quinta-feira, 22 de março de 2007

Quinta

OUTRA EDIÇÃO ESPECIAL
EM HOMENAGEM À SEMANA DE FLORIANÓPOLIS

OS AUTORES!
Me informa o grande guru da manezice ilhoa, o baluarte da maneziologia, Chico Amante, que aquele teste que publiquei ontem foi criado pelo Roney Prazeres e pelo Wilson Pires. “Ambos funcionários da Caixa Econômica Federal e autênticos Manezinhos da Ilha, como nós”, disse o Chico.

O Chico chegou a publicar o teste no jornal A Fonte, no ano passado. E o Carlos Damião também mandou dizer que sabia que a coisa tinha começado com o Roney e mais alguém. Agora tá esclarecida a autoria. O que publiquei ontem deve estar um pouco diferente do original, porque mané que é mané cada vez que conta um conto aumenta (ou diminui) um ponto.

O QUE VAI PELO MUNDO
Estava com remorso de ficar só falando do passado, mostrando fotos e jogando conversa fora, com tanta coisa acontecendo em Santa Catarina, no Brasil e no mundo. Até dei uma olhada pela janela. Mas aí vi uma gritaçada no PMDB por causa da roupa suja que o Dejandir resolveu lavar, o Lula fazendo trocadilho com o nome do Putin e o LHS inventando moda. Chega. É melhor abrir o álbum de fotos e comemorar as boas lembranças da nossa cidade.

[Para ampliar as fotos é só clicar sobre elas]

O centro e os antigos monumentos, como a igreja de São Francisco, a Figueira e a Alfândega, submergem num mar de pouco caso, de falta de inteligência cultural e urbanística. A mediocridade está soterrando a cidade dos nossos sonhos.
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Instituto Palhares de Lembranças Safadinhas
para Avivar a Memória dos Velhinhos Taradinhos apresenta:


“Estavas linda, de sainha plissada!”

Só quem já ficou, um dia, parado na Felipe Schmidt, encostado na parede, perto de algum fusca com aquelas calotas redondas cromadas, vai saber do que estou falando. Porque houve um tempo, no século passado, em que a Felipe Schmidt era uma rua como qualquer outra, onde os carros passavam e estacionavam. E tinha calçadas, como tantas ruas. E, aí é que está a maravilha, por essas calçadas passavam alunas do colégio Coração de Jesus, com suas saias plissadas. Não sei qual foi o tarado que descobriu, mas as calotas dos fuscas refletiam muito bem. Eram bem cromadas e muitos dos donos mantinham os carros bem limpos. E vários deles estacionavam ao longo das calçadas da Felipe Schmidt.

Nos dias de vento sul nem precisava das calotas. A Felipe Schmidt foi cientificamente construída de tal maneira que o vento sul encana, rebate nas construções dos dois lados e forma uma corrente ascendente. Não há saia que resista. Muito menos saias plissadas. E as meninas tinham que segurar a pasta e tentar manter as saias no lugar, usando apenas duas mãos. Isso quando o vento não desmanchava os cabelos e o dilema aumentava: segurar a saia ou o cabelo?

Nos dias de vento nordeste ou de pouco vento, as calotas dos fuscas funcionavam direitinho. Ficava aquela fila de garotões encostados nas paredes da papelaria Recorde, ou de qualquer outra, mais adiante (o que é que era mesmo ali onde hoje é a Kilar?), até a Az de Ouro. O terminal de ônibus era no Largo Fagundes (ao lado de onde hoje é a Americanas). E elas tinham que ir pela Felipe Schmidt até ali.

Outro sucesso, mais ou menos nessa época, eram os DKW Vemag. Bons carros, com motor de dois tempos, abriam as portas da frente pela frente. Dá para entender melhor olhando a foto abaixo. Pois bem, tinha malandro que ficava de olho quando passava um DKW desses dirigido por uma mulher. Assim que ela parasse, num posto de gasolina ou em outro lugar e precisasse sair do carro, se estivesse de saia ou vestido certamente daria um showzinho. Não tinha como sair do carro, com a porta abrindo desse jeito, sem mostrar as pernas. Veja bem, estamos no final da década de 60, época em que um joelho aparecendo ainda tinha seu valor. Acho que a fábrica percebeu a que estava expondo suas clientes e logo mudou a abertura das portas. Aí o carro perdeu a graça.

E já que estamos nesses assuntos profanos, vamos adiante. Motel é coisa recente. O Meiembipe só abriu em abril de 1974 (lembram?). Antes disso, cada um se virava como podia. Um dos melhores lugares para estacionar o fusca (todo mundo tinha fusca naquela época, aliás, só tinha fusca, naquela época) era ali onde hoje é o Jurerê Internacional. Da estradinha deserta que levava ao forte saíam, em direção ao mar, inúmeras “picadas” abertas na vegetação litorânea cerrada. Privacidade, contato com a natureza, a lua e o barulho do mar. Queres mais?

Até que começaram a aparecer mortos degolados nuns matinhos perto da Universidade e a gente percebeu que o paraíso estava terminando. E que essa Florianópolis das saias plissadas, das calotas de fusca e das praias desertas tinha acabado.

4 comentários:

Anônimo disse...

O Djandir ja fez a lista dos que estao enriquecendo muito rapidamente no Governo.

Passa diretamente por Diretores de Estatais que nao escondem suas riquesas.

Compraram casas novas nos bairros mais valorizados, junto com carros importados e equipamentos nauticos (afinal moramos numa ilha).

A publicacao da lista eh uma obrigacao do Djandir apos a bombastica entrevista. Caso contrario sou obrigagado a crer que trata-se de mais um caso de esclerose mental provocada pelo tempo que nao ocupa cargo publico.

Alias, sobre esse assunto um carginho de Diretor numa dessas "escs" para um de seus filhos, teria resolvido o problema.

Luiz Henrique nao quis nomea-lo ( o filho ) pois o Djanda nao participou da campanha eleitoral, nem da primeira e muito menos da segunda.

Os escandalos se repetem: Bolshoi, Cafetina de Joinville, Aldinho Compex Neto e mais esse do ex presidente do PMDB dizendo que ha membros do Governo enriquecendo rapidamente. Isto esta me fazendo crer que existe ambiente para uma CPI da moralidade publica.

Nisso o Vieirao faz falta la na Assembleia.

Anônimo disse...

Calota reveladora? Porta reveladora? Santo deus, que dureza! E os dinossauros, em que parte da ilha moravam os dinossauros? Abs.

Anônimo disse...

E aquele presidente de estatal que comprou um terrenaço na lagoa, e logo depois construiu a mansao!Antes de 2003 era um falido, e coincidentemente depois de 2003 ficou rico, e muito burro, virou pavão.

Anônimo disse...

Esse Presidente de Estatal frequentador dos bons bares da cidade e sempre com boas bebidas ( os vinhos entao? sao de prima! ) soh paga as contas com dinheiro vivo. Cartao de credito nem pensar. Isso eh sinal de que? Todo muito sabe que pagar conta com dinheiro vivo eh um procedimento usado pelos narcotraficantes. Os corruptos tb usam desse artificio.

Abs.


Pedro de Souza