sexta-feira, 2 de fevereiro de 2007

Sexta

A Assembléia, reformada, recebeu ontem milhares de
visitantes e puxa-sacos


MISSÃO IMPOSSÍVEL
Os deputados de oposição, na Assembléia Legislativa de Santa Catarina, são 13. Os outros 27 são governistas. O governo tem dois terços dos votos e isto torna a vida da oposição especialmente difícil, em qualquer votação importante.

O líder do PP, Kennedy Nunes, estreando como deputado, diz que eles serão “13 sentinelas” que poderão, nas emergências, “movimentar três milhões de eleitores”. Além do “jus sperniandi” (o direito de espernear, que parece ser uma das poucas armas que restam para a bancada de oposição), Kennedy diz que se o governo vier com maracutaias, querendo aprovar qualquer coisa, eles vão acionar o Ministério Público, a Justiça e o Bispo, para denunciar o rolo compressor.

A verdade é que a maioria do governo é tão confortável que não vai precisar da oposição pra nada. Desde, é claro, que os 27 continuem fiéis e rezando pela cartilha do 15.

UNANIMIDADE
O deputado Júlio Garcia foi reeleito presidente da Assembléia Legislativa por unanimidade. Tinha sido eleito, há dois anos, também por unanimidade. É um fenômeno, esse moço. E só esperamos que a mesa diretora, que parece um saco de gatos (tem gente de todos os partidos), não se comporte como gatos em um saco.

Afinal, o parlamento catarinense tem um nome a zelar e o eleitor merece que seus representante se comportem à altura das melhores expectativas.

SALÁRIOS E DÍVIDAS
O Pedro de Souza, leitor da coluna, é advogado e fez uma defesa da remuneração dos juízes, a propósito do meu comentário de ontem e aproveita para jogar lenha numa outra fogueira. Diz ele:
“Pior que o aumento dos salários dos magistrados (mesmo porque juiz tem que ganhar bem), é o Eduardo Pinho Moreira ganhar do Estado salário de quase R$ 50 mil por mês. Somando a pensão vitalícia que recebe por ter governado oito meses o estado (R$ 22.000,00, maior que salário de juiz) e os proventos de Presidente da Celesc, é dinheiro suficiente para poder pagar o papagaio que ele fez no BESC e foi transferido para a rubrica de créditos duvidosos. A Celesc é uma empresa do Estado, e portanto o salário do Presidente é pago com recursos do Estado. Isso sim é salário de marajá, não o dos Juízes”.
No ano passado, quando o Dr. Moreira ainda estava governador, cheguei a perguntar a assessores dele, sobre essa história da dívida com o BESC, que volta e meia aparece. Ninguém sabia direito do que se tratava e disseram que, se teve alguma coisa, já deve ter sido paga e resolvida. Mas virou uma espécie de lenda urbana. Em Florianópolis muita gente acredita que o Dr. Moreira tenha mesmo dado o calote no BESC anos atrás. Seria bom, uma hora dessas, alguém explicar direito e tentar desmanchar a boataria.

A deputada Manuela, gauchinha do PCdoB, foi eleita musa do Congresso.
O que teve de gente babando na gravata...


ADEUS BB – Enquanto o governo do estado ainda discute na Justiça o leilão das contas, a prefeitura de Florianópolis mudou de banco sem fazer marola (ué... não ia ter um leilão?). Até os contribuintes mais distraídos notaram quando receberam o carnê do IPTU com a marca nova. O Banco do Brasil perdeu mesmo a boquinha pro Bradesco. Que, ao que tudo indica, vai fazer barba, cabelo, careca e bigode em Santa Catarina.

São Lula, ao lado da presidente do STF, na abertura do ano do Judiciário.
(Molecagem sobre foto de Domingos Tadeu/PR – a foto foi modificada digitalmente)

9 comentários:

Anônimo disse...

Cesar,


O Papagaio do Besc que o Dr Eduardo Moreira nao pagou refere-se a uma sociedade que ele fazia parte com o Deputado Gervasio Silva e outros, na Revenda de Automoveis Trirradial. A Revenda quebrou e o papagaio nao foi pago. Agora, talvez! Com salario de 50 milhas ficou mais facil.

O Deputado Vieirao e o proprio Esperidiao Amin na campanha de 2002 mostraram os documentos dessa divida nao paga e que estava sendo cobrado pelo Besc em juizo, portanto documento publico.

Por isso esse desprezo do Eduardo Moreira pelo Besc.

