terça-feira, 15 de maio de 2007

Terça

Na foto acima, o tucano Pavan entrega a chave de ignição de uma das 36 SDR-Flex (foto abaixo) a um dos astronautas que será lançado ao espaço eleitoral, rumo a 2008. À esquerda, sorridente, o jovem Bornhausen, representante dos DEM e quase oculto, mas não menos satisfeito, o peemedebista, governador LHS.

O GOVERNO DECOLA
O Moacir Pereira, ao comentar sobre as Secretarias do Desenvolvimento Regional na sua coluna de ontem diz, a certa altura:
“A indicação dos novos regionais mostra, em vários casos de forma ostensiva, a transformação da secretaria em plataforma de lançamento de candidaturas a prefeito.”
Perfeito. É isto mesmo. Plataforma de lançamento de candidaturas. Como não pensei nisto antes? E aí saí a campo, para compensar o atraso. Depois de muito trabalho, descobri e publico, no pé desta nota, a foto da plataforma de lançamento a que o Moa se referiu.

E aí está explicada a demora. Imagina o trabalhão que deu construir 36 estruturas dessas, capazes de lançar astronautas nas alturas do espaço eleitoral? E, ainda mais, o veículo lançador precisa ser movido a três combustíveis diferentes (mas não muito): pmdblina, psdbtanol e gnvdem.

Não tinha mesmo como fazer o lançamento de tanto astronauta antes. É uma tarefa árdua, que ainda não terminou. Continua agora com a escolha dos mil e tantos sujeitos que vão girar as manivelas para que a coisa decole.

[Para abrir uma ampliação da foto é só clicar sobre ela]
AGÊNCIAS ESPACIAIS
O governador LHS, no seu discurso, passou várias recomendações aos novos secretários regionais. E deixou clara a posição hierárquica das SDRs:
“Dia desses, foi alardeado através da imprensa que Santa Catarina é campeã de Secretarias. Evidentemente o jornalista que produziu aquela matéria ainda está impregnado pelo velho padrão administrativo da centralização. As Secretarias Regionais não se podem comparar com as Secretarias Centrais, em número de pessoas e em estrutura. São, na verdade, Agências de Desenvolvimento Regional”.
Como bom professor, que sabe que as lições nem sempre são captadas da primeira vez, falou de novo o que tem dito sempre: “quero agilidade e transparência”. E repetiu o mantra doutrinário da valorização dos municípios. Da valorização, nos Conselhos Regionais, dos prefeitos.

LHS é um entusiasta da criação de novos municípios. Ele acredita que quanto mais municípios, melhor. Não parece achar importante, como tantos, o tamanho, atividade econômica ou número de habitantes para que se crie um município.

Há quem veja uma certa contradição entre esse entusiasmo municipalista e a multiplicação das tais agências de desenvolvimento. Na verdade, em ano pré-eleitoral, a turma fica com a vista meio enevoada e só vê o fato que agora, em cada município, tem duas plataformas de lançamento de candidaturas: a prefeitura e a tal “agência”, a SDR.

KENNEDY INSISTE
O deputado Kennedy Nunes enviou-me longa carta falando do seu projeto de lei que parcela o pagamento das multas de trânsito. Anexou até um arrazoado, preparado por seu advogado, com os fundamentos legais e uma porção de palavras difíceis. Tudo, imagino, para sugerir que eu mude minha opinião a respeito do projeto.

Temos pontos de vista opostos sobre o assunto. Ele acha que a multa não é assim tão importante e eu acho que é. Eu acho que a fiscalização é falha, que se multa pouco e que parcelar o pagamento da multa alivia a punição. Torna-a mais fácil de pagar. Ele acha que quem tem dinheiro não se importa com as multas e não liga para esse tipo de punição. Acabam ficando prejudicados só os mais pobres, que, às vezes, por causa de uma multa que não conseguem pagar, são obrigados a circular com o veículo irregular.

Até acho que entendo a intenção do Kennedy, mas mantenho minha opinião. Desculpe, mas não acredito que, depois de velho, ainda possa mudar de idéia sobre duas coisas que abomino desde jovem: anistia para impostos atrasados e parcelamento de multas.

OS CORRUPTORES
O ex-deputado Vieirão (PP) mantém um blog (www.vieirao.com.br) onde alfineta o governo, fazendo a mesma oposição que fazia quando tinha mandato. E expõe seus pontos de vista sobre a política no sentido amplo. No último post, ele comenta os dois lados da moeda da corrupção, a propósito daquela operação da Polícia Federal.

Enquanto a sociedade se manifesta contra os corruptos, os políticos que aceitaram favores em troca de ações e intermediações ilícitas, alguns setores da sociedade solidarizam-se com aqueles que, segundo as suspeitas da PF, são os corruptores.

E, segundo o Vieirão, esses empresários “não merecem a solidariedade dos homens de bem”. Devem ser tratados da mesma forma que os outros envolvidos, “sob pena de subverter a lei, o direito e a democracia”.

3 comentários:

Herondino disse...

César,

não sei se já tiveste a oportunidade de ler a coluna do nobre Cacau Menezes de hoje (15/05). Pois a primeira nota é uma cópia completa de uma que publicaste na terça passada (08/05) sobre o clipping do "Juju".

Ele copia literalmente alguns parágrafos da tua coluna, só tomando o "cuidado" de mudar o título da nota para "blog do juju". O pior é que ele diz que leu na internet e, por isso, deve se achar no direito de copiar a nota na íntegra.

Até o termo, pouco usual, "lé com lé e cré com cré" ele usou. Talvez o errado seja eu, mas penso que ele devia, no mínimo, citar a fonte. E não copiar simplesmente a nota, mas contar o mesmo fato com suas (dele) próprias palavras, citando a fonte.

Um abraço do leitor,

Marcelo Herondino Cardoso

Cesar Valente disse...

Obrigado pelo aviso, Marcelo!

Fui lá e, de fato, são trechos da nota do dia 8 de maio. Decerto alguém achou legal e passou para o Cacau, sem dizer de onde tirou. Já mandei um e-mail pra ele informando de que parte da Internet aquilo saiu.

Acho que ninguém leva muito a sério aquele aviso que tem lá no pé do meu blog: "Seja original, não copie".

Redação Plano E disse...

O curioso é que ele não deve ter acessado ao “blog do Juju”. Se tivesse feito isso, não perderia a chance de dar uma faturada, já que a maioria das notas clipadas pelo Alfred tem como fonte (creditada) o próprio Cacau.