sexta-feira, 16 de junho de 2006

SEXTA

Tão falando que o mal-estar do Fenômeno foi praga...
de quem mesmo?


E A VIDA SEGUE...
Uso a frase que o colega Paulo Alceu popularizou para registrar alguns fatos que me chamaram a atenção nos jornais:

– O ex-braço direito do ex-ministro e ex-deputado José Dirceu está de volta ao Palácio do Planalto: desde março é assessor especial do presidente Lula. Quando Zé Dirceu saiu da Casa Civil (em junho do ano passado) seu fiel companheiro Swendenberger dos Nascimento Barbosa também saiu. Ficou no desvio uns tempos (no Ministério da Previdência) e assim que a poeira baixou ele voltou ao centro do Poder.

– O ex-deputado Roberto Jefferson (PTB), que denunciou o esquema de distribuição de dinheiro aos partidos da base aliada nunca negou que ele também usufruiu do acerto. Pois ele acaba de receber a medalha Pedro Ernesto, a maior condecoração da Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro. Por pura coincidência a proposta da homenagem partiu da vereadora Cristiane Brasil (PTB), que por puro acaso é filha de Jefferson.

– Partido de militantes, o PT já não consegue empolgar como antes os seus filiados. A campanha de arrecadação de fundos que está para terminar pretendia conseguir R$ 13 milhões, para equilibrar as finanças do partido. Em dinheiro contabilizado deverá chegar a, no máximo, R$ 4,5 milhões.

DÁRIO, O DESBOCADO
O prefeito de Florianópolis perdeu a compostura e a educação diante da mãe de um atleta que reclamou pra ele, em público, do atraso dos salários dos treinadores da Fundação Municipal de Esportes e do abandono de algumas modalidades. Não quis nem saber e mandou a queixosa... bom, deixa pra lá.

A resposta grosseira do prefeito a uma munícipe que, segundo as testemunhas do destempero verbal do alemão, estava justamente indignada, mostra que o negócio dos irmãos Berger é mesmo o tapete preto. Esporte não é prioridade (não dá voto?).

PARQUE? PRA QUÊ?
Alguns leitores escreveram para comentar meu espanto sobre a construção do espigão municipal (11 andares) justamente no Parque da Luz. Alguns dizem que não tenho por que me espantar: “este prefeito e estes vereadores não acham que Florianópolis precise de parques”.

De fato, há algum tempo, comentei que o vereador Juarez Silveira tinha dito, diante do prefeito, que “Florianópolis não tem cultura de parques” e que “isto aqui não é Porto Alegre”. Pois agora vejo que essa idéia está mais difundida do que imaginava.

“Parque”, no entender de quem administra a cidade, é uma área vazia, um baldio inútil que precisa ser preenchido com coisas “úteis”, como um prédio de 11 andares que permita que o prefeito (que pretende ficar pelo menos oito anos administrando a cidade e depois passar o cargo para sua mulher por outros oito anos), tenha uma vista privilegiada, do seu gabinete, na cobertura, das baías norte e sul.

A qualidade de vida, ao que parece, será medida pelo número de viadutos, pela quilometragem de asfalto, pela alta densidade de ocupação do solo e pela arrecadação do IPTU. Ah, e por ciclovias vermelhas.

LEVA O ESPIGÃO PRA LÁ
O Parque da Luz é um espaço nobre da cidade (no alto da Felipe Schmidt, cabeceira da ponte Hercílio Luz) que nunca entusiasmou muito os governantes. A área é resultado do desmonte de uma colina e da mudança de um cemitério que existiam ali.

A comunidade criou e manteve, do jeito que deu, um parque. Já estão plantadas 3 mil árvores, que começam a dar sombra. Nos finais de semana muita gente passeia por lá.

Por isso ninguém se conforma que, em vez de ajudar a comunidade a transformar aquela área num lugar legal, a prefeitura invente de acabar com ela. Ou vai dizer que colocar um espigão de onze andares ali, mais os correspondentes estacionamentos, não vai acabar com o parque?

Lugar pra construir o “paço municipal” tem no próprio aterro da baía sul, sobre algum dos camelões ou dos estacionamentos de ônibus (“não fala em ônibus que o homem fica nervoso!”).

MEIA MARATONA À VENDA
Já que estamos falando da Prefeitura de Florianópolis e da Fundação Municipal de Esportes: nos outros anos, no aniversário da cidade, acontecia uma meia-maratona que já estava ficando nacionalmente conhecida, porque era um percurso charmoso.

Este ano, a “visão empresarial” dos irmãos Berger colocou a meia-maratona à venda. Se não tiver patrocinador a prova não sai. Uma empresa paulista está negociando com a prefeitura e exige que a prova passe a ter o nome da empresa. Aí, a meia-maratona não será mais de Florianópolis.

Os ingênuos da fundação de esportes ainda me disseram, “o nome é da empresa, mas a gente vai continuar fazendo todo o trabalho de organização”. Claro, seus tolos, eles levam a fama e vocês trabalham!

A data, é claro, será quando o patrocinador achar que deve ser. Talvez no segundo semestre.

O PT É PHODA MESMO!
O ex-padre católico Roque Rauber, dono da famosa casa de “swing” Sofazão, será candidato a deputado estadual pelo PT gaúcho. Ele é petista desde 1994 e embora tenha gente no partido torcendo o nariz pra ele, Rauber está se sentindo muito à vontade.

Afinal, o PT já “phodeu” com toda aquela imagem de partido puro e bem intencionado...

O SUL É O MEU PAÍS
O governador 2, o Dr. Moreira, atleta em permanente exercício, tem distribuído verbas generosas para o sul do estado, que por coincidência é sua base eleitoral. Deve imaginar, o governador 2, que assim como LHS (o governador 1) cumulou de mimos o norte, onde estão os preciosos votos que lhe deram o Poder, não tem nada demais fazer bondades pelo sul.

No outro dia (8/6), anunciou que Criciúma ganhou R$ 15 milhões para obras diversas. Ontem, foi mais R$ 1,2 milhão para Imaruí, Rio Fortuna e São Ludgero.

BANDA PODRE
Antes era a Telesc. Aí acabaram com a Telesc porque viria um novo modelo, mais moderno e funcional. Agora tem a Brasil Telecom, surda e muda. Ontem, pastei com a precariedade do adsl (a tal “banda larga”), que parecia um vaga-lume. Como sabem, vivo em Florianópolis e o jornal é feito em Itajaí, donde a necessidade de Internet, sem falar no e-mail, por intermédio do qual leitores enviam colaborações. Como nas vezes anteriores (geralmente finais de semana e feriados), nenhuma informação, nenhuma ajuda. Mas a conta não atrasa, não falha e não rateia.

VANDALISMO
Os incidentes que aconteceram em algumas cidades catarinenses depois do jogo do Brasil não podem ser creditados à alegria dos torcedores. Não havia, na vitória tímida da seleção, qualquer motivo para sair às ruas “comemorando”. Pelo que li no DIARINHO tratou-se de pura e simples baderna de gente bêbada e sem noção.

Baderna que, por sinal, tem acontecido com alguma freqüência. Sempre que se reúne uma multidão nas ruas tem uma turma do “quebra tudo” pra azedar a festa.

VEM AÍ O FUNDÃO
LHS disse, numa entrevista de rádio, que a penca da eleição vai colocar, na Assembléia Legislativa, uns 30 deputados da base do governo: “com maioria absoluta na Assembléia, podemos aprovar uma emenda à Constituição que amplie o Fundo Social”. Ôba, um fundão pra garantir a sucessão.

E lá no oeste, LHS já prometeu que, se for eleito, Seara vai ser sede de uma nova Secretaria do Desenvolvimento Regional. Vamos ver quantas SDRs ele vai prometer criar até o dia da eleição...

Um comentário:

Anônimo disse...

orra, cada vez pior a política desse país!