Todo mundo sabe como entram os celulares nos presídios, todo mundo sabe como é feita a arrecadação de recursos para o PCC e outras facções criminosas, todo mundo sabe de tudo, mas ninguém toma nenhuma providência. Sabiam até, com três semanas de antecedência, que iria ser feita essa farra do terror. E nem os policiais, as primeiras vítimas de sempre, foram avisados.
São Paulo parou, literalmente. Lançamentos de livros, encontros em botequins, passeios, aulas, tudo foi suspenso porque a população está com medo. Sente o despreparo das “autoridades”, que em ano eleitoral pensam primeiro nos dividendos políticos e depois em cumprir suas tarefas. PT, PSDB e PFL ainda encontram clima para “fazer política” na crise.
Com telefones congestionados, em pânico (que a polícia diz ser injustificado), os irmãos paulistanos escondem-se em casa. Esperando amanhecer.
TV CULTURA
Troca de comando na superintendência da TV Cultura, canal 2, de Florianópolis. Durante cinco anos ficou lá a ex-professora Sidneya Gaspar de Oliveira, cuja experiência profissional nunca teve nada a ver com administração de veículos de comunicação.
Sem familiaridade com o meio, teve enormes dificuldades para manter a emissora funcionando. Ela afirma que os problemas eram causados apenas por falta de dinheiro.
O chefe de gabinete do reitor da UFSC, Áureo Moraes, que é jornalista e tem experiência em TV assume no lugar dela. Certamente as dificuldades financeiras (que de resto são comuns à maioria dos veículos de comunicação) não desaparecerão do dia para a noite, mas pelo menos o Áureo é do ramo.
(IN) SEGURANÇA
Deu no site “Contas Abertas”:
“Os investimentos do governo federal em segurança pública diminuíram 11% em 2005. Foram investidos R$ 475 milhões no ano passado contra os R$ 533 milhões aplicados em 2004, já considerados os restos a pagar de exercícios anteriores. A redução de verbas atingiu três das cinco mais importantes unidades orçamentárias do Ministério da Justiça”.Pois é, e a gente achando que segurança era prioridade...
PLANO PMDB 2015
(Alterado em relação ao texto publicado no jornal)
Amanhã o governo realiza o Seminário Santa Catarina 2015 e faz um auê com o Plano Catarinense de Desenvolvimento. Este Plano contém diretrizes e estratégias para orientar a ação governamental até 2015.
O que chama a atenção é a coincidência: o governo prepara um seminário sobre o futuro e escolhe justamente um ano que encerra o número do PMDB. E lança, no seminário, um plano de governo também até 2015 (será que o PMDB pretende ficar no governo até lá?).
Trata-se, portanto, de um evento de governo, que evidentemente faz parte da campanha do PMDB, realizado na Fiesc, entidade cujo presidente, há poucos dias, pediu votos para LHS aos empresários e ao povo blumenauense.
Nota do autor: no texto publicado no jornal, cito a Fiesc como organizadora do seminário, o que não é correto. Até onde consegui saber, a entidade apenas cedeu seu auditório para a realização do evento. Infelizmente só consegui checar a informação mais tarde, quando não era mais possível modificar o texto impresso. No jornal a correção sairá amanhã.
O ex-ministro Delfim Neto, todo-poderoso guru econômico dos militares, cuja gestão abriu as portas à concentração de riqueza e desencadeou boa parte dos males que nos afligem até hoje, é um filiado mais ou menos recente do PMDB. E o governador 1, o LHS, educado que é, tratou de cumprimentá-lo na pré-convenção que o partido realizou no final de semana.
Os dois ex-adversários conversaram durante alguns minutos (foto acima). Como cria da Arena e do PP, Delfim certamente tem muito a ensinar a LHS sobre como atrair essas ovelhas, como direi, “de direita”, ao amplo, pragmático e eclético aprisco que está sendo montado para a sucessão estadual.
RETA FINAL
Com a decisão do PMDB (ainda que por uma pequena margem de votos), os partidos entram agora na reta final das negociações. Com certeza até o final de maio a situação da campanha federal estará definida e em Santa Catarina poderá estar encaminhada, embora as conversas possam entrar junho adentro.
Até lá, não dá pra levar muito a sério o que as colunas de política dizem: está todo mundo fazendo seus jogos e plantam notinhas todos os dias.
Mas para quem gosta de uma aposta, está na hora de começar a prestar atenção no movimento das principais peças no tabuleiro.
Um comentário:
Cesar
Estou cheio de ouvir a frase pessimista e lugar comum:
“Tudo vai acabar em Pizza”
Até numa situação séria como essa dos ataques do PCC não deixamos de ouvi-la.
Hoje dei uma sugestão de receita de pizza. Se puder, dê uma olhada.
Um abraço
Marco Aurélio
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