terça-feira, 3 de julho de 2007

Terça

AGENDA SOCIAL PRESIDENCIAL
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A MOEDA VERDOLENGA
Ontem no começo da tarde encontrei, por acaso, o vereador Juarez Silveira, na rua Pe. Miguelinho, perto da Câmara de Vereadores. Conversamos um pouco, naturalmente sobre o caso em que ele é um dos personagens principais. O vereador Márcio de Souza (PT) estava junto.

Juarez não acredita que será cassado. Afima que terminará o mandato. E ameça contar coisas que sabe e que poderiam comprometer (ainda mais) o presidente da Santur e ex-presidente da Câmara de Vereadores, Marcílio Ávila. Ele seria, segundo Juarez, o grande manipulador, a serviço do colombiano Amashta (que construiu o Floripa Shopping).

Outra fonte de problemas, segundo o vereador, é a própria prefeitura, dividida em áreas controladas pelo deputado Djalma Berger (irmão do prefeito, que foi secretário de Obras), pelo próprio prefeito Dário Berger e por outros participantes do esquema.

Ontem, os relatores da comissão de ética da Câmara pediram a cassação dos mandatos dele e de Marcílio Ávila. Juarez ainda acha que consegue convencer os colegas e a opinião pública, de que se alguém tiver que ser cassado, que seja Ávila.

O problema é que, enquanto Marcílio Ávila tomava cuidado para não deixar impressões digitais (a proposta de cidadão florianopolitano para Amashta foi assinada por João da Bega) e falava cautelosamente ao telefone (embora não desgrude do aparelho), o Juarez, como sempre, falava pelos cotovelos.

Mesmo com o processo por descaminho (o tal “contrabando” de bebidas) extinto por causa do pequeno valor, nas rodas de conversa ele continua sendo identificado como o cara que foi preso com a camionete cheia de vinhos para o amigo Içuriti. “O Içuriti não tem nada com isso, ele é do bem”, preocupa-se Juarez.

É possível que a Câmara tome alguma decisão sobre o caso dos dois na sessão de hoje. Façam suas apostas.

TURISMO DE QUALIDADE

Enquanto LHS falava maravilhas sobre Santa Catarina em Veneza, atraindo o que ele chama de “turismo de qualidade”, a Organização Mundial do Turismo anunciava que em 2006 houve uma queda de 6,5% no número de visitantes estrangeiros no Brasil.

Santa Catarina é mesmo uma maravilha, mas fica no Brasil e só pode ser acessada por quem se disponha a enfrentar uma malha aérea que, segundo o presidente da Infraero, “foi pro espaço”. A bagunça brasileira do ar está entre os dois principais motivos dos turistas desistirem de vir. O outro, claro, é a violência urbana.

Ah, só pra confirmar que estamos mesmo na contramão: no mundo, o movimento de turistas aumentou 4,5% em 2006. Até os destinos africanos tiveram um aumento de 8,1%.

Bom, indiferente a isso, LHS e seu exército de prefeitos, empresários, dirigentes culturais e educacionais (reforçados por delegações de professores e estudantes universitários da Unisul e Unoeste) passou o dia doutrinando executivos da área do turismo sobre as tais “atrações de qualidade”, assinando convênios com cidades italianas e cantando empresários para investir aqui.

ESSE MAGENCO...
Falei aqui no final de semana sobre o Dr. Mário Gentil Costa e recebi várias mensagens de admiradores do Magenco, entre as quais esta, do ex-governador Esperidião Amin:
“Devo a ele a descoberta e o tratamento de edemas de cordas vocais com que o palheiro (queimando a temperatura inferior à do cigarro de papel, provoca fixação de resíduos de alcatrão nas ditas cordas) me presenteou.

Domingo, no velório do Dr. Roldão Consoni (figura igualmente extraordinária!), o Mário, que convive com câncer de pulmão há uns 10 anos, ENTRE UM CIGARRO E OUTRO (nunca deixou de fumar!!!), anunciou que estaria compilando 100 Razões para Fumar!”
O TEMPORA, O MORES!
Nos momentos graves, onde e quando as palavras parecem vazias, sempre se pode apelar para o latim. Não ajuda em nada, mas serve como uma espécie de consolo masoquista saber que, séculos atrás, já havia corrupção, senadores imorais, imperadores devassos e juízes venais.

E, então como agora, aos indignados nada mais resta, a não ser gastar seu latim. Falar, xingar e lamentar. Com a dolorosa certeza que, nas eleições do ano que vem, vários daqueles que achamos indignos serão eleitos. E dali a dois anos, de novo. E, mesmo entre os que parecem corretos, sempre pode ocorrer que, depois da posse, a criatura se revele um pulha e nos decepcione.

Um comentário:

Anônimo disse...

VALENTE, O DÃO, QUE DECERTO GOSTA MUITO DE MIM E POR ISSO EXAGERA MEUS MÉRITOS PROFISSIONAIS, ESTÁ SEMPRE PEGANDO NO MEU POR CAUSA DO CIGARRO. MAS EU NÃO FUMO TANTO ASSIM. DE RESTO, SOU ADEPTO DA IDÉIA GENÉRICA DE, DEPENDENDO DA DOSE, TUDO FAZ MAL, INCLUSIVE A CERVEJINHA REDONDINHA. E CONTRA ESSA, NINGUÉM PROTESTA. ABRAÇOS. MaGenCo