segunda-feira, 29 de maio de 2006

SEGUNDA

A INVASÃO DOS HOMENS
E MULHERES DE FERRO

A Ilha literalmente para para ver passar os mil e tantos competidores dessa dificílima prova de resistência, que todos os anos faz com que os olhos de boa parte do mundo esportivo voltem-se para cá. Uma grande festa.

Mas a cidade, provinciana e metida a besta, parece não compreender o tamanho do que está acontecendo. Algumas madames sem noção se incomodam com aqueles homens e mulheres passando diante de suas janelas, nos balneários do norte da ilha e conseguiram que este ano o trajeto fosse modificado para incluir ruas e estradas praticamente desertas.

Como resultado, a parte legal da população, que botava bandeira nas sacadas, que reunia amigos pra assistir de camarote o espetáculo e gostava do agito, ficou a ver navios.

Os mil e tantos voluntários que ajudaram a manter hidratados e alimentados os corredores também são parte da festa. Mostram que a cidade, mesmo sem ter compreendido direito o que é sediar um evento desse porte, tem condições de fornecer o apoio necessário.

O turismo que o IronMan gera é de alta qualidade. Em torno de cada atleta tem pelo menos três ou quatro pessoas que vêm junto. Só aí já são umas três mil pessoas na cidade. Fora aqueles que acompanham mesmo sem ter ligação com os atletas. Seria legal melhorar a informação da população sobre o que é, o que representa e como é que acontecem coisas deste tipo nos outros lugares do mundo.

SUJEITO AVOADO
Não sei onde estava com a cabeça quando disse, na coluna do final de semana, que a convenção dos lojistas era em Blumenau. Todo mundo, inclusive eu, sabia que era em Itapema. Então por que diabos troquei o nome da cidade? Sei lá. O fato é que estava errado e agora estou tentando consertar. Perdão Itapema, desculpe Blumenau.

TUCANOS NA TV
Aí na foto acima, de banho tomado, maquiados e bem iluminados, o senador Pavan e o presiden te do PSDB, Dalírio Beber, durante a gravação do programa de 20 minutos que vai ao ar hoje. A assessoria informa que será um programa pra mostrar as ações da “Agenda 45”. Segundo eles o Pavan não vai descer o cacete em ninguém (como nada está decidido nas coligações, tem que ir devagar com o andor).

FIGURINHAS DIFÍCEIS
Vetustos senhores e respeitáveis profissionais do Centro Administrativo, metidos em seus ternos, pretos ou de outras cores discretas, encontram-se pelos cantos, reúnem-se próximo a beiradas de mesas, formam grupinhos em qualquer lugar. No centro das atenções, as figurinhas da copa.

Trocar figurinhas é o grande esporte e alguma figuras já viraram lenda: tem um cara, na Secretaria da Administração, que tem um saco de figurinhas e todo mundo, das outras secretarias, o procura, porque é bom negócio na certa.

A velha desculpa do “ele não pode atender porque está em reunião” agora é rigorosamente verdadeira: eles estão todos em reunião. É verdade que é para trocar figurinhas, mas não deixa de ser reunião.

UNIFORMES DE INVERNO
Já que estamos falando do Centro Administrativo, continuaremos lá. Desde o começo do governo LHS, dois pequenos grupos de servidores se destacam pela elegância: os do gabinete do vice-governador e os do gabinete do Secretário de Comunicação.

Os dois grupos usam uniformes muito chiques, feitos especialmente por modistas e figurinistas de grande renome na cidade. Além de ficarem bem apresentáveis, economizam uma barbaridade, porque é tudo pago por nós.

Agora que assumiu o governo, o Dr. Moreira levou seu pessoal bem vestido para o gabinete do governador. E na semana passada a movimentação era grande, porque estavam preparando, provando e definindo o guarda-roupa de inverno.

A turma que não tem direito a uniforme nem ajuda de custo pra se vestir, mesmo sendo funcionária do mesmo Centro Administrativo e também tendo que estar sempre arrumadinha, morre de inveja (e fica meio indignada com a discriminação). Mas a vida é assim mesmo. O sol não nasce pra todos.