Papagaista inadimplente tentou vender as contas para o Bradesco com a bencao do LHS que ja havia feito isso antes na Prefeitura de Joinville, sendo o primeiro prefeito a tirar as contas quando o Besc ainda era do Estado de Santa Catarina. O que chama atencao nesse epsodio das contas de Joinville e o Besc, eh que o Presidente do Banco era o Vitor Fontana, que nos jornais da epoca disse cobra e largatos do LHS. Depois, apos ser agraciado com uma medalha qquer, do alto dos seus 90 anos, dizem que lucido, faz uma declaracao de voto no Luiz Henrique em detrimento do Esperidiao.

Va entender....


Pedro de Souza

Anônimo disse...

Cesar,

Nelson Rodrigues disse: "Toda unamidade eh burra".


Pedro de Souza

Anônimo disse...

Cesar,

Fazendo uma busca pelo site do Tribunal de Justica o papagaio do Besc nao aparece la. Talvez tenha sido pago. Se foi, o certo e ver o valor pago, para ver se estava de acordo com o valor da divida.

O que me chamou atencao eh que o BRDE tambem tem um papagaio espetado pelo Dr Eduardo Pinho Moreira, que esta sendo cobrado judicialmente. Se tem, e nao esta pago, ele esta no Serasa e portanto impedido de fazer operacao bancaria.

Como com esse impedimento pode assumir a Presidencia da Celesc, empresa pelo que seu porte faz operacoes de grandes valor?

Me chama atencao tambem a quantidade de acoes onde o ex-governador e parte, relacionadas no site do tribunal. O Dr Moreira deve gastar uma grana forte com advogados.

Pedro de Souza.

Anônimo disse...

Cesar,

As Ações do BESC contra a trirradial e seus sócios (dentre os quais o Eduardo), são na Comarca de São José, onde se encontrava instalada a referida empresa. Os processos tomaram os números 064.99.006478-0 e 064.99.006479-8.
Há outros 56 processos contra aquela empresa em São José e mais 14 em Florianópolis.
Também executam a Trirradial o Unibanco, o Itaú, o Meridional, o Banco do Brasil e outras empresas.

Anônimo disse...

Cesar,
Não gostei da montagem que você fez da foto do Presidente. Vai que alguém mostre para ele e acabe gostando da idéia, ou até achando que é uma vontade popular.
Pode resultar numa sessão em praça pública do Congresso Nacional, com os vendilhões levantando a mão para elegê-lo rei ou até santo (afinal, pagando eles votam em qualquer coisa). Não foi assim ontem?

Anônimo disse...

Cesar,
Para jogar mais coisa no ventilador.
A Casan vinha pasando por uma péssima fase junto à opinião pública e sofrendo pressão por parte da imprensa, pelos péssimos serviços que presta, principalmente pela falta de investimentos no desafogamento de futuros gargalos que virão.
Estranhamente, a Fundação Casan despejou uma fortuna em marketing e a imprensa calou-se.
Aí tem. Será que é mais um caso do tipo "Banco do Povo", onde se gasta mais em publicidade do que nas atividades fins? Investigação neles.

Anônimo disse...

Cesar,


Pelo visto o processo do Besc contra a Trirradial e Eduardo Moreira nao foi liquidado.

Mais serah. Com a grana do salario de Governador e Presidente da Celesc, soh nao pagara senao quiser.

No entanto vejo que o cargo de Presidente da Celesc tera problemas com o mercado.

O estranho que para ser Diretor de Estatal ha necessidade de encaminhar uma serie de documentos, que me parece ele nao tem condicoes de ter.

Soh com bom advogados e vista grossa ele pode assumir a Presidencia da Celesc.

Anônimo disse...

Cesar,

Ja estava deitado e esse assunto nao me saia da cabeca.

Estava pensando! Eh grave o fato do Dr Eduardo esta devendo no Besc e assumir cargo na Celesc.

Sera que a grande imprensa do Estado nao ira repercutir esse assunto. Deveria!

Amanha com calma vou postar algo na grande imprensa. Vou mandar esse post com os comments para o Blog do Noblat e tambem para outros.

Farei um comentario no site Comunique-se tem grande alcance na Imprensa.

Esse assunto tem que repercutir. Eh grave!

Pedro de Souza

Cesar Valente disse...

Pedro: estou atrás do Dr. Moreira para ouvir a versão dele e publicar a história. Como na sexta não consegui falar com o advogado que acompanha o caso, deixei pra coluna de terça. Também estou curioso para saber que explicação eles têm para isso.