Ontem foi um dia lindo para o LHS e para o Lula. Estremecidos por rusgas de amor, mantiveram-se distantes, sofrendo em silêncio por muitos meses e ontem, finalmente, se reaproximaram, trocaram palavras, olhares e até algumas lágrimas furtivas.
LHS disse que estava satisfeito, que era o primeiro passo de uma longa caminhada e até ousou um pouco, acrescentando uma informação mais picante, um detalhe da intimidade do casal que demonstra que as coisas estão melhorando: “houve pela primeira vez um esboço de reforma tributária”, disse LHS, sem conseguir ocultar um sorriso maroto.
E daí, já de mãos dadas, conversaram sobre precatórios, isenção de PIS/Cofins para a Casan e até, quem diria, os recursos do Fundeb.
O grande momento da reunião foi quando, ao posar para a foto oficial (acima), que consagraria o triunfo de Lula, o grande, sobre o exército brancaleone de governadores, o irmão do Adelmo ficou ao lado do LHS. Como se pode ver no detalhe, o ministro e genro, tal e qual boa alcoviteira, “fez a cabeça” do governador, na certa relatando como o afastamento dele estava fazendo mal para o ânimo do Lula.
Parece que a coisa funcionou, porque depois da reunião o LHS era outra pessoa e o Lula, então, era só alegria. Ainda bem que se entenderam, né?
VEREADORES
Pois foi só comentar ontem, aqui, sobre a fanfarronice de um empresário, que dizia que tinha vereadores na manga (no bolso) e minha caixa postal ficou cheia de mensagens. Alguns tinham outras histórias, outros queriam só dar força para que se continuasse a falar no assunto e teve até coisas bem interessantes que vão merecer um exame mais detalhado, com calma.
Uma das mensagens mais legais foi do Alfred Biermann, conhecido e respeitado arquiteto que vive em Florianópolis. Ele escreveu para lembrar que em 2002 tinha publicado um livro falando dessas e de outras bandalheiras.
O livro, cujo título é “Pêssego Gay/ Architectusaurus Erectus” está disponível para “download” (em pdf) no site www.biermann.com.br e foi escrito por ele e pelo Nestor Pinto Madeira (Obs: o site funciona melhor com o MS Explorer, com o Firefox ele reina um pouco).
Já ouvi falar do livro, mas nunca tinha tido a oportunidade de “folheá-lo” e ontem deliciei-me devorando-o. É escrito como se fosse uma troca de e-mails entre os dois autores (vai ver que até foi ou começou assim).
Biermann nasceu na Alemanha, formou-se em arquitetura em Porto Alegre e está em Florianópolis há algumas décadas. Nestor nasceu no Rio Grande do Sul e é sócio de um centro de terapias ocupacionais em Sydney, Austrália. E falam sobre uma grande variedade de assuntos, naturalmente tendo como centro o exercício da arquitetura e a vida nas cidades. Um outro livro, no mesmo estilo, tem como título “A Indústria da Corrupção Civil”. Os dois podem ser baixados e lidos naquele endereço.
ZONA
Biermann explica que a “mudança pontual de zoneamento”, que é o nom oficial da bandalheira, “é praticada rotineiramente nas Câmaras de Vereadores das grandes e médias cidades brasileiras, Florianópolis não foge à regra”.
Diz ele que, em termos de lucro, nada se compara aos resultados de uma mudança de zoneamento. Um terreno comprado em área com um índice de aproveitamento 1, por exemplo, a R$ 300,00 o metro quadrado, muda de valor quando a Câmara decide que naquela zona o índice de aproveitamento passa a ser 1,3 com gabarito de quatro pavimentos: valoriza 30%, passa a valer R$ 450,00 o metro quadrado.
E assim por diante, gerando ataques incontidos de generosidade nos empresários, que saem dando presentes, beijos e abraços para os ínclitos edis.
Quem resolve a pobreza é o capitalismo, não os burocratas do G20 com as
garras no Estado.
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O sistema capitalista se mostrou o mais eficiente na criação de riqueza,
desmistificando a ideia de que economia é um jogo de soma zero. Alan Ghani
para ...
Há 4 horas
2 comentários:
César, já que vc pegou a conversa de orelhada e não te pediram p/ preservar a fonte, bem que vc poderia dizer pelo menos quem é o corruptor (empresário), porque desse voce ouviu, ninguem te contou.Aguardo ansioso.
Pois é, já pensei nisso. Mas achei melhor, por enquanto, não citar nome nenhum.
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