Neste feriado em que se comemora um dos aniversários de Florianópolis, tenho que fazer um certo esforço para não pensar, nem falar, nas coisas que andam me incomodando muito nesta nossa capital. Não fica bem, numa festa, a gente ficar apontando o dedo e reclamando. Mas não resisto.
Não temos os vereadores que gostaríamos de ter. Os que aí estão não parecem muito preocupados em estudar, em conhecer os problemas, em discutir soluções. Agem com rapidez para alterar o Plano Diretor aqui e ali, conforme interesses claros, explícitos e públicos, mas nem sempre lícitos.
Só que a gente não quer saber dos partidos, tem nojo de políticos, quer distância dessa raça. E leva um susto quando, às vésperas da eleição, aparecem aqueles nomes manjados como candidatos. A eleição do ano que vem, para renovar a Câmara de Vereadores e a prefeitura, já começou a ser decidida. Daqui a pouco já se saberá, nos partidos, quem serão os candidatos. E a gente, mais por fora que o Lula.
No ano que vem teremos os candidatos de sempre. Serão eleitos os de sempre, com os esquemas de sempre. A única coisa que nunca mais será a mesma, será a nossa cidade. Coitada.
Quando chega esta época, o maravilhoso outono ilhéu, Florianópolis veste sua melhor roupagem. Temperaturas amenas, paisagem límpida, entardeceres de cinema, amanheceres espetaculares, cores e luzes inacreditáveis.
Como dizem por aí, no dia do aniversário acaba o inferno astral e inicia um período de bons ventos. Com a capital acontece isto. Descabelada, desarrumada, atrapalhada por causa do verão e da quantidade cada vez maior de visitas, Florianópolis transforma-se, depois do aniversário.
E até maio parece outra cidade, daquelas que obriga a gente a andar sempre com uma máquina fotográfica, porque cada momento é de uma beleza única, cada recanto tem uma luminosidade especial e não dá pra confiar apenas na memória.
Mesmo porque, daqui a algum tempo, pode ser que tudo seja muito diferente e precisemos mostrar pros nossos netos e bisnetos que o vô não tá louco: esta era mesmo a terra de sol e mar, era, de verdade, a terra dos ocasos raros.
E no outono, depois de fazer aniversário, transforma-se numa cidade irresistível. E se alguém anda meio triste com o que estão fazendo com a cidade, aproveite esta época para alegrar-se e espairecer um pouco.
Quem resolve a pobreza é o capitalismo, não os burocratas do G20 com as
garras no Estado.
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O sistema capitalista se mostrou o mais eficiente na criação de riqueza,
desmistificando a ideia de que economia é um jogo de soma zero. Alan Ghani
para ...
Há 3 horas
3 comentários:
Parabéns Florianópolis,
Cidade onde nascemos e vivemos, ou para onde viemos e aprendemos amar.
Não vamos permitir que nossa cidade deixe de ser um bom lugar para se viver.
Vamos salvar Floripa, ainda há tempo.
Vamos nos conscientizar, vamos preservar, vamos respeitar, vamos defender e vamos votar bem.
Para Florianópolis e para todos nós, tudo de bom.
Salve 23 de março.
Florianópolis, Um paraíso no Atlântico Sul.
Rancho de Amor à Ilha
Um pedacinho de terra
Perdido no mar!...
Num pedacinho de terra,
Belezas sem par!...
Jamais a natureza
Reuniu tanta beleza
Jamais algum poeta
Teve tanto, pra cantar!...
Num pedacinho de terra
Belezas sem par!
Ilha da moça faceira
Da velha rendeira tradicional
Ilha da velha figueira
Onde em tarde fagueira
Vou ler meu jornal
Tua lagoa formosa
Ternura de rosa
Poema ao luar
Cristal onde a lua vaidosa
Sestrosa, dengosa
Vem se espelhar.
Zininho
"Ilha em transe
Com novos shoppings, cafés, lounges e lugares que abrem o ano todo, Floripa pede passagem
Fica triste não, Floripa! Quem é tri jamais perde a majestade! A tricampeã dos últimos anos volta a ficar atrás do Rio, como em 2001 e 2002. A dobradinha Rio-Floripa, ou Floripa-Rio, que monopoliza o pódio dos seis anos do Prêmio VT, evidencia: o leitor prefere cidades que combinem atrativos naturais cercados por muito mar. Mesmo não tendo encabeçado nenhum quesito, Floripa teve ótimas notas em "beleza" (4,87) e "atrações" (4,59). Para quem está de férias, a ilha proporciona tudo o que se quer: lagoas, trilhas, passeios de barco, ondas, dunas, azaração. Enfim, um destino perfeito.
Difícil encontrar quem não se renda às belezas desse pedacinho de terra, de belezas sem par, como escreveu o poeta popular Zininho. Gaúchos e paulistas já se apaixonaram (e muitos para lá se mudaram) faz tempo. Agora chegou a vez de outros gringos, que não os hermanos, colocarem Floripa nos seus roteiros. Numa reportagem recente para o jornal britânico The Guardian, a ilha é comparada ao Havaí - sem vulcão. Exageros à parte, não há quem não se impressione com a paisagem que se descortina ao longo da descida do sinuoso morro da Lagoa da Conceição para depois, lá embaixo, curtir suas múltiplas possibilidades. Já a revista Newsweek elegeu Floripa como uma das dez cidades mais promissoras e dinâmicas do mundo. Seria outro exagero? A julgar pela forma como a ilha vem crescendo nos últimos anos, eu não duvidaria. Houve um verdadeiro boom imobiliário, e obras viárias duplicaram vias, criaram elevados e até um túnel em direção ao aeroporto surgiu há alguns anos. Aliás, prepare o humor neste verão quando for pegar a estrada para o norte da ilha e a Lagoa. As obras de um novo elevado estão em andamento e prometem um trânsito (ainda) mais lento. No campo social, a população de Florianópolis triplicou de 1970 a 2004, o que também fez aumentar o número de favelas. Mas mesmo que a ilha não seja mais tão pacata, ela continua razoavelmente segura, o que corresponde à percepção do leitor, que cravou em "segurança" a nota 4,16, abaixo apenas de Gramado e Curitiba."
http://viajeaqui.abril.com.br/vt/edicoes/134/brasil/conteudo_194179.shtml
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