sexta-feira, 15 de setembro de 2006

SEXTA

AMIN ABRAÇA O VICE
O candidato do PP ao governo, Esperidião Amin, reuniu-se ontem, em Blumenau, com o candidato a vice-presidente, José Alencar, da chapa do Lula, e depois posaram para fotos (acima à esquerda. Para abrir uma ampliação, basta clicar sobre a foto).

Claro que teria sido melhor se tivesse dado pra tirar a foto ao lado do Lula, mas se não tem tu, vai tu mesmo. O vice, candidato a vice, também não é exatamente do PT, mas isso, para o eleitor que é Lulista antes de ser petista, não deve fazer grande diferença.

Só ficou meio estranho para o Fritsch. Vejam só: estava lá, como testemunha (ou seria avalista?) desse encontro entre o Esperidião e o representante do Lula, nada mais, nada menos, que a candidata ao senado da chapa do Fritsch, Luci Choinacki. Justamente ela que, por coincidência, tem se beneficiado com o fraco desempenho eleitoral do candidato da coligação do Amin.

Estava lá também a senadora Ideli Salvatti. Como coordenadora no estado da campanha de Lula, ela quer mais é juntar gente em torno da candidatura a presidente. Mesmo que isso signifique deixar o candidato do PT ao governo meio de lado. E o ex-marido da Ideli, o presidente do BESC, Eurides Mescolotto, também estava. Mas esse nem conta, porque de uns dias pra cá é companhia freqüente do Esperidião.

BOLSA FAMÍLIA
E-mail malicioso que circulava ontem, reproduzia um documento de maio de 2005, em que o diretor-geral do Senado, Agaciel da Silva Maia, nomeava Maria Marinete Merss para trabalhar no gabinete da senadora Ideli Salvatti.

A Maria Marinete é esposa do deputado federal Carlito Merss e quem resolveu tornar isso público (da oposição, naturalmente) se referia ao fato como uma espécie de “nepotismo cruzado”: “emprega a minha mulher aí porque se eu empregar aqui dá muito na vista”.

Quanta ingenuidade. Tal e qual o caixa 2, essa prática aí também está liberada porque é coisa que “todo mundo faz”. Em todos os níveis.

Pega um deputado estadual desses mais conhecidos (que nem é do PT) e vê onde estão empregados a mulher, o filho, o outro filho, a filha, alguns parentes? Nenhum está no gabinete do deputado. E isso acontece no Executivo, no Judiciário, em todo lugar. O pessoal mais moderno e atilado não emprega mais parentes no seu próprio gabinete. O nepotismo é coisa do passado.

TRE-SC PUNE PT
A coligação que apóia Fritsch vai ter que parar de dizer que a verba da 282 não foi liberada por culpa do Pavan. O TRE-SC entendeu que houve uma “distorção da realidade” na crítica petista. Mesmo se Pavan estivesse presente à reunião da comissão do Orçamento, nada aconteceria, porque faltaram dezenas de outros parlamentares, que estavam, como Pavan, no mesmo momento, participando do esforço concentrado para liberação da pauta do Congresso.

Pavan acha que houve “falta de ética”, porque a turma do Fritsch conhece o funcionamento das comissões e mesmo assim forçou a barra.

SEGURANÇA DAS URNAS
Se este fosse um país sério, o protesto de oito páginas que o diretório nacional do PDT protocolou no último dia 9 no Tribunal Superior Eleitoral, a respeito da vulnerabilidade das urnas eleitorais, daria muito pano pra manga. Pelo menos o assunto estaria nas rodas que se formam nos cafés, nos bares e nas praças, para discutir política.

O PDT reclama das dificuldades e impedimentos criados pelo TSE, para que se teste adequadamente a urna eletrônica. Quem estiver interessado no assunto deve fazer uma visita ao site www.votoseguro.org onde encontrará diversos documentos e elementos para um bom começo de conversa.

BRIGA DE RUA
Aconteceu na minha frente, na Beira-Mar Norte, ontem por volta do meio-dia. O motorista do Honda Fit ia mudar de faixa, não viu o motoqueiro da Drogaria Catarinense (que, como a maioria dos motoqueiros ia passando a toda entre os carros) e quase bateu, mas desviou a tempo. O motoqueiro xingou bastante o motorista e achei que o episódio tinha terminado ali.

Mas aí, para surpresa de todos, o cabo-eleitoral do Gilmar Knaesel acelerou e foi pra cima do motoqueiro, como se fosse atropelá-lo. Deu o susto, tirou um fino e se arrancou. É claro que isso jogou gasolina na fogueira.

Como a avenida tem 300 sinaleiras sincronizadas, sempre tem uma fechando. E o carro teve que parar mais adiante. O motoqueiro que quase foi atropelado e mais um outro encostaram na porta do motorista e a discussão recomeçou, aí já à beira das “vias de fato”.

Quando o sinal abriu (foto acima) aí foi a vez do motoqueiro da Catarinense partir para a ignorância: logo depois dessa foto, ele quebrou, com duas patadas, o retrovisor do Honda.

E quando o carro arrancou, juntaram-se mais uns tantos motoqueiros e cercaram o carro durante algum tempo, tipo assim pra mostrar força.

Bem que a Drogaria Catarinense podia dar uns calmantes para seus motoqueiros, para evitar que eles saiam por aí xingando e dando coices, levando a imagem da empresa de roldão. E bem que o Gilmar Knaesel podia recomendar aos seus cabos eleitorais que não revidem xingamentos verbais com ímpetos homicidas, porque, afinal, é a cara dele que está ali, exposta.

Um comentário:

Anônimo disse...

Cesar,
Por falar em sinaleiras, voce já percebeu a quantidade de acidentes nas sinaleiras da Beira mar (principalmente na perto do Koxixo's e nas adjacentes)? Será que não tem alguma coisa errada com aquele tipo de sinaleira, para aquele tipo de via? Não me refiro a existencia delas, mas ao tipo de sinaleiras que parece que só existem em Santa Catarina. Parece que elas induzem o motorista ao erro pois quando acontece a variação na luz verde a tendencia é acelerar e nao reduzir. É uma tendencia natural, humana. É uma via de velocidade de 80Km e desse modo, se o da frente atender a razão e frear e o de tráz seguir a tendencia natural de acelerar (ou manter a velocidade) para pegar o verde e se a distancia entre os carros não for bem grande a batida será certa. Como se não bastasse , o tempo do amarelo parece ser muito curto (Se é que existe algum tempo minimo para o amarelo). Acho que a prefeitura e o Detran deveriam examinar com atenção esse tipo de sinaleira para uma via como a Av Beira-mar.