sábado, 27 de maio de 2006

SÁBADO E DOMINGO

CHUVA DE VOTOS
Os lojistas fizeram sua convenção estadual em Blumenau e levaram, para a abertura, o Dr. Moreira (que é o governador 2, o médico de plantão do PMDB) e o Dr. Pavan, que é o senador-candidato, o tucano de bengala.

A foto acima mostra o corte da fita inaugural, ocasião em que os dois contaram com os préstimos do ex-governador Casildo Maldaner, que é exímio cortador de fitas.

Não entendi foi o motivo dos confetes (não faltaram as serpentinas, os pierrôs e as colombinas?). Mas decerto o pessoal das lojas, esperto que é, decidiu dar aos dois aliados, uma experiência pré-eleitoral otimista: simularam uma chuva de votos.

GELÉIA GERAL
Partido político, no Brasil, é uma ficção. Existem, mas não existem. Não servem pra nada. Os próprios políticos, que deveriam lutar pelo fortalecimento de suas agremiações, não estão nem aí. Querem mesmo é se arrumar, ainda mais quando a verba para a campanha não é problema.

O candidato a deputado federal, Djalma Berger, que é do PSDB e saiu há pouco do PFL, terá sua campanha coordenada pela peemedebista Dirce Heiderscheidt (mulher do Ronério, aquele que quer ser o rei do PMDB). E, como dobradinha, a mesma senhora vai coordenar a campanha do Renato Hinning (PMDB) a estadual.

Os amigos e defensores dos irmãos Berger dirão que é só uma questão de tempo para que os dois saiam do PSDB e entrem no PMDB. E que, portanto, nada melhor do que já irem se aproximando dos futuros colegas de partido. Então tá. Como dizia, os partidos existem, mas não existem.

ESSE STJ...
O Ministro Nilson Naves, do Superior Tribunal de Justiça mandou soltar aquela ferinha fingida que matou os pais. E, ainda por cima, recomenda que a vigilância policial que eventualmente for necessária, “seja feita de forma discreta e sem constrangê-la”.

Como não li os autos, não consigo entender o que pode ter levado o Ministro Naves a ficar assim com tanta pena dessa assassina, a ponto de zelar pelo seu conforto e comodidade.

CANTINHO DOS LEITORES
Não sei por que, ontem recebi mais e-mails de leitores do que o habitual. Aí, para que eles não se sintam desmotivados, vou tratar de publicar um resumo de alguns deles, sem revelar os nomes, que é pra não criar constrangimentos.

A OPOSIÇÃO TÁ VIVA“Com relação à nota sobre o mau uso do dinheiro público em Biguaçu, gostaria de informar que já foram feitas várias representações à Justiça Eleitoral, o mesmo sobre o caso de Palhoça. Não está havendo qualquer omissão e todos esses absurdos estão merecendo a devida atenção”.

ACENTO ERRADO“Não sei de onte tirastes aquele Biguaçú (com acento no u). Biguaçu não tem acento. Será que tenho que repetir isto 15 vezes também?”

RADICALIZAÇÃO – “Só tem um jeito do LHS radicalizar a descentralização: descentralizar as verbas. Não tem sentido instalar secretaria em São Miguel do Oeste e controlar a grana em Florianópolis. Só que eu acho que ninguém vai querer abrir mão da caneta”.

MEIA SOLA“Vou todo dia olhar as obras da ponte e ninguém consegue me convencer que o que estão fazendo ali seja diferente do que tem sido feito desde a década de 60: manutenção pura e simples”.

TEATRO DO ADEMIR“Não sei por que o pessoal ainda continua escrevendo ‘Teatro do CIC’, quando o nome correto é ‘Teatro Ademir Rosa’, em homenagem ao nosso artista e teatreiro manezinho, nascido na Rua do Fato, no Extreito. Um dos melhores atores que o Estado já teve e que merecidamente dá nome àquele teatro”.

FALTOU O PÉ – “Venho apenas pedir-lhe que peça ao responsável pela diagramação que tome mais cuidado para não cortar o fim de seus artigos. Quando leio com atenção uma reportagem, artigo ou seja lá o que for (é o caso da sua coluna), gosto de entender integralmente o que foi escrito (e acredito que todos somos assim), o que nem sempre é possível devido a uma falha que eu acredito ser da diagramação”.

Nota do autor: caro leitor, como sou eu quem diagrama a coluna, esses erros são exclusivamente meus.

IMPASSE EM A NOTÍCIA
Continuava sem solução, até ontem à noite, o estremecimento entre o jornalista Moacir Pereira e o jornal A Notícia. Moacir parou de mandar sua coluna para o jornal na segunda-feira, inconformado com as alterações propostas pela reforma gráfica.

Segundo o diretor do jornal em Florianópolis, Osmar Schlindwein, pra quem “a esperança é a última que morre”, na segunda-feira ainda será feita outra tentativa para resolver o caso e voltar a publicar a coluna.

Moacir, na palestra que fez ontem no encontro dos assessores de imprensa do governo, referiu-se superficialmente ao caso, dizendo-se magoado com a forma como teria sido tratado depois de tantos anos de colaboração.

Em todo caso, não será surpresa para esta coluna se o Moacir e a Notícia romperem, embora continue torcendo para que os esforços do Osmar sejam bem sucedidos.

A CULPA DOS ERROS
Ainda a propósito dos pequenos (e médios) erros que deixo passar nesta coluna, geralmente terminada em cima da hora, sem tempo para fazer uma boa revisão, um leitor que me conhece de outros carnavais retirou do fundo do baú uma frase que escrevi no início da década de 80, num jornazinho chamado “O Furo” e me enviou:
“os equívocos foram em conseqüência da má qualidade dos dedos do datilógrafo”.
Pronto, agora vocês já sabem por que tem tanto erro nesta coluna.

A CAPITAL DO ESTADO
Quando eu digo que o Ronério, prefeito de Palhoça, quer ser o rei do PMDB, não estou brincando. Agora, pelo jeito, ele iniciou um processo de aliciar vereadores do interior, a quem engana dizendo que Palhoça é a capital do estado.

Ontem recebi um “press-rilise” do vereador Lamim (do Itajaí, né não?), que tinha, como título: “Lamim visita capital do estado”. E, no texto, todo faceiro, ele informava que esteve em Palhoça para conhecer as experiências do Rei Ronério.

Lá no final, ele conta que também esteve na Assembléia Legislativa, mas não diz em que município a Alesc está situada. Deve ser em Palhoça mesmo.

3 comentários:

Anônimo disse...

Seu assíduo leitor passou por aqui e devorou todas letras e linhas. Foi um lauto café da manhã. Abraço, Carlos Damião

Anônimo disse...

Cesar,

Há algum tempo eu soube que Palhoça tinha um Rei, mas não era Prefeito, era um bicheiro. O Rei do jogo do bicho.

Anônimo disse...

Cesar, sempre estamos encontrando nossas pistas na internet. Gostei de vê-lo blogueiro e escrevendo sobre as coisas dessa terra maravilhosa. Do fotolog fui para o Flickr, mas agora assumi com mais firmeza o Midiablog para falar de coisas da profissão. Bom te ver, nas fotos, e também as pessoas que visitam esse mercado incrível de Floripa.
abraço
Walter