O CASO TRIRRADIAL
Na coluna do final do semana disse que esperaria até segunda-feira por alguma explicação do presidente da Celesc e ex-governador Eduardo Moreira (ou dos seus advogados ou assessores) sobre o caso Trirradial.
Ontem, o Dr. Moreira foi a Brasília, a assessora de imprensa tirou a tarde de folga e só no final do dia, por vias transversas, recebi um recado que hoje, sem falta, os leitores do DIARINHO terão uma posição sobre o caso. Como é um caso antigo e a gente não tem pressa mesmo, é claro que a gente espera. O que é mais um dia, não é verdade?
Só que, para adiantar serviço, vou ficar conversando aqui com os meus leitores, enquanto a gente espera pra ouvir a versão do Dr. Moreira.
Todo mundo está sujeito a fazer parte de uma sociedade que não dá certo e acaba quebrando. É normal, quando uma empresa fecha dessa maneira, que sobrem pendências, dívidas e problemas a resolver. Parece que foi isso que aconteceu e é por isso que o nome do Dr. Eduardo Pinho Moreira aparece nos processos. Em princípio, uma situação relativamente comum.
Duas das ações, pelo menos (as de números 064.99.006478-0 e 064.99.006479-8), são do BESC contra a Trirradial (Dr. Moreira incluído). Se clicar sobre o número dos processos, abre-se uma janela com a página do TJSC. Mas, segundo levantamento feito por advogado que é leitor desta coluna, há vários outros processos contra a empresa em São José e em Florianópolis.
Além do BESC, o Unibanco, o Itaú, o Meridional e o Banco do Brasil também estão entre os proponentes das ações. Sem falar em outras empresas, de menor porte e fama.
O cidadão comum, se atrasa a prestação do trio estofado no Koerich, pode acabar no SPC e vai se incomodar de montão. Se por acaso um chequinho-pré bate na conta justamente naquela hora da maré baixa, o gerente devolve sem dó nem piedade. E novamente haja saco pra enfrentar os problemas e a burocracia. Fica-se com “o nome sujo na praça”.
Será que essas dezenas de pendências não causam algum tipo de problema prático, na hora de assumir uma função de agente público (como a de governador) ou de presidente de estatal com ações na Bolsa de Valores?
Esta e outras dúvidas a gente (os leitores e eu) gostaríamos de esclarecer. E, ao que tudo indica, o Dr. Moreira, que hoje está de volta a Florianópolis, fará a gentileza de explicar, mostrando-nos, de tudo isso, o que é real e o que já é lenda urbana.
O Tribunal de Justiça de Santa Catarina tem ferramentas que facilitam a pesquisa sobre andamento de processos (acima e aqui). E permitem ao contribuinte bisbilhotar a vida das figuras públicas. O fato de ser citado num processo, a rigor, pode não significar nada. O autor da ação pode estar errado. Por isso, enquanto não sai a decisão final, não temos o direito de supor nada. Mas seria legal se, enquanto esperamos a sentença, que alguém nos explicasse do que se trata, né?
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MEMÓRIA DA IMPRENSA
Abre hoje, no Shopping Neumarkt (em Blumenau), a exposição itinerante “Memória da Imprensa Catarinense – fase 1”. A solenidade, às 19h, terá um bate-papo com o presidente da Associação Catarinense de Imprensa, jornalista Moacir Pereira.
A mostra fica em Blumenau até o dia 26 de fevereiro, aberta nas horas em que o shopping está aberto (das 10h às 22h). Além e acima de tudo, a exposição pode perfeitamente servir de pretexto para uma visita ao Botequim Colonial 69, do Horácio Braun, que fica no mesmo shopping.
Pretendo ir à abertura para perguntar, à diretoria da Associação, por que Itajaí ainda não recebeu a tal exposição itinerante, que já esteve em Florianópolis, Laguna, Criciúma, Tubarão, Joinville, Balneário Camboriú e agora, depois de Blumenau, vai pra Jaraguá do Sul e Brusque. Espero receber a resposta que estou mal informado e que depois de Brusque será a vez de Itajaí.
Entre as atrações da mostra, estão expostas fotos das capas do primeiro número de cada jornal catarinense e do número que circulou no dia 1º de janeiro de 2006 – ano em que se comemorou o bicentenário do fundador da Imprensa Catarinense, Jerônimo Coelho. Também integram o acervo um breve histórico do jornal e um mapa de Santa Catarina localizando o município sede do jornal. O DIARINHO, é claro, tá lá, lindão, livre, leve e solto.
TERMINOU O RECREIO
Os deputados voltam hoje oficialmente ao trabalho. Será realizada, à tarde, a primeira sessão ordinária. E logo depois, o deputado Joares Ponticelli (PP) toma posse como presidente da Escola do Legislativo. A Escola tem seis anos e era presidida pelo ex-deputado Celestino Secco, que fez um trabalho elogiado por gente de vários partidos.
Bom, mas como político é movido a campanhas e eleições (e graças a Deus temos eleições a cada dois anos), não existe ano não eleitoral. Existe ano eleitoral e ano pré-eleitoral. No pré-eleitoral, os partidos se organizam, fazem convenções e definem que serão seus candidatos e nos anos eleitorais, os candidatos saem em campanha.
Portanto, os deputados que começam a trabalhar hoje, já se consideram em ano pré-eleitoral e estão de olho no ano eleitoral e nas prefeituras e câmaras de vereadores das suas bases eleitorais. Começou a campanha municipal.
DÁRIO DÁ DE RÉ
Aquele absurdo da limitação de uso do passe escolar foi revogado pelo prefeito. Ele disse que não sabia e que, quando viu, a cagada estava feita. Há quem duvide disso. Mas pelo menos ele engatou a ré corretamente.
Aquilo não tinha sentido. Se desconfia de mau uso do passe, suspende o passe ou usa a cabeça pra evitar a fraude. Prejudicar a todos é coisa de gente malandra e burra.
2 comentários:
Se o cara não foi condenado ainda, em decisão definitiva, não pode ser impedido de continuar a ser cidadão, inclusive como vice-governador, diretor, presidente, disso ou daquilo.
Cesar e Caro anonimo,
Em processo de dividas, qdo o credito a receber eh liquido e certo, como nesse caso, ( Banco emprestou o dinheiro e espera receber com os juros contratados) nao se espera condenacao. Nao ha condenacao. Se espera que o devedor pague o debito ou que o seu patrimonio honre esse credito. Esse eh o caso.
Em casos assim, o Dr Eduardo Pinho Moreira - que tem outros processos, inclusive de compras de imoveis, responde pela totalidade da divida.
Apos o pagamento ao Besc, se ele tivesse feito, entraria com uma acao contra os outros avalistas, para que honrassem com seus patrimonios o que ele havia pago ao Banco.
Isso se chama direito de regresso.
Me perdoe meu Caro Jornalista Cesar Valente, nao ha decisao final em processos como esse.
O Dr Moreira assinou o Contrato com a sua esposa e deu aval na Nota Promissoria.
Se quiser discutir valor e outras questoes deveria de pronto ter depositado judicialmente o valor do contrato e os juros que sao devidos e reconhecidos por, Dr Moreira.
Na verdade ele nao pagou, com outros tb nao pagaram ao longo da vida do Banco, esperando no futuro uma melhor oportunidade para salda-la. Assim sempre foi feito e tambem por isso o Banco quebrou e teve que ser Federalizado.
Abs
Pedro de Souza
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