sábado, 18 de fevereiro de 2006

SÁBADO E DOMINGO

COMEÇOU A FOLIA
O bloco Berbigão do Boca, que saiu ontem, marca o início do Carnaval. Mesmo que aqueles mais cri-cris insistam em trabalhar durante a próxima semana, as coisas só vão andar, acontecer ou deixar de acontecer lá pelo dia 6 de março. Até lá cabe a cada um encontrar a justificativa pra se atirar nas cordas e aproveitar o que ainda resta de nossa principal festa pagã.

Eu começo dizendo que, como tive que prestar atenção no Berbigão, ontem, não tive muito tempo de escrever e aí a solução foi colocar essa bela foto do Rubens Flores bem grande, pra gente poder, entre outras coisas, apreciar o contagiante sorriso da rainha Bianca Elaine da Silva e, atrás dela, a gargalhada inconfundível da lendária Tide, uma espécie de rainha-mãe.

ATRASAR OU ADIANTAR?
Hoje termina o horário de verão. E sempre que ele começa ou acaba a dúvida mais freqüente é se a gente tem que atrasar ou adiantar o relógio.

Hoje à noite ou amanhã de manhã (não, não precisa ficar acordado pra mudar a hora à meia-noite) tem que ATRASAR o relógio.

Quem tem computador desses mais novos, já deve ter levado um susto há alguns dias, porque o relógio mudou a hora automaticamente. É que a máquina é burra, acha que horário de verão começa e termina todo ano na mesma data, como em tantos outros países: só que aqui no Brasil a gente todo ano tem um pretexto pra mudar a data do início e/ou do final. Não tem computador que consiga acompanhar tanta criatividade.

PARENTE COMPETENTE

E os desembargadores que resolveram peitar o Conselho de Justiça e manter a parentada no emprego, hem? Levaram uma traulitada do Supremo Tribunal Federal que devem estar até agora com o ouvido azuniando.

Vamos ver quanto tempo leva pra encontrarem um desvio ou uma portinhola que permita novamente agasalhar os parentes (“mas só os competentes”) nas tetas do dinheiro público.

O AMOR É LINDO...
O prefeito de Florianópolis, Dário Berger (e), abraça carinhosamente o emocionado prefeito de São José, Fernando Elias (d), na solenidade de assinatura da ordem de serviço para a construção do viaduto da Av. Ivo Silveira, quase no limite dos dois municípios.
Jamais saberemos com certeza o significado exato desse gesto dos dois prefeitos porque, em política, às vezes, a mão que afaga é a mesma que apedreja. E vice-versa.

VIOLÊNCIA POLICIAL
A Polícia Militar prendeu, anteontem, no fervo das manifestações do passe livre, o fotógrafo Cláudio Silva. Espancou-o e reteve seu equipamento. E também danificou, a força de cassetete, o equipamento do fotógrafo Glaicon Covre, ambos do DC.

Pra se livrar da ação arbitrária, violenta e injustificada, a Polícia submeteu o Sarará ao bafômetro (como se fosse uma infração de trânsito) e divulgou que ele tinha tomado umas e outras. Como resultado, o DC o demitiu sumariamente, livrando-se do “incômodo”.

Ontem, já desempregado, o fotógrafo ainda tinha, no corpo, as marcas da brutalidade que sofreu no dia anterior. Como se o fato de alguém ter bebido fosse justificativa para enchê-lo de porrada. Ainda mais porque primeiro desceram o cacete e depois foram buscar uma saída e, pra azar do Sarará, encontraram uma forma rasteira que lhe custou o emprego.

Como disse ontem, antes de saber da história do bafômetro: não adianta querer transformar a vítima em réu, atos como os de anteontem mancham a corporação e o governo como um todo.

Espero que os colegas jornalistas não embarquem na história de que um fotógrafo bêbado machucou-se atirando-se contra os cassetetes e os punhos dos policiais. Amanhã pode acontecer com qualquer um de nós.

VIVA O MÁRIO MEDAGLIA, ABAIXO O AVAÍ!
Dia desses o pessoal do Avaí expulsou de campo e proibiu de trabalhar um dos mais antigos e respeitados repórteres e editores de esportes do Sul do País: o grande Mário Medaglia. De nada adiantou ele ter carteira da Associação de Cronistas Esportivos, ter a cara mais conhecida do ramo (participa de um programa na televisão) e estar em atividade em Florianópolis desde a década de 70. Agora, até que peçam desculpas publicamente ao Mário, vou encher o saco do Avaí toda semana.

Um comentário:

Anônimo disse...

Bom, um viaduto é sempre uma má notícia. Por duas razões. 1. Quanto mais viadutos mais carros, e quanto mais carros mais viadutos - e nós já sabemos aonde isto vai dar. 2. Investimento em asfalto é desinvestimento em transportes públicos (não confundir com coletivos). Uma terceira razão é que viadutos tornam a paisagem horrenda, mas deixa para lá. Em dez anos, a deixarmos construirem mais viadutos (solução rápida mas pouco inteligente), Fpolis estará irreconhecível para a pior. Um abraço a fugir dos carros.