010 está longe e que não faz mal acender uma vela pra cada santo (ou uma ao santo e outra ao diabo). Só que 2010 está sendo acertado agora, nas coligações para esta eleição. E está todo mundo nervoso.

BUSSUNDA
Evitei falar da morte do Bussunda porque não queria engrossar o coro dos lugares-comuns. Agora que já se disse e publicou todo tipo de “gracinha”, faço uma referência: tem hora que os amigos precisam tomar uma atitude. Um gordinho sentir-se mal depois de exercício físico é um sinal de alerta que deveria ter sido investigado. Pode ser até que não detectasse nada, mas também pode ser que a obstrução ou o que fosse acabasse sendo localizada.

E hoje ele estaria vivo, convalescendo de algum tratamento.

Mas também não dá pra ficar, a essa distância do que aconteceu, ditando regra: pode ser que ele não quisesse levar a sério os sintomas e tivesse convencido os amigos que não era nada.

E não quero fazer parte daquele grupo de pessoas que, nos velórios, fica demonstrando maneiras como a morte do falecido poderia ter sido evitada. Mas a gente fica triste de ver que uns e outros são salvos a tempo e gente fina, criativa, crítica e bem humorada como o Bussunda, vai cedo.

O agitador sócio-cultural Amilton Alexandre, o Mosquito, enviou a foto acima, da estrada que liga o Sertão de Imaruí à Palhoça. Vê-se que as margens da estrada viraram um lixão, com entulho de todo tipo. Tem até uma fogueira ameaçando a mata atlântica. Isso em área de preservação, numa região que deveria ser bem tratada, porque é muito bonita, a Pedra Branca. Mas a prefeitura de São José não tem quem cuide do meio ambiente, a Polícia Ambiental tem mais o que fazer e a Fatma não tá aí pra lixão clandestino. Salve-se quem puder.

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