TERÇA

O presidente da República e o governador que vocês elegeram tomaram posse ontem e agora cabe-nos acompanhar, de novo, seus passos. Não que adiante muito. Afinal, está mais que provado que o eleitor não dá muita bola para o que os jornais e revistas publicam, nem acreditam quando a gente diz que um pisou na bola ou que o outro escorregou no tomate.
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COITADINHO DO (E)LEITOR
O leitor ou a leitora que quiser se informar lendo as colunas políticas terá grandes dificuldades. Por obrigação profissional leio, todos os dias, a maioria das colunas e acho que cada vez entendo menos o que está acontecendo.

Por exemplo: num dia a gente lê que o LHS não quer saber dos irmãos Berger. Quer distância e tem medo que eles misturem o público com o privado. No outro, que tá tudo bem entre o governador e o prefeito de Florianópolis. LHS até passou o reveióm na capital, de mãos dadas com os dois irmãos e seu fiel escudeiro, o deputado eleito Marcos Vieira.

E, no mesmo dia, também se lê que os Berger estão mandando recados ao LHS, dizendo que poderão virar socialistas e aliar-se ao Sontag no PSB. O partido “coração de mãe”, que aceita qualquer um.
A verdade é que tudo isso ainda faz parte da luta por cargos e espaço no governo. E usam os colunistas para passar recados, mensagens, ameaças e agrados. A união política da Casvig com a EBV sob o manto do socialismo, em todo caso, parece piada.

TRANSPARÊNCIA?
Tanto o prefeito da capital quanto o governador LHS terminaram 2006 prometendo conversar mais com os jornalistas. Embora a gente saiba que nesses encontros marcados e periódicos com a imprensa nem sempre se fale sobre o que realmente interessa, é bom que os agentes políticos lembrem-se que é sua obrigação constitucional manter-nos informados e agir sempre à luz do dia, fugindo das sombras nocivas do segredo e da dissimulação.

E se espera que, além dos encontros prometidos, também preparem seus assessores para respostas prontas, ágeis e esclarecedoras às questões que forem encaminhadas no dia-a-dia. E, principalmente, que tanto LHS quando Dário e seus amigos, colaboradores e fãs entendam que à imprensa cabe um papel crítico, que nem sempre agrada àqueles que estão acostumados a uma permanente louvação.

O inimigo não é aquele que diz que o rei está nu. Os piores são aqueles que dizem que o rei está maravilhosamente vestido e que a bunda de fora do rei é só “intriga da oposição”.

O MEU EU QUERO EM $$$

O Banco do Brasil ostenta hoje, em 300 agências (entre as quais as de Florianópolis e Joinville), placas na fachada com um “novo” nome do banco: Banco do João, Banco da Maria, Banco do Antônio, etc. A idéia é da agência de publicidade que atende o Banco, que quer marcar a adoção do novo slogan: “Banco do Brasil, todo seu”.

Grande bobagem, essa dos bancos quererem nos agradar dizendo que a gente é o dono deles: se é meu, quero dividendos, quero minha parte no lucro estratosférico do banco, quero poder negociar minhas ações. E parem de me cobrar taxas e juros absurdos. Todo meu... pois sim!

A página da “Sol”, modificada no sábado (acima) tinha sido alterada em novembro (abaixo) pela mesma turma

UMA FRAGILIDADE RECORRENTE NO CIASC

Craquearam de novo a página de internet da Secretaria da Cultura, Esporte e Turismo. Hospedada e desenvolvida pelo Ciasc, a página parece ser fácil de ser modificada. Os pivetes que fizeram o “serviço” colocaram uma imagem e um texto para se “identificar”. Os mesmos moleques alteraram, no sábado, pra começar o ano, os sites www.akiembertioga.com.br; fontedeluz.net e icb-sp.org.br. Na sexta, tinham colocado um produto fictício no shopping UOL. Pelo sotaque, a turminha é de São Paulo.

Esta foi, pelo menos, a segunda vez que os mesmos caras bagunçam o site da Secretaria (que continua, estranhamente, sendo chamada de “Sol”, embora não seja mais de organização do lazer). A outra vez foi em novembro. A falha, naturalmente, não foi corrigida, o que mantém a página vulnerável para outras invasões.

Tanto naquela ocasião quanto nesta, a alteração foi feita em feriado do funcionalismo, o que garante que a modificação fique no ar bastante tempo. Afinal, ninguém vai sair da praia pra consertar uma página que nem tem tanta importância assim. E acho que, de leitor freqüente mesmo, só tem eu.