quinta-feira, 28 de setembro de 2006

QUINTA

SANTA CATARINA É O MÁXIMO
Sou um fã da diversidade e da beleza deste nosso estado. Qualquer pequena viagem, mesmo a trabalho, pode se transformar num interessantíssimo passeio por lugares cheios de graça. Vejam só, na terça fui a Itajaí e, da sacada do hotel Marambaia Cabeçudas, vi a barra do Itajaí Açu no entardecer (foto acima à esquerda). Ontem, peguei a estrada em direção a Campos Novos, no planalto (foto à direita, no alto). Na estrada, caminhões carregados de porquinhos enjaulados (coisa triste de se ver assim, mas, depois de transformados em bacon, costelinhas e lombinhos, a coisa muda um pouco) e os trigais verdejantes e fotogênicos, balançando ao vento. (Já sabem, né? Se quiserem ver uma ampliação é só clicar na foto)

ECOS DO DEBATE
Em dias como hoje a gente se dá conta do principal problema dos jornais: falarei a seguir do debate de terça à noite enquanto vocês, que estão lendo estas linhas já estão discutindo ou preocupados com o outro debate, de hoje à noite. Infelizmente, é preciso ter tempo para imprimir e distribuir o jornal, o que nos obriga a concluir o trabalho mais cedo. Ponto para a TV e para a Internet, no quesito instantaneidade.

Mas em compensação ainda não inventaram nada melhor para embrulhar peixe, embalar copos de vidro e sujar as mãos. E ainda, enquanto faz uma dessas coisas, lê opiniões e informações sem precisar fazer download, sem dar boot, sem mouse, sem windows e sem gastar eletricidade nem pilha. Ponto para o jornal no quesito facilidade de acesso e múltiplas utilidades.

Mas, dizia eu, o debate de candidatos a governador que a RBS-TV transmitiu na terça à noite deixou-me preocupado: que fim levaram os jornalistas? Foram extintos? Por que essa modinha de candidato perguntar para candidato? Não seria melhor jornalistas perguntarem para candidatos e candidatos cumprirem seus papéis, respondendo, explicando e mostrando a que vieram?

Em boa parte do “debate” a gente parece que estava presenciando um diálogo de surdos. Na “pergunta” o sujeito dizia o que iria fazer, na “resposta” o outro fazia as suas promessas e na “réplica” o sujeito voltava a falar mais alguma coisa nada a ver.

Outra coisa que tem me incomodado cada vez mais (deve ser a idade): debate é discussão, é defesa, é ataque, é uma coisa quente, às vezes com a voz um pouco alterada, é um momento onde a inteligência, a rapidez de raciocínio, a argumentação podem empolgar os ouvintes e telespectadores, tal e qual um bom jogo de futebol. Ou de basquete.

Mas agora, cada vez que alguém ameaça colocar o dedo retórico em alguma ferida, lá vem aquela bobagem do “nível do debate”. Parece que todo mundo joga na retranca, sem criatividade e morre de medo de enfrentar o atacante adversário, porque lhe falta habilidade para evitar o drible e para defender a área. Aí inventa essa idiotice que nada mais é que impedir que alguém cruze a linha intermediária do gramado.

Pode debater, desde que fique longe da pequena área. E aí ficam inventando mil regras cujo único resultado é matar-nos de sono. Ainda mais que, como todo programa que tenha forte apelo sexual (o povo só se phode), é transmitido tarde da noite.

No “debate” de governadores vi dois momentos em que o jogo parecia que ia engrenar. Quando o Esperidião provocou mexendo a área sensível da cultura (onde, de fato, o governo esteve mal servido), LHS deu um chutão pro alto, falando das obras dos centros de eventos e o careca sem bigode matou no peito: “cultura é outra coisa”. Mas ficou por aí mesmo, porque a estrutura do “debate” não permitia que o lance continuasse.

Mais tarde, Esperidião e Fritsch tabelaram com o assunto da dinheirama do Aldinho (da Fazenda), mas o chute saiu fraco, sem perigo de gol.

CESAR FICOU DE FORA
A RBS, que segundo o LHS foi uma das boas coisas que vieram de fora (a outra é o Aldo Hey Neto), deixou o Cesar Alvarenga chupando dedo. A pretexto do partido dele não ter representação no Congresso, excluiu-o do “debate”. Foi pouco, tinha mais gente no debate cuja ausência preencheria uma lacuna. Sei que soa cruel, mas é verdade: não tem sentido gente que só aparece no cenário político em época de eleição, ficar ali testando nossa paciência.

A BRONCA DO CHEFE
Saul Brandalise Jr., dono da TV Barriga Verde e de várias rádios, enviou um e-mail furioso para seus funcionários, desautorizando e desancando um funcionário do grupo que mandou e-mail pedindo votos para os “candidatos da radiodifusão”: Luiz Henrique e Ivan Ranzolin.

Disse Saulzinho, a certa altura: “não admito que nossa empresa seja envolvida em predileções políticas e que isso possa vir a comprometer o nosso editorial jornalístico”.

2 comentários:

Anônimo disse...

Morro e nao vejo tudo! Como dizia o Senador Magalhaes Pinto os politicos mudam de posicao como uma nuvem no ceu. Vitor Fontana que deu declaracao de apoio a Luiz Henrique eh o mesmo que o nao recebeu quando era Presidente do Besc. Esclarecendo: Luiz Henrique Prefeito de Joinville foi ao Besc e nao foi recebido pelo seu Presidente Vitor Fontana. Luiz Henrique tirou do Besc as contas da Prefeitura de Joinville levando-as para o Bradesco. Agora o apoio soa que algo de podre reina nos poroes dessa eleicao. Quanto custou esse apoio? Certamente o titulo de cidadao catarinense e a comenda da Anita Garibaldi fez com que o Vitor esquecesse que o Esperidiao foi responsavel pelo seu canto do cisne quando o nomeou presidente do Besc. Isso nao eh se vender? Acho que eh.

Anônimo disse...

O Besc um Banco infeliz. Claro que sim. Mas valente. Sobreviveu ao Cavallazzi, ao Fontana, ao Mescolotto e ao Lorezetti. Eta banco valente. Que achas Cesar?