A TIM TÁ TÃ-TÃ
O prezado leitor, a caríssima leitora acham que só porque compraram casa de 2 milhões de reais no Jurerê Internacional vão conseguir falar facilmente pelo celular? Lêdo engano.

A coisa tá tão ruim que tem gente que tem que subir num banquinho, no banheiro do quarto da criança, bem perto da janela, pra poder falar e receber ligações. No restante dos cinco banheiros e mil metros quadrados da casa não tem jeito de pegar.

E quem mora mais lá pra perto da Praia do Forte sofre ainda mais, porque embora oficialmente ali seja área 48, geralmente as ligações para telefones de mesmo número da área 47 tocam ali. Uma grande confusão, ou porque as torres mais próximas ficam do outro lado da baía, ou porque é uma esculhambação mesmo.

O pessoal que veio pro IronMan achou inacreditável que bairro tão lustroso fosse tão mal servido de celular.

O DESCANSO FEZ BEM
Mais de uma pessoa me comentou como o LHS estava bem apessoado nas propagandas na TV da semana passada. Remoçou. Uma amiga, mais fofoqueira, chegou a dizer: “ele fez peeling, colocou botox e ainda fizeram algum tratamento na imagem da TV, porque ele está outra pessoa”.

Gente maldosa. Eu acho que só ficar um pouco mais longe dos pepinos do governo já pode ter provocado a melhora na aparência do LHS.

OS SEM-EDUCAÇÃO
Tenho a impressão que o fato da senadora Ideli ter começado a se destacar politicamente por causa de sua gestão no Sinte (o sindicato dos trabalhadores na educação), deve ter feito com que as criaturas atualmente na direção do sindicato resolvesse radicalizar para aparecer e faturar.
Só que as ações do sindicato são tão desastradas, tão porra-loucas, que nem podem ser classificadas de políticas. Política é outra coisa.

SECRETÁRIA ZULEIKA

Li na coluna do Paulo Alceu que está sendo cogitada a ida da professora Zuleika Lenzi para a Secretaria do Desenvolvimento Social, Trabalho e Renda (o Içuriti da Codesc é o secretário interino, depois que a turma do PDT não se entendeu). Vou ficar na torcida, porque os servidores de lá estão cansados de serem chefiados por gente sem noção e sem qualificação. A Zuleika tem a cabeça no lugar e sabe o que faz.

4 comentários:

Anônimo disse...

Cesar, eu gostaria de ler mais informações sobre o iron man. É um evento caro, desconfio que estamos pagando boa parte dele com nossos impostos, mas não tenho certeza... Vc consegue descobrir se o município ou estado contribuiu com grana pra fazerem o iron man? E quanto?

Bem, no mínimo usaram a polícia e os bombeiros, financiados por toda a população.

E quem sai ganhando com isso? Aquela minoria de empresários de turismo de sempre?

Sei lá, esporte hj em dia é tudo business...

Anônimo disse...

César:
Nenhum comentário específico, apenas um abraço de leitor diário do teu blog. Quem não lê não sabe o que está perdendo.
Abraço.
Flávio

Anônimo disse...

Cesar:
Com relação a TIM, não precisamos ir tão longe, pois no bairro João Paulo, a 5 Km do centro, não é em todo lugar que se consegue falar com o celular.
Em minha casa, só na sala e no quarto, perto da janela.
Melhora quando tem vento sul!!
Um abraço
Antonio Carlos

Anônimo disse...

Adorei o título sobre a tansice da TIM, mas acredite, já fui vítima de outras maluquices dessa empresa e, na ocasião, utilizei adjetivos muito menos engraçados para referir-me a ela. Aliás, não foi o pessoal da TIM, que na época da privatização das telecomunicações afirmou que guerra de tarifas não interessava a ninguém? Isso depois de o governo FHC ter dito que um dos benefícios da privatização seria a queda de preços. O problema dessas empresas é o problema de memória. Eles esqueceram quem os paga e para QUEM prestam serviços. Beijocas prá ti, tio César. Como já te disse, amo a tua coluna.