OLHAÍ O SEGUNDO TURNO
Segundo esta pesquisa, haveria segundo turno. A dianteira de Luiz Henrique não é assim tão grande. Chama a atenção a diferença dos dois primeiros colocados no resultado desta pesquisa e na outra, divulgada há alguns dias, feita pelo Ibope para a RBS. A pesquisa do Ibope feita dias 22 e 24 de agosto fez mil entrevistas em 52 municípios e mostrava Luiz Henrique com 40% e Esperidião Amin com 29%. Indecisos 15% e Fritsch com 7%.
Enquanto os números do Ibope indicavam a possibilidade da eleição ser resolvida no primeiro turno, os da Unesc deverão acender luzes de alerta na coligação Todos por Toda Santa Catarina. E certamente renovarão os ânimos da turma que apoia Esperidião.
Outro dado interessante é a dificuldade que Fritsch está tendo para colar seu desempenho ao de Lula ou pelo menos ser levado alguns pontos percentuais acima pela nova onda. Ao que tudo indica, o eleitor do Lula é apartidário, não acha que deve lealdade ao PT (que de resto foi escanteado pelo próprio Lula) e vota numa chapa eclética.
Lula investiu forte contra o livre arbítrio que boa parte das religiões atribui aos seres humanos. Ao dizer, numa reunião política na Assembléia de Deus, na zona oeste do Rio de Janeiro, que Deus quis que ele se elegesse presidente para proteger os evangélicos, o candidato passou do ponto.Como bem lembrou Ricardo Noblat, é verdade que “Deus nada fez para impedir (...) mas dizer que ele quis que isso acontecesse, é exagero”. Deus não se meteu e seria muito bom que o companheiro Lula e demais candidatos não tentassem comprometê-Lo nessas disputas terrenas.
Mas assim como é demais achar que Lula é o escolhido d’Ele, também é exagero anunciar que, se a eleição se resolver no primeiro turno, o Brasil corre o risco de sofrer um golpe populista. Como diria o Mané: “menas, seus tolo, menas!” Primeiro e segundo turno são regras do jogo. Não há qualquer quebra da normalidade na vitória eleitoral.
A HISTÓRIA SE REPETE
Nos jornais é possível ler reportagens sobre o aumento real de cerca de 10% nos gastos públicos no governo Lula. E o jornalista Fernando Rodrigues, da Folha, lembra no seu blog que no livro do também jornalista Guilherme Fiúza, “3.000 dias no bunker” (Editora Record, R$ 48,90) tem um registro muito interessante sobre esse tema dos gastos públicos.
Vou resumir o que conta o livro: no final de 1997, depois da crise dos chamados tigres asiáticos, o então presidente Fernando Henrique baixou um pacote com 51 medidas de aperto fiscal.
Só que, no primeiro semestre de 1998, ano eleitoral os gastos do governo federal subiram 20%. Fiúza conta que o pacote de corte nos gastos tinha sido boicotado pelo próprio presidente, que a certa altura resolveu deixar de lado o controle para não arriscar a eleição. E com o aumento dos gastos, Fernando Henrique foi reeleito no primeiro turno.
Em 1999, o Brasil quebrou.
O problema, portanto, não é o aumento dos gastos do governo federal em anos eleitorais, o grande problema é a ressaca, no ano seguinte, quando alguém terá que pagar a conta da desmedida generosidade eleitoral.
VOLTA ÀS AULAS
Graças às greves de professores, o calendário escolar da UFSC continua completamente maluco. Segunda, dia 11, começam as aulas do segundo semestre de 2006, que só terminarão no dia 2 de março de 2007. E, se tudo correr bem, o primeiro semestre de aulas do ano que vem começa dia 19 de março. Mas aí, para mostrar ao novo presidente que ninguém está brincando, provavelmente algum sindicato proporá uma paralisação, que voltará a desarranjar o calendário por mais dois anos.
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