A campanha começou mesmo: me mandaram ontem estas “fotos-denúncia”. Na de cima, o prefeito de São Francisco do Sul chega à convenção do PMDB em São José, onde foi abraçar seu ídolo LHS, só que os intrigantes juram que o carro com motorista que o levou é da prefeitura (“tão usando a máquina!” berram eles). E na foto abaixo, a puliçada que fez a segurança da convenção, que eles acham que foi demais (“é a máquina!”). Eu não acho: em lugar com muita gente tem mesmo que colocar bastante puliça. Neste caso o pessoal exagerou foi na “denúncia”.
O PSDB fez a sua convenção ontem, aparentemente sem maiores problemas. Terminou tarde, com muitos abraços e beijos e, como dá pra ver na foto acima, todos estão sorridentes.
Apesar de toda a fofoca e dos temores dos pefelistas, dos 356 votantes na convenção, 349 disseram sim à coligação. E foi mantida a separação para a chapa tucana de candidatos a deputados estaduais.
LHS E AMIN MULTADOS
O governador licenciado Luiz Henrique da Silveira (PMDB) foi multado pelo Tribunal Regional Eleitoral em R$ 53.205,00 “por realizar propaganda eleitoral antecipada em maio do corrente ano”. A decisão foi publicada ontem.
E na sessão ordinária de ontem à noite, o pleno do TRE-SC manteve a decisão do juiz auxiliar Volnei Celso Tomazini, que no último dia 21 condenou o ex-governador Esperidião Amin à multa de R$ 21.282,00, por “veiculação de propaganda eleitoral extemporânea”.
Os dois casos se referem àqueles programas partidários (do horário político gratuito fora da época das eleições) em que, em vez de falar sobre o partido e o programa do partido, todos aproveitam pra fazer propaganda de seus candidatos.
PODE CRITICAR O LULA
O PT de Blumenau queria que o TRE-SC desse um pau no Paulo Gouvêa da Costa (PFL), por ele ter falado mal do Lula num programa de rádio.
A Juíza Auxiliar Eliana Paggiarin Marinho, que indeferiu a liminar, disse que “não é legítimo cercear a liberdade de imprensa e o direito de crítica dos órgãos de comunicação social às ações governamentais somente porque o apresentador do programa é possível candidato a cargo eletivo”.
Ai que saudade dos revisores...
Antigamente todo jornal tinha um anjo da guarda dos jornalistas (e dos leitores) que era o revisor. Antes de serem publicadas, as matérias passavam por ele que, com paciência de Jó e olho de lince, pegava os erros de todos os tamanhos e os corrigia. Podia ser uma simples torca de lertas ou um erros de concordência, nada passava.
Depois, com a chegada dos computadores às redações e com a crise mundial que reduziu as margens de lucro a quase zero, a função de revisor foi extinta. Seria, aos olhos dos consultores que formataram as novas empresas de comunicação, um desperdício, um retrabalho, um gasto inadmissível.
Quem leu minha coluna de ontem no jornal com um mínimo de atenção e conhecimento futebolístico, deve ter percebido o enorme erro que a ilustração principal, no alto da página, continha: ali não apareciam, na lista das seleções que continuam no mundial, Portugal e Ucrânia (aqui na internet eu coloquei a ilustração correta).
Se os revisores ainda estivessem trabalhando, os leitores do jornal não teriam sido submetidos a esse incômodo (erro em jornal é sempre incômodo para o leitor). E eu teria sido alertado e/ou advertido para corrigir o erro. Com tanta modernidade, ao reduzir o número de pessoas pelas quais uma coluna passa, aumentam as chances do erro do autor chegar ao leitor.
Mais uma vez, perdão, leitores.
Um comentário:
Pela foto que se vê aí, o que não falta é barriga!
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