segunda-feira, 19 de junho de 2006

SEGUNDA

CANGURU PERNETA
Ainda bem que não sou comentarista de futebol e nem me considero grande torcedor. Portanto, não tenho grandes compromissos com o esporte. Nem preciso saber exatamente pra que lado o gordinho, o gordão e o cumprido lento têm que chutar.

Só sei que ontem assisti um jogo feioso, sofrido, durante o qual dava pra ouvir as risadas dos argentinos, aqui ao lado. Saco! Vou ter que continuar com a campanha iniciada no jogo passado:

Chega de sufoco! Goleada já!

CIDASC SE ENROLA TODA
O assunto da semana será, com certeza, a virada de mesa no concurso público que a Cidasc realizou.

Depois de anunciados os resultados, de concluído o processo todo, a Cidasc resolveu mudar as regras do jogo e alterar o resultado do concurso.

Uma série de ações judiciais vão movimentar a semana e jogar sobre a manobra da Cidasc um manto ainda mais espesso de suspeita.

Até onde consegui saber, um advogado reprovado no concurso conseguiu convencer um procurador que a Cidasc não tinha respeitado o Estatuto do Idoso. E com base nisso, os trapalhões da Cidasc, em vez de anular o Concurso e começar de novo, acharam melhor só melar o jogo e fazer os concorrentes de bobos. Uma bagunça que vai render muito pano pra manga.

PSDB QUER DINHEIRO
O povo do PSDB, que vai realizar um jantar dias 24 de junho pra comemorar os 18 anos do partido e arrecadar uma graninha, pede pra avisar que a iniciativa do evento é do Instituto Teotônio Vilela (o ITV). Os preocupadíssimos advogados do partido acham que, como a coluna é muito lida no TRE, se não fizerem esse esclarecimento pode ser que dê galho pra cima do diretório estadual.

Mesmo que exista uma porção de falhas nas normas que regulam as eleições deste ano, os partidos parecem muito mais cautelosos.

TURVO BRIGA COM A FIAT
Um cidadão de Turvo (sul do estado), quem diria, está para arrancar uns R$ 7,6 milhões da multinacional Fiat. A história é relativamente simples: o cara comprou um carro numa revenda autorizada e pagou. A revenda deu calote na fábrica e não repassou a grana.

A fábrica, com a sutileza de um paquiderme, resolveu o caso da forma mais simples, cancelou o renavam dos veículos que a revenda não pagou.

O cidadão, que ficou sem ter como emplacar o carro que comprou, recorreu à Justiça. Pra completar a trapalhada, a montadora perdeu prazos judiciais e a coisa está em execução.

Pode ser que recorram ao Tribunal de Justiça, mas o mal já está feito: pra todos os efeitos trata-se de uma empresa que, em vez de punir o caloteiro (a revenda), resolveu azedar a vida dos clientes, que nada tiveram a ver com as lambanças dos outros.

Outras quatro ações parecidas tramitam em Turvo, envolvendo a Fiat e clientes, ambos lesados pela revenda, mas brigando entre si. Portanto, ao comprar carro zero abram o olho.

TJ ALIVIA NERI
O Tribunal de Justiça, ao julgar uma apelação, na semana passada, manteve a condenação ao Miguel Orofino no caso do superfaturamento da ponte Pedro Ivo Campos, mas livrou a cara do ex-secretário Neri dos Santos, que no governo atual é uma espécie de braço-direito do LHS para assuntos aleatórios (capitaneou as reformar administrativas, por exemplo).

A FARRA AINDA. DE NOVO.
O Ministério Público Federal enviou ao Superior Tribunal de Justiça denúncia contra o governador LHS. Alguém acostumado a ver chifre em cabeça de cavalo ouviu, numa entrevista do governador à TVBV, “apologia ao crime” e foi se queixar aos procuradores.

Claro que se LHS tivesse mandado prender e arrebentar metade da população litorânea, a esta altura o Ministério Público o estaria denunciando por abuso de autoridade ou coisa parecida.

Uma subprocuradora chamada Lindôra Araújo interpreta a questão de uma forma tão radical que pode levar-nos a todos à cadeia: discutir a farra do boi ou simplesmente tentar compreender as razões que levam certos grupos a praticar essa brincadeira pode ser entendida como “apologia ao crime”.

NÃO TEM CONVERSA
Ou seja: na visão da Dra. Lindôra não se pode discutir o assunto. Ou a polícia desce o cacete na população humana e enche de manezinhos e manezinhas as já superlotadas cadeias, ou então ela e seus colegas tratarão de infernizar ainda mais a vida dos catarinenses.

Por menos que a gente se importe com os processos a que o LHS é submetido, este caso é diferente, porque o que a gente, que é leigo, entende da denúncia, é que o Ministério Público Federal parece interpretar de forma míope um processo social amplo. As vítimas dessa visão estreita não serão só as autoridades citadas nessa denúncia inicial: seremos todos nós, que vivemos no litoral catarinense.

O que a denúncia pede, em última instância, é que seja deflagrado o processo violento e sangrento de combate à tradição que alguns abominam. Que é o pior caminho. Modificar culturas não é coisa para baionetas e metralhadoras, cacetetes e paus-de-arara. Exige sensibilidade e inteligência, conhecimento sociológico e respeito aos direitos humanos.

O governador 2, o Dr. Moreira, como todos os demais políticos catarinenses, foi à festa do pinhão, em Lages. E, como muitos deles, passou pela casa da Rede TV Sul, onde participou do programa conduzido pela estonteante Vanessa Campos. E, é claro, ficou sem palavras. Antes, o governador-atleta (em exercício) tinha plantado uma muda de araucária, como parte de um projeto que pretende distribuir um milhão de mudas de pinheiro.

